Profeta

domingo, 31 de outubro de 2010

Fazenda Nova Canaã.

O Projeto Canaã, sustentado, inicialmente, pela venda de seu primeiro disco, hoje é modelo para quaisquer outros projetos que vise aproveitar terras do semi-árido nordestino. O governo, a partir do seu empreendimento, fez alguma coisa semelhante pelo nordeste? O que faltou, na sua opinião, para que outros ‘Canaãs’ acontecessem?
Eu conversei com duas pessoas importantes sobre a reforma agrária brasileira e sobre a Fazenda Canaã: uma foi o Presidente da República e o outro foi João Pedro Stédile (líder do MST). O Stédile ficou maravilhado. Hoje no Brasil existem seis mil assentamentos da reforma agrária, a maioria deles são favelas rurais, onde não têm assistência médica, não têm formação técnica, não têm apoio à produção. O Projeto Nordeste deu um exemplo para o país de que é possível fazer. Ali as casas são de qualidade, tem restaurante que serve a todos, as crianças estudam numa escola que nem no Rio de Janeiro existe uma escola pública semelhante. Tem transporte escolar. As crianças têm café da manhã, almoço, lanche à tarde e ainda levam para casa o pãozinho (um saquinho de pão). Todas têm uniforme, que é lavado e passado na lavanderia da escola (porque na casa delas não tem água); tratamento dentário; oftalmologistas; piscinas (uma delas olímpica); campo de futebol; brinquedoteca; aula de teatro; aula de computador enfim, elas têm acesso ao que há de melhor na educação: da pré-escola ao ensino fundamental. O Stédile me disse que não há em nenhum assentamento da reforma agrária uma escola como a nossa. Lula prometeu ir conhecer. Está devendo essa…

Projeto Nordeste
A Associação Beneficente Cristã tem realizado, nos últimos anos campanhas de assistência às vítimas da seca no sertão nordestino. São programas chamados de S.O.S. Nordeste.
Estas campanhas consistem em uma ampla divulgação na mídia e de convites à população em geral para que doe alimentos não perecíveis e roupas, levando-os aos templos da Igreja Universal espalhados em todo o Brasil. Cabe, então, aos membros voluntários da igreja selecionar e embalar as doações em cestas básicas, distribuindo-as às populações mais carentes das regiões atingidas pela seca.
Esse programa, no entanto, é de caráter emergencial, com benefícios apenas temporários: minora os efeitos da seca, mas não apresenta soluções para as causas do problema.
Em vista disso, surgiu a idéia de um projeto que não só contemplasse os momentos de crise, mas que apresentasse soluções permanentes, a fim de minorar a aflição das populações carentes do Nordeste. Nascia, assim, o Projeto Nordeste.