Profeta

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Raul Seixas

Há 20 anos Raul Seixas nos deixou. Após uma carreira acidentada com grandes sucessos e períodos de ostracismo, um dos nossos artistas de maior aceitação popular (quem mais além de Roberto Carlos consegue agradar públicos tão distintos?) se despedia em um momento de recomeço e esperança após alguns anos complicados.

Se o artista se foi, a obra continuou e desde então ela nunca mais parou de tocar. Suas dezenas de sucessos continuam sendo cantadas em todos os cantos e por gente cada vez mais jovem. Para marcar os 20 anos sem Raul, preparamos um especial contando fatos de sua vida e selecionando suas canções mais marcantes.

Perdendo o Medo da Chuva


Divulgação
Raul Seixas letras
Raulzito e os Panteras
Nascido em 28 de junho de 1945 em Salvador, Raul SeixasGene Vincent, Chuck Berry, Little Richard e claro, Elvis Presley. Todos esses seriam os artistas mais queridos de Raul por toda a sua vida, e ele dedicaria alguns de seus discos às canções desses heróis.

A primeira banda "Os Relâmpagos do Rock" foi formada em 1962 e rendeu shows e aparições na televisão.

No ano seguinte, o grupo passa a se chamar The Panthers e a fama local começa a crescer. Logo eles gravariam um compacto que apesar de não ter sido lançado comercialmente tocou nas rádios de Salvador (o grande público só foi ouvir Nany muitos anos depois em um dos primeiros discos póstumos lançados do cantor).

Em 1965 Os Panteras já eram a banda de rock mais quente da Bahia. O grupo passa a dividir o palco (e também acompanhar), muitos dos grandes ídolos da Jovem-guarda. Nascia uma forte amizade com Jerry Adriani.

Jerry convidou os Panteras a acompanhá-lo em uma excursão pelo Norte do país e depois convenceu a turma a descer pro rio de Janeiro. Ali (e com uma ajuda de Roberto Carlos) conseguem contrato com a EMI e lançam o disco "Raulzito e os Panteras" que não acontece. Para se garantirem, continuam a acompanhar Jerry, até desistirem de vez do sonho. Todos voltam para Salvador e Raul retoma os estudos.


Confira as letras de Perdendo o Medo da Chuva:

desde cedo se interessou por rock. Suas "fontes" para se manter informado eram os funcionários do consulado americano que lhe mostravam os últimos sucessos de · Raul Seixas: Menina De Amaralina
Menina de Amaralina Eu quero o seu amor Menina Oh, menina linda Volta por favor Aaaaaaai...
· Raul Seixas: Nany
Nanny! Uôh, ôh, ôh, ôh, Nanny! Iêh, iêh, iêh, iêh, Nanny! Você não foi me encontrar! Feia. Nanny! ...
· Raul Seixas: Você Ainda Pode Sonhar
Pense num dia com gosto de infância Sem muita importância procure lembrar Você por certo vai...

Tente Outra Vez


Renato dos Anjos/Folha Imagem
Raul Seixas letras
Raul Seixas - 1984
Óbvio que com tamanho talento não ia demorar muito para Raul novamente voltar à música. Em 1970 ele conhece um dos diretores da CBS (atual Sony/BMG) que o convida para trabalhar como produtor e compositor na gravadora.

Poucos sabem, mas alguns dos grandes sucessos populares do início da década de 70 como Doce, Doce Amor famosa com Jerry Adriani ou Ainda Queima A Esperança, em que Diana canta "meus parabéns agora e um feliz aniversário amor", foram compostos por "Raulzito", como ele então assinava.

Essa é a parte mais obscura da carreira do cantor. Na última edição da revista Rolling Stone, o pesquisador Marcelo Fróes conta que um CD com as cerca de 80 canções que Raul compôs para outros intérpretes estava até prensado quando em cima da hora a comercialização do disco foi vetada.

Mas nem só de sucessos populares foi feita essa parte da carreira de Raul Seixas.
Em 1971, aproveitando que o presidente da companhia estava viajando, Raulzito chamou seus amigos Sergio Sampaio, Miriam Batucada e Eddy Starr para juntos gravarem o "disco manifesto" Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10.

Um dos álbuns mais anárquicos e bizarros já lançados no país, esse disco merece ser conhecido por dar as primeiras amostras do que seria a carreira posterior de Raul e também por apresentar ao Brasil o trabalho de Sampaio, que ainda hoje é criminosamente ignorado.

Raul sempre curtiu criar lendas e mitos a seu respeito (como o encontro com John Lennon que nunca aconteceu) e disse que esse disco foi gravado ás escondidas e que tal ousadia lhe custou seu emprego na CBS.

Recentemente Eddy Starr (o único ainda vivo do quarteto) disse que tudo foi feito com a anuência da CBS e que Raul continuou na empresa por mais algum tempo.

De qualquer forma uma coisa é certa, em se tratando de Raul Seixas, as lendas costuma ser mais divertidas que os fatos.


Confira as letras de Tente Outra Vez:

· Diana: Ainda Queima A Esperança
Uma vela está queimando hoje é nosso aniversário...
· Jerry Adriani: Doce, Doce Amor
Doce, doce amor onde tens andado Diga por favor doce, doce amor
· Raul Seixas: Eu Vou Botar Pra Ferver
Eu vou botar pra ferver No carnaval que passou Quero ver o sol fervendo No salão entediado ...
· Raul Seixas: Sessão Das Dez
Foi numa sessão das 10 Que você me apareceu Me ofereceu pipoca Eu aceitei e logo em troca
· Renato e Seus Blue Caps: Se Eu Sou Feliz, Por Que Estou Chorando?
Hoje estou sozinho como eu quero Você foi embora e me deixou Estou estou feliz assim sem você junto ...

Ouro (com nada) de Tolo


Silvio Ferreira/Folha Imagem
Raul Seixas letras
Raul Seixas - 1985
Pra falar um clichê: existem males que vem para o bem. A saída da CBS fez com que Raul finalmente voltasse a considerar sua carreira artística. O incentivo de Sérgio Sampaio também ajudou nesse sentido. Raul então inscreve, e classifica, duas músicas para o Festival Internacional da Canção de 1972 e se torna conhecido depois de aparecer de jaqueta de couro e óculos escuros cantando o mix rock/baião de Let Me Sing, Let Me Sing.

A boa performance lhe garante um contrato com a Phillips/Polygram (hoje Universal), que na época contava com praticamente todo mundo que importava na música brasileira. Tão ou mais importante foi ele ter conhecido o hoje mega-famoso Paulo Coelho que logo se torna seu parceiro.

Antes de gravar sua estreia solo, porém Raul ainda fica uns tempos nos bastidores. Seu primeiro trabalho é gravar anonimamente uma série de clássicos do rock para ser lançado em um daqueles discos de cover que não trazem sequer o nome dos intérpretes na capa.

Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock saiu creditado a um tal "Grupo Generation" e seria relançado três anos depois com o devido crédito ao cantor e o acréscimo de palmas para dar a impressão de disco ao vivo.

A estreia mesmo acontece em 1973 com "Krig, ha Bandolo". Um dos grandes clássicos da música brasileira, o disco praticamente só tem sucessos. Mosca na Sopa, Metamorfose Ambulante e o primeiro grande sucesso Ouro de Tolo, estão no álbum.

Ao lado de Paulo Coelho, Raul passa a se entrar de cabeça no esoterismo, em especial nos trablahos do bruxo Aleyster Crowley. Os dois fazem a música Sociedade Alternativa e nos shows passam a distribuir gibis e panfletos a respeito da tal sociedade. Com o Brasil no auge do regime militar e da supressão das liberdades, é óbvio que o governo não gostou nada de ver alguém pregando o "faz o que tu queres pois é tudo da lei" e o "convidaram" a passar um tempinho no exterior.

Raul, Paulo e suas esposas, vão então para os Estados Unidos onde ficam por alguns poucos meses, enquanto por aqui, o novo disco estava pronto para ser lançado. Quando ele saiu, uma das músicas estourou logo de cara. Com Gita tocando sem parar, Raulzito foi chamado de volta ao Brasil e pode seguir a carreira.

"Gita" é outro belo disco com vários sucessos e músicas queridas pelos fãs como Medo da ChuvaO Trem das Sete.

No ano seguinte sai o disco Novo Aeon, que apesar de não ter vendido tanto quanto o anterior é considerado um dos melhores de sua carreira (o próprio autor o considerava seu disco mais completo).

Em 1976 foi lançado seu último disco pela Phillips. "Há Dez mil Anos Atrás", fez sucesso com a faixa título.

A grande fase artística e comercial de Raul Seixas termina aí, junto com o fim da parceria com Paulo Coelho. No ano seguinte o cantor aceitou o convite do antigo diretor da Phillips André Midani e partiu para recém-criada WEA.


Confira as letras de Ouro (com nada) de Tolo:

e · Raul Seixas: A Maçã
Se esse amor ficar entre nós dois Vai ser tão pobre amor, vai se gastar ...
· Raul Seixas: Al Capone
Hei, Al Capone, vê se te emenda Já sabem do teu furo, nego No imposto de renda Hei, Al...
· Raul Seixas: Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás
Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada Com uma cuia de esmola e uma...
· Raul Seixas: Gita
Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar
· Raul Seixas: Medo da Chuva
É pena Que você pense que eu sou seu escravo Dizendo que eu sou seu marido E não posso partir ...
· Raul Seixas: O Trem das Sete
Ói, oia o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, oia o trem Ói, oia o trem, vem trazendo ...
· Raul Seixas: Ouro de Tolo
Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho...
· Raul Seixas: S.O.S
Hoje é domingo missa e praia céu de anil Tem sangue no jornal, bandeiras na avenida Zil Lá por...
· Raul Seixas: Sociedade Alternativa
Viva, viva, viva a sociedade alternativa (Viva! Viva!) Viva, viva, viva a sociedade alternativa ...
· Raul Seixas: Tente Outra Vez
Veja Não diga que a canção está perdida Tenha fé em Deus, tenha fé na vida Tente outra vez ...

Maluco Beleza


Ivan Cardoso/Divulgação
Raul Seixas letras
Raul Seixas - 1977
Na nova gravadora Raul não consegue o mesmo sucesso dos anos anteriores. O primeiro disco pela WEA "O Dia em que a Terra Parou" ainda trouxe um dos grandes clássicos do seu repertório com Maluco Beleza mas no geral o disco foi recebido com frieza por crítica e pelo público em geral.

O ano de 1978 não foi fácil com um divórcio e o surgimento de uma pancreatite causada pelo uso abusivo de álcool. O disco desse ano, "Mata Virgem" mesmo com a volta de Paulo Coelho como parceiro em algumas músicas, não decolou e Raul foi se "exilar" na Bahia, ao lado de seus pais.

Em 1979 sai "Por quem os sinos dobram", o último pela WEA e assim como os outros um disco pessimamente divulgado e pouco ouvido.


Confira as letras de Maluco Beleza:

· Raul Seixas: As Profecias
Tem dias que a gente se sente Um pouco talvez menos gente Um dia ...
· Raul Seixas: Judas
Parte de um plano secreto amigo fiel de Jesus eu fui escolhido por ele para pregá-lo na cruz ...
· Raul Seixas: Maluco Beleza
Enquanto você se esforça prá ser um sujeito normal e fazer tudo igual Eu do meu lado,...
· Raul Seixas: O Dia em que a Terra Parou
Essa noite eu tive um sonho de sonhador Maluco que sou, eu sonhei Com o dia em que a Terra parou
· Raul Seixas: O Segredo Do Universo
Dentro do mambo e da consciência Está o segredo do universo Dentro do mambo e da consciência ...
· Raul Seixas: Sapato 36
Eu calço é 37 Meu pai me dá 36

Ê Anos 80


Renato dos Anjos/Folha Imagem
Raul Seixas letras
Raul Seixas - 1984
A década começou boa para Raul, com uma nova esposa, Kika Seixas, e um contrato com a CBS. Como era praxe com o cantor, logo tudo ia azedar, mas por um momento tudo parecia bem.

"Abre-te Sésamo" era o disco que os fãs há muito aguardavam, com muito rock, bom humor e também lirismo, no que é talvez seu melhor trabalho depois dos anos dourados na Phillips.

Apesar de ter vendido discretamente, Abre-te Sésamo, mostrava que Raul não estava acabado e que com a devida divulgação e apoio ele ainda tinha força, graças especialmente aos seus fãs, dos mais fiéis que se conhece.

A fase tudo azul, infelizmente não durou muito e logo seu contrato foi rescindido (segundo o próprio depois que o diretor da gravadora sugeriu que ele fizesse uma música sobre "o assunto do momento", Lady Di).

A barra começou a pesar culminando com um show em Caieiras onde se apresentou tão bêbado que a plateia concluiu que aquele não era o "verdadeiro Raul". Resultado: delegacia e uma noite na cadeia já que ele não estava com seus documentos para comprovar sua identidade.

Os meses seguintes continuaram duros. Coma fama de irresponsável e maluco, nenhuma gravadora mais queria saber dele, o alcoolismo avançava e a saúde ia se deteriorando.
Em 1982 ele mostra que ainda está vivo ao fazer um show apoteótico para mais de 100 mil pessoas na praia do Gonzaga em Santos.
No ano seguinte Raul finalmente assina com o pequeno selo paulistano Eldorado e lança o bom disco homônimo. No mesmo ano aparece no especial da Globo "Plunct, Plact, Zum" e vira herói da criançada com a sua O Carimbador Maluco. O que poucos notaram é a letra não falando nos preceitos do filósofo anarquista Pierre-Joseph Proudhon não tinha nada de inocente.

A montanha-russa de qualquer forma continuava. Em 1984 agora na Som livre, lançou o cult (ou seja, bem falado e pouco vendido) Metrô Linha 743,que teve a faixa Mamãe Eu Não Queria

Seguem-se mais períodos de dificuldades, internações e shows complicados.
Raul só lançaria outro disco em 1987 (agora pela Copacabana). Para a surpresa de muita gente, apesar de ter saído em péssima época, em plena ressaca do Plano Cruzado, Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum, vendeu muito bem, graças ao hit Cowboy fora da lei e mais uma vez o cantor estava na boca do povo.

No mesmo ano ele grava ao lado do Camisa de Vênus de Marcelo Nova a música Muita Estrela, Pouca Constelação, que está em "Duplo Sentido", o derradeiro trabalho do Camisa.
Em 1988 foi lançado o último disco solo do cantor, "A Pedra do Gênesis" que teve entre os seus sucessos Não Quero Mais Andar Na Contra-mão, uma versão de No No Song um antigo hit de Ringo Starr que curiosamente tinha sido proibida de entrar no álbum anterior.

Apesar do sucesso, Raul estava longe dos palcos desde 1985, muito por conta de sua saúde cada vez mais delicada. Ainda assim Marcelo Nova o convenceu a fazer uma participação em um de seus primeiros shows como solista. A recepeção do público foi emocionante. Essa apresentação deu origem a outras 50 e ao disco "A Panela do Diabo", lançado em 19 de agosto de 1989.

Dois dias depois os anos de alcoolismo e abusos cobraram o seu preço e Raul Seixas morreu enquanto dormia.

As cenas de comoção e histeria que se viram nos dias seguintes só surpreenderam aqueles que ignoravam a popularidade do cantor. Uma popularidade que desde então só fez crescer.


Confira as letras de Ê Anos 80:

censurada. · Raul Seixas: Aluga-se
Nós não vamos pagar nada, nós não vamos pagar nada é tudo free tá na hora, agora é free
· Raul Seixas: Capim Guiné
Plantei um sítio no sertão de Piritiba Dois de pé de guataíba, cajú, manga e cajá ... ...
· Raul Seixas: Cowboy fora da lei
Mamãe, não quero ser prefeito Pode ser que eu seja eleito E alguém pode querer me assassinar Eu...
· Raul Seixas: Mamãe Eu Não Queria
Mamãe, eu não queria Mamãe, eu não queria Mamãe, eu não diria Servir o exército
· Raul Seixas: Metrô Linha 743
Ele ia andando pela rua meio apressado Ele sabia que tava sendo vigiado ...
· Raul Seixas: Não Quero Mais Andar Na Contra-mão
Hoje uma amiga da Colômbia voltou Riu de mim porque eu não entendi Do que ela sacou aquele fumo...
· Raul Seixas: O Carimbador Maluco
Plunct, plact zum, não vai a lugar nenhum
· Raul Seixas: Pastor João E A Igreja Invisivel
Eu não sei se o céu ou o inferno Qual dos dois você vai ter que encarar E foi pra não lhe deixar...
· Raul Seixas: Rock Das Aranhas
Subi no muro do quintal E vi uma transa que não é normal E ninguém vai...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quantas sacolas descartáveis você recusa por dia?




Para provocar a reflexão sobre a importância de reduzir as sacolas descartáveis do cotidiano, o Planeta Sustentável criou uma campanha diferente: através de um contador – na home deste site -, você pode registrar a quantidade de sacolas descartáveis que recusar a cada dia. Para cada NÃO, um clique. Que tal participar? E, ainda, compartilhar esta ideia?Em junho deste ano, foi a vez do governo se manifestar: o Ministério do Meio Ambiente - MMA lançou a campanha “Saco é um saco”, focando diretamente no consumo das sacolas plásticas.

E a tendência é que esse tipo de manifestação cresça, cada vez mais. Afinal, as sacolas descartáveis ocupam espaço considerável nos aterros sanitários e lixões, onde demoram cerca de 400 anos para se decompor e ainda entulham ruas e parques e poluem os oceanos, matando os animais - baleias, focas, golfinhos, tartarugas e aves, só para citar alguns - que as engolem porque as confundem com alimento.
Assusta pensar na quantidade de sacolinhas que circulam pelo planeta anualmente:
- no mundo, são produzidas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas
- só no Brasil, são 12 bilhões.
Hoje, a sacola descartável está presente no cotidiano de pessoas de todas as idades e classes sociais. Para quem vende ou para quem compra, tornou-se automático associar qualquer produto a uma sacola: não só em grandes compras, como também nas pequenas. Quem nunca carregou um simples livro, uma caixa de remédio, uma lata de refrigerante ou qualquer objeto solitário numa sacola descartável? Mas o que o MMA aponta como a maior causa para sua proliferação é seu uso para forrar latas de lixo – seja em casa, na escola, em banheiros, nos escritórios... Então, está na hora de alterar hábitos.
Veja mais números e entenda porque é importante participar: vamos supor que você use/aceite seis sacolas plásticas por semana. Isso representa cerca de:

- 24 sacolas plásticas/mês
- 228 sacolas/ano
- mais de 22 mil ao longo de sua vida.
Já imaginou onde vai parar tudo isso?

O contador é a contribuição do Planeta Sustentável para incentivar essa mudança.

Recuse, sempre, as sacolas descartáveis.

LEIA TAMBÉM:
O perigo da sacola plástica

Saco é um saco
Lixo e arte no mar
Plástico é vida?
Sopão de plástico
SC: sacolas plásticas nunca mais!

ASSISTA:
Embalagem eficiente

O futuro das sacolas

EVITE O USO DE SACOLAS PLASTICAS DESCATÁVEIS:

A proposta do contador do Planeta Sustentável - é incentivar a discussão e a reflexão a respeito de um problema tão sério como a proliferação das sacolas descartáveis, a partir do seu uso indiscriminado e irresponsável.
Precisamos, realmente, de tantas sacolas – feitas de plástico e de outros materiais igualmente nocivos ao meio ambiente? Será que precisamos delas para carregar qualquer produto que compramos ou, mesmo, para forrar latas de lixo? Por que não as substituímos por sacolas retornáveis – de pano, de lona vinílica (muito usada em banner promocionais) ou outros materiais recicláveis – que podem estar sempre à mão na bolsa ou no carro?Essa é a provocação que fazemos. Recusou uma sacola descartável no supermercado, na farmácia, na padaria ou numa loja? Ótimo! Registre, aqui, no contador. Para cada sacola, um clique. Divulgue esta ideia em casa, para seus amigos e colegas de trabalho ou da escola, em seu condomínio, no bairro...Vamos acompanhar, juntos, quanto tempo leva para chegarmos a um milhão? Para facilitar seu registro e também a evolução dos cliques, você pode publicar o contador em seu site ou blog: o código está indicado no próprio contador.“A forma lúdica desta campanha incentiva a pensarmos na questão e colaborar para diminuir a utilização de sacolas descartáveis, sobretudo as que são feitas de plástico”, explica Matthew Shirts, coordenador do Planeta Sustentável. “Esse contador cria uma outra dimensão para a ação. Cada leitor que recusar uma sacola, com certeza vai ajudar a fazer uma grande diferença no processo de conscientização”.
DURA REALIDADE
Hoje, a urgência em eliminarmos - ou, pelo menos, reduzirmos - o uso das sacolas descartáveis é inegável. Desde o início desta década - pelo menos - há diversas iniciativas, nesse sentido, pelo mundo. Algumas baseadas em pura ideologia e consciência; outras levando em conta “o bolso”, já que boa parte da humanidade - infelizmente - só entende a linguagem do dinheiro. Mas, que seja! O que importa é o resultado que se obtém da iniciativa: a redução da agressão ao meio ambiente.
Eis alguns exemplos:
- a Irlanda foi o primeiro país da Europa a aplicar impostos sobre o uso de sacolas plásticas. Isso aconteceu em 2002 e reduziu em 90% o consumo do produto;
- em 2005, Ruanda acabou com a "festa" das sacolinhas;
- em Bangladesh, isso aconteceu em 2007;
- em 2007, também, São Francisco foi a primeira cidade a proibir o uso dessas sacolas;
- no ano passado, a China começou uma campanha para acabar com as descartáveis gratuitas e
- Israel, Canadá, Índia, Botswana, Kenya, Tanzânia, África do Sul, Taiwan e Singapura também proibiram seu uso ou estão a caminho disso.
E por aqui? No Brasil, ainda não há registro de cobrança de impostos para o consumidor que optar pelas sacolinhas descartáveis. Talvez fosse uma boa alternativa. Mas já existem algumas iniciativas interessantes: no ano passado, em Santa Catarina, a ACATS - Associação Catarinense de Supermercados liderou uma campanha para incentivar os supermercados a abandoná-las de vez.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quando o entardecer chega .... o envelhecimento ainda surpreende muitos


Programa de Preparação para a Aposentadoria

No cotidiano da vida, no dia-a-dia, vemos as mais diversas formas de discriminação. O envelhecimento é talvez uma das mais concorridas. Contudo, hoje, entidades estão lutando pelos direitos dos cidadãos idosos, providenciando o cumprimento de leis existentes, e por medidas mais eficazes que inibam e coibam atitudes de maus tratos, deseducadas e a falta de urbanidade do qual o idoso é alvo frágil e fácil.

Idade e cultura

Costuma-se dizer que a idade determinante da velhice é 65 anos, quando se encerra a fase economicamente ativa da pessoa e começa a aposentadoria. Contudo a Organização Mundial da Saúde, através de estudo e levantamento estatístico mundial, elevou essa idade para 75 anos, devido ao aumento progressivo da longevidade e da expectativa de vida.

Em muitas culturas e civilizações, principalmente as orientais, o velho, o idoso é visto com respeito e veneração, representando uma fonte de experiência, do valioso saber acumulado ao longo dos anos, da prudência e da reflexão. Enquanto em outras, o idoso representa "o velho", "o ultrapassado" e "a falência múltipla do potencial do ser humano".

As mudanças

A velhice é um processo pessoal, natural, indiscutível e inevitável, para qualquer ser humano, na evolução da vida. Nessa fase sempre ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, econômicas e políticas que compõe o cotidiano das pessoas.

Há duas formas básicas de ocorrer essas mudanças, de maneira consciente e tranquila ou ser sentida com grande intensidade, tudo dependerá da relação da pessoa com a velhice. Os sinais característicos dessas mudanças são nítidos por conta da ação do tempo e social. Vejamos abaixo alguma delas:

  1. Mudanças Físicas: gradual e progressivas: aparecimento de rugas e progressiva perda da elasticidade e viço da pele; diminuição da força muscular, da agilidade e da mobilidade das articulações; aparição de cabelos brancos e perda dos cabelos entre os indivíduos do sexo masculino; redução da acuidade sensorial, da capacidade auditiva e visual; distúrbios do sistema respiratório, circulatório; alteração da memória e outras.
  2. Mudanças Psicossociais: modificações afetivas e cognitivas: efeitos fisiológicos do envelhecimento; consciência da aproximação do fim da vida; suspensão da atividade profissional por aposentadoria: sensação de inutilidade; solidão; afastamento de pessoas de outras faixas etárias; segregação familiar; dificuldade econômica; declínio no prestígio social, experiências e de valores e outras.
  3. Mudanças Funcionais: necessidade cotidiana de ajuda para desempenhar as atividades básicas.
  4. Mudanças Sócio-econômico: acontecem quando a pessoa se aposenta.

Uma geração só vai se preocupar com o envelhecer quando sente que esta nova fase da vida está se aproximando, produzindo sensações de desconforto, ansiedade, temores e medos fantasiosos. Freqüentemente essa ansiedade gera a falta de motivação levando-o a uma depressão, repercutindo organicamente e acelerando o envelhecimento ou provocando distúrbios e dificuldades de adaptação a um novo contexto social.

Estudos recentes comprovam que o avanço da idade não determina a deterioração da inteligência, pois ela está associada à educação, ao padrão de vida, a vitalidade física, mental e emocional. Também é preciso perder o preconceito sobre a idade cronológica das pessoas. Pode-se afirmar que há jovens com 20, 40 ou 90 anos de idade, tudo dependerá da postura e do interesse de cada um.

A sociedade e o mercado de trabalho

Vale fazer um alerta importante, só na América do Sul estima-se que no início deste novo milênio mais de 30 milhões de pessoas estarão com idade acima de 60 anos. No Brasil, só o Estado de São Paulo representará quase três milhões de pessoas ou cerca de 8% dessa população. O aumento desta população tende a expandir ainda mais nas próximas décadas, o que justifica o interesse e a preocupação da sociedade e do governo em criar ações para tratar questões ligadas à velhice.

Hoje todas as empresas precisam vencer os desafios da competitividade e da globalização do mercado comercial. Assim algumas empresas, vêem como saída para esse problema o sangue novo, dispensando os mais velhos de casa e de idade e contratando pessoas mais jovem, mais dinâmicas que consigam alavancar a empresa. Será que essa atitude é correta? Talvez não, dependendo do número de colaboradores que estejam nessa condição a empresa poderá perder seu know-how, sua identidade e empregados que conhecem detalhes do serviço. Além do que essa forma de dispensa poderá ter consequências diretas na perda de sua produtividade e motivação de mão-de-obra, pois quem ficou terá receio que no amanhã isso também poderá acontecer com ele.

Outras empresas para enfrentar os mesmos desafios, utilizam-se da reengenharia de cultura empresarial fazendo um planejamento para os próximos dez anos, assim, se elas tiverem colaboradores alcançando a aposentadoria nesse período poderão programar a saída desses e treinar os mais novos. Gerando uma nova equipe já entrosada, motivada e preparada para multiplicar essa cultura à próxima geração. Uma empresa com pessoas novas e dinâmicas mesclada com pessoas mais maduras, conscientes e experientes, com toda a certeza terá resultados de mercado muito melhores.

Agora, há momentos que não tem outro jeito. É preciso cortar pessoas, os escolhidos serão os mais velhos, não por preconceito mas por necessidade. Então é necessário prepará-los para essa nova realidade, amparando-os, com programas sociais e profissionais, para que aprendam e façam sua escolha de qual o melhor caminho a seguir - se vai procurar outro emprego, dar informações de como fazer, se vai abrir um negócio mostrar como proceder e no caso de simplesmente se aposentar, mostrar como levar uma vida com qualidade. Certamente toda empresa que agir desta forma terá um bom retorno desse investimento, a repercussão positiva na equipe e garantido que as suas metas e objetivos sejam atingidos face à motivação de todos.

Talvez uma das melhores saídas para esse problema seja o Programa de Preparação para a Aposentadoria - PPA, que possui caráter informativo e formativo possibilitando que essas pessoas realizar reflexões, tomar consciência do processo de envelhecimento e quais as atitudes a serem tomadas diante das alterações relacionadas aos aspectos econômicos, sociais e familiares no momento da aposentadoria. As empresas que estão oferecendo o PPA aos seus colaboradores estão colhendo como vantagens nessa relação: a renovação do seu quadro; exercício da responsabilidade social na comunidade; aumento no nível da produtividade; repasse de know-how; motivação e a participação nas metas; imagem positiva da empresa no mercado e a elevação da qualidade de vida no trabalho.

Aposentadoria, trabalho e capacidade

Toda aposentadoria tem suas implicações negativas. É preciso rever essa atitude de aposentar seres inteligentes e capazes de dar muito mais de si pelo mercado de trabalho. A alta competitividade de mercado e o preconceito pela idade tem sido causas frequentes para a dispensa dessa força de trabalho mais experiente, a qual poderia ser recolocada e bem aproveitada.

Recentemente uma empresa publicou uma pesquisa sobre tendências na área de empregos e apresentou uma novidade: o número de vagas com preferência para candidatos maduros, com mais de 40 anos, aumentou mais de 15% nos dois últimos meses de 1999. Os candidatos maduros estão melhor preparados e as empresas descobriram que o preconceito estava provocando a perda de oportunidades para a contratação de talentos já comprovados.

Quando um profissional deixa a empresa e o ambiente em que era respeitado, ele passa a enfrentar o preconceito em relação à idade. Como consequência ele primeiro se revolta, depois busca novas forças e motivações para enfrentar as dificuldades. Com isso ele aprende, desenvolve novas competências e surpreende o mercado de trabalho.

Discriminação

Enfim, o envelhecimento não pode ser visto pela sociedade, família e empregador sob os olhos da discriminação. Não só as pessoas envelhecem, as gerações também envelhecem, sem dar conta dos segundos, minutos, dias, semanas, meses e anos. O envelhecimento irá alcançar com toda certeza a todos, é preciso agir de forma concreta, segura e rápida contribuindo com ações eficazes para resguardar uma etapa da vida humana com maior dignidade, qualidade e respeito.

Jovem, ao encontrar uma geração mais velha,
pense bem nisto antes de mais nada:
" Ele sou eu amanhã.
Ele, hoje, representa o respeito que quero
ter também, amanhã . "

A
utor: Luciano Spina França lucianosf@sti.com.br

Referência Bibliografia
Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações
Artigos:
O potencial da terceira idade na empresa
Euclydes Barbulho
Programa de Preparação para Aposentadoria
Silvana Sidney Costa Santos
Terceira Idade em São Paulo, ações e projetos Governo do Estado de São Paulo

Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta – Bicicleta Brasil

As cidades constituem-se no palco das contradições econômicas, sociais e políticas e o sistema viário é um espaço em permanente disputa entre diferentes atores, que se apresentam como pedestres, ciclistas, condutores e usuários de automóveis, caminhões, ônibus e motos.

O Ministério das Cidades tem como desafio ampliar a visão predominante dos problemas de circulação, de modo a incorporar dimensões econômicas e sociais normalmente não consideradas. Trata-se de reconhecer a existência de uma crise de mobilidade que engloba as questões de transporte público e trânsito, exigindo soluções que superem sua análise fragmentada.

Neste sentido, a Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana – SeMob - tem desenvolvido o conceito de Mobilidade Urbana Sustentável, como o resultado de um conjunto de políticas de transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável. Esta nova abordagem tem como centro das atenções o deslocamento das pessoas e não dos veículos

Ao se analisar a realidade das cidades brasileiras, verifica-se em muitas delas o uso crescente da bicicleta como meio de transporte para o trabalho e estudo, além das atividades de lazer, necessitando, assim,de tratamento adequado ao papel que desempenha nos deslocamentos urbanos de milhares de pessoas, exigindo uma política pública que seja implantada pelas três esferas de governo.

A inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos deve ser abordada como elemento para a implantação do conceito de Mobilidade Urbana Sustentável e como forma de redução do custo da mobilidade das pessoas. Sua integração aos modos coletivos de transporte é possível, principalmente nos sistemas de grande capacidade e já ocorre, ainda que em estado embrionário e até espontâneo em muitas das grandes cidades, através da construção de bicicletários, junto às estações de trem.

A inserção da bicicleta nos atuais sistemas de transporte é possível, mas ela deve ser considerada como elemento integrante do novo desenho urbano necessário para dar suporte à Mobilidade Urbana Sustentável, incorporando-se a construção de ciclovias e ciclofaixas, principalmente nas áreas de expansão urbana. Torna-se necessária também a ampliação da abordagem para incluir as vias cicláveis, que são vias de tráfego compartilhado que podem ser adequadas ao uso da bicicleta.

Ao desenvolver o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta, a SeMob procura estimular os Governos Municipais, Estaduais e do Distrito Federal a desenvolver e aprimorar ações que favoreçam o uso da bicicleta como modo de transporte, com mais segurança.


Objetivos:

• Inserir e ampliar o transporte por bicicleta na matriz de deslocamentos urbanos;
• Promover sua integração aos sistemas de transportes coletivos, visando reduzir o custo de deslocamento, principalmente da população de menor renda;
• Estimular os governos municipais a implantar sistemas cicloviários e um conjunto de ações que garantam a segurança de ciclistas nos deslocamentos urbanos; e
• Difundir o conceito de mobilidade urbana sustentável, estimulando os meios não motorizados de transporte, inserindo-os no desenho urbano.


Ações previstas:

1 - Capacitação de gestores públicos para a elaboração e implantação de sistemas cicloviários;
2 - Integração da bicicleta no planejamento de sistemas de transportes e equipamentos públicos;
3 - Estímulo à integração das ações das três esferas de Governo;
4 - Sensibilização da sociedade para a efetivação do Programa;
5 - Estímulo ao desenvolvimento tecnológico; e
6 - Fomento à implementação de infra-estrutura para o uso da bicicleta.


Instrumentos de Implementação:

1 - Publicação de material informativo e de capacitação;
2 - Realização de Cursos e Seminários nacionais s internacionais;
3 - Edição de normas e diretrizes;
4 - Realização e fomento de pesquisas;
5 - Implantação de banco de dados;
6 - Fomento a implementação Programas Municipais de Mobilidade por Bicicleta;
7 - Criação de novas fontes de financiamento; e
8 - Divulgação das Boas Políticas.


Equipe do Programa Brasileiro de Mobilidade por BicicletaBicicleta Brasil:
Renato Boareto – Diretor do Departamento de Mobilidade Urbana
Augusto Valiengo Valeri – Coordenador do Programa – Gerente de Integração de Políticas de Mobilidade
Claudio Oliveira da Silva – Arquiteto Urbanista
Daniela Santana Canezim – Arquiteta Urbanista
Érica Ruth Rodrigues de Morais – Assistente administrativo
Thiago Barros Moreira – Assistente administrativo

Unidade responsável pelo programa
Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana
bicicleta.brasil@cidades.gov.br
Esplanada dos Ministérios
Bloco A - 1º Andar – Sala 146/B
Brasília/DF – 70050-901
Telefone – (61) 2108-1660 / 2108-1192 / 2108-1413
Fax – (61) 2108-1437

Crescimento


Enquanto o mundo estava em crise, o Brasil Cresceu e o Nordeste avançou mais.

A região Nordeste do Brasil saiu vitoriosa da crise econômica e cresceu 2,2% no primeiro semestre.A estimativa surpreende em um Brasil que encolheu 1,46% no período. O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco registrou alta de 3,8%; o do Ceará, 2,8%; e o da Bahia, 1,6%. Juntos eles respondem por dois terços da riqueza local.

» Siga o Vooz no Twitter

» Add o Vooz no Orkut

Segundo Datamétrica Consultoria, que radiografou o bom momento da região a pedido do Estado, só em uma hipótese teria havido um crescimento nulo: se os outros seis Estados, que não calculam previsões de PIBs, tivessem sofrido uma retração três vezes maior que a da brasileira. Mas outros indicadores de suas economias apontam na direção oposta.

A Datamétrica, consultoria de Pernambuco especializada na economia nordestina, analisou os PIBs e variáveis de impostos estaduais e federais, comércio, produção industrial e movimentação bancária. Naquelas em que o Brasil cresceu, o Nordeste avançou mais.

Nas outras em que houve retração, os nordestinos tiveram quedas menores. E são esses mesmos indicadores que mostram que Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão não fizeram feio. A arrecadação do ICMS desse grupo subiu 7,3% nos últimos sete meses, enquanto no Nordeste houve um acréscimo de 3,87% e no Brasil, de apenas 1,66%. No mesmo período, o comércio deles avançou 5,4%, do Nordeste, 5,6%, e em todo o País, 4,6%.

“De certa maneira, o Nordeste bancou a política anticrise de outras regiões brasileiras, já que a maioria das empresas dos setores em que houve redução do IPI fica no Sudeste e Sul”, analisa o presidente da Datamétrica, Alexandre Rands Barros.

Três fatores foram vitais para fazer com que a região crescesse mais que o Brasil na crise, explica Rands, professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco. Para começar, o Nordeste exporta pouco. O que chamamos “exportação” é a venda de seus produtos para Sul e Sudeste. Como o consumo das famílias no Brasil foi o salvador geral da pátria, as empresas “exportadoras” se saíram bem. Em segundo lugar, a crise gerou incertezas e perturbou o humor das indústrias, sobretudo as do setor de bens de capital. Mas como estas se concentram no eixo São Paulo-Rio-Minas, o impacto no Nordeste foi menor.

Essas duas realidades não afetaram a confiança do nordestino, o terceiro fator em favor da região. O consumidor continuou comprando e se endividando para comprar mais. Confiaram na promessa de marolinha do presidente conterrâneo, Luiz Inácio Lula da Silva. “O efeito político foi grande. Os índices de aprovação de Lula caíram menos porque o Nordeste sofreu menos com a crise”, interpreta Rands.

O PIB nordestino contribui com uma fatia ainda inferior a 15% do PIB nacional. Porém crescer mais que o Brasil em meio à crise diz respeito a um terço da população brasileira que vive no Nordeste. Desde 2003, início do governo Lula, a região tem registrado PIBs superiores ao do País. A exceção foi 2007, o ano de crescimento recorde em que houve problemas localizados em algumas indústrias nordestinas. Mas a diferença foi pequena: 5,7% do Brasil ante 5,1% do Nordeste.

“Em setembro do ano passado, sem ser profeta, eu já dava declarações de que a crise mundial traria desdobramentos positivos para o Nordeste”, lembra Cid Gomes (PSB), governador do Ceará. A primeira seria consequência da desvalorização do dólar frente ao real. O Brasil se tornou barato para os estrangeiros e o turismo saiu ganhando. Bahia e Ceará vêm se alternando nas primeiras posições de maiores vendedores de pacotes turísticos do País. Os governadores do Nordeste aproveitaram também o momento para investir em obras públicas e desoneraram setores industriais, sobretudo os de itens de consumo popular e os que faziam concorrência com outros Estados.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirma que nem tudo foram flores e tem segurado a economia “na unha”. O Estado é o mais industrializado da região e setores como o de petroquímico, um dos carro-chefe da produção local, foram nocauteados pela crise. O fôlego foi possível, explica Wagner, pelos recursos de programas sociais estaduais e federais que não cessaram. “O nosso consumidor não está com a síndrome de guerra. Se ele vê que dá para consumir, vai para cima”, diz. Como houve mais impacto negativo da crise na Bahia, o governador baiano crê que a retomada neste segundo semestre será proporcionalmente maior. A indústria de celulose já retomou o volume de produção pré-crise, mas o faturamento continua inferior por causa do dólar barato e do preço mundial da mercadoria.

_________

Quem visita o Nordeste para além das capitais litorâneas percebe que o avanço das economias vem ocorrendo também no interior. O comércio dos pequenos municípios adquiriu outro status. Com dinheiro no bolso, o consumidor passou a atrair grandes empresas. Na década de 90 elas podiam se dar ao luxo de concentrar as atividades no Sul e Sudeste, mas agora elas correm atrás dos nordestinos. Em 2003, pouco mais da metade das famílias pobres possuía televisão a cores, hoje 88,7% delas têm. Telefone celular: saltou de 10,5% para 55%. Indústrias alimentícias que antes enviavam as mercadorias para as regiões Norte e Nordeste vêm montando bases locais e acabam comprando matéria-prima da própria região.

O governador Cid Gomes prefere associar uma imagem que retrata bem a atual realidade nordestina. Na terça-feira, despachando de Pedra Branca em seu governo itinerante, ele notou intensa atividade no comércio da cidade de 40 mil habitantes. Imaginou que era a feira, uma rotina secular dos municípios interioranos, quando a população se reúne numa praça para ofertar feijão de corda, carne de sol e macaxeira e levar para casa roupas, panelas e a comida que falta. “A feira de Pedra Branca era de sábado, mas me disseram que agora todo dia é dia de feira”, comemora.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

VITIMAS DA IURD

















Edir Macedo e outros acusados desviaram dinheiro de doações


Edir Macedo e outros acusados desviaram dinheiro de doações de fieis e se aproveitaram de isenção de impostos oferecida a igrejas de qualquer culto.
O Ministério Público e a justiça entenderam que houve desvio: em vez de aplicar as doações em obras de caridades e na manutenção de templos , os recursos foram empregados na compra de empresas.
Edir Macedo e mais nove pessoas, são acusados de se apropriar de dízimos e de ofertas de fieis. Há fieis que vendem utensílios da própria casa para dar dinheiro à igreja, diante da promessa de recompensa em dobro.
Entre 2001 e 2008, a Igreja Universal do Reino de Deus arrecadou cerca de R$8 bilhões, onde parte do dinheiro foi para duas empresas de fachada, a Cremo e a Unimetro Empreendimentos.
E nos dias de hoje, ainda há quem queira comprar um lugar no céu, provando que pessoas sem escrúpulos fazem da igreja um grande empreendimento.


domingo, 29 de novembro de 2009

Destino do Lixo

O destino do lixo é (deve ser) diferente, de acordo com cada tipo de resíduo que o constitui. Entretanto, o destino mais comum que se dá para qualquer resíduo no Brasil são os chamados “Lixões”. Em aproximadamente 70% das cidades brasileiras os resíduos ainda são jogados neste destino final. 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários e 17% em aterros controlados. Menos de 10% dos municípios brasileiros realizam coleta seletiva e reciclagem.

Os lixões são um espaço aberto, localizado geralmente na periferia das cidades onde o lixo fica apodrecendo, ou então é queimado. Não devem ser confundidos com aterros sanitários, pois consiste em um método que não leva em consideração critérios sanitários ou ecológicos, provocando a contaminação das águas subterrâneas e do solo e a poluição do ar com gases tóxicos.

É muito comum também o despejo do lixo em córregos ou em terrenos baldios pela população de periferias que não recebem atenção quanto à coleta ou educação municipal. 20% da população brasileira ainda não contam com serviços regulares de coleta. Outrossim, uma parcela significativa da população “educada” e que recebe serviços de coleta joga lixo em locais inadequados como, principalmente, nas vias públicas (lamentável!).

O lixo comum e entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais a possibilidade de reciclagem ou reutilização . Os aterros sanitários são basicamente locais onde os resíduos são confinados no solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é impermeabilizado para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que estes resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por bactérias) sejam drenados e tratados, para evitar a contaminação do ambiente. Ainda há falta de aterros sanitários no Brasil. Por outro lado, a maioria dos existentes não foi construída de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o solo e os recursos hídricos. Também existem os aterros controlados que são basicamente um sistema intermediário de destinação de resíduos entre os lixões e os aterros sanitários, pois há um controle de entrada de pessoas e cobertura diária do lixo. Porém, os impactos que causam estão mais para o lado negativo dos lixões do que dos aterros sanitários, pois a contaminação do solo e dos corpos hídricos não é controlada.

Esquema de um aterro sanitário
Esquema de um aterro sanitário

O lixo séptico ou hospitalar deve ir para valas sépticas ou ser incinerado (a incineração é diferente da queima, pois é feita em máquinas especiais e não simplesmente pelo fogo). Entretanto, em muitas cidades, o lixo hospitalar é depositado em aterros sanitários ou mesmo lixões. Isto quando a coleta é irregular ou inexistente. Além disso, muitos resíduos infectantes vão para aterros sanitários através da coleta domiciliar, já que muitas pessoas são tratadas de enfermidades nas suas próprias residências.

Cabe a você mudar isso, caso você ou mesmo alguém conhecido o faça. O ideal é encaminhar o lixo séptico a farmácias e clínicas do setor.

O lixo tóxico deve ir para aterros especiais ou centros de triagem específicos para que os resíduos possam ser reciclados ou reutilizados. Em Curitiba a coleta do lixo tóxico segue um sistema especial de coleta.

Em algumas cidades, o lixo orgânico é encaminhado para usinas de compostagem. Estas usinas consistem basicamente em locais onde estes resíduos são misturados com terra e esterco, misturados constantemente e submetidos à ação de fungos e bactérias, para serem transformados em adubo orgânico, também chamado de húmus, material muito rico em nutrientes.

Existe uma diferença entre destino final e tratamento de resíduos. O tratamento é prévio ao destino final, sendo que para cada tipo de resíduo existe um tratamento e um destino final específico.

No caso dos resíduos comuns, geralmente não há tratamento antes de seu destino final e os resíduos vão das fontes geradoras até os aterros sanitários.

A triagem e a reciclagem são tipos de tratamento para alguns tipos de resíduos, bem como a compostagem, a pirólise, a incineração etc. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com matéria prima reciclada. Ambos os processos geram rejeitos então a outra parte dos resíduos é encaminhada para aterros sanitários.

A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e esta vai para os aterros sanitários. O lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas (dependendo do teor de contaminação dos resíduos resultantes).

Resíduos tóxicos passam por tratamento prévio, como blendagem e encapsulamento, e são encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.

Esta breve explicação mostra como é complicado lidar com lixo e, portanto, como é importante o seu papel no cuidado com o lixo. Contribuir com o Princípio dos Três Erres (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) é uma maneira ao seu alcance para minimizar diversos problemas ambientais, melhorando a sua própria qualidade de vida e garantindo um futuro ideal para seus filhos sobreviverem.

Fonte: www.pucpr.com.br

Destino do Lixo

Hoje em dia produzimos lixo domiciliar, comercial, de varrição e feiras livres, serviços de saúde e hospitalares, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, industriais, agrícolas e entulhos.

O lixo domiciliar vem das residências, constituído por restos de alimentos (tais como, cascas de frutas, verduras etc.), produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Contém, ainda, alguns resíduos que podem ser tóxicos. Hoje cada brasileiro produz em média quinhentos gramas de lixo por dia, e dependendo do lugar que mora e seu poder aquisitivo, pode chegar a mais de um quilo. Sua composição média é de vinte e cinco por cento de papel, quatro por cento de metal, três por cento de vidro, três por cento de plástico e sessenta e cinco por cento de matéria orgânica

O comercial é originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.. O lixo destes estabelecimentos e serviços tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens diversas, e resíduos de asseio dos funcionários, tais como, papéis toalha, papel higiênico etc...

O lixo público são aqueles originados dos serviços: de limpeza pública urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, de galerias, de córregos e de terrenos, restos de podas de árvores etc.; de limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos vegetais diversos, embalagens etc...

O lixo de serviços de saúde e hospitalar, se constitui dos resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos. São produzidos em serviços de saúde, tais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde etc.. São agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazos de validade vencidos, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X etc.. Resíduos assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas etc.), e outros materiais que não entram em contato direto com pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são considerados como domiciliares.

O lixo municipal vem dos portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários constituem os resíduos sépticos, trazidos aos portos, terminais rodoviários e aeroportos. Basicamente, originam-se de material de higiene, asseio pessoal e restos de alimentação que podem veicular doenças provenientes de outras cidades, estados e países. Também neste caso, os resíduos assépticos destes locais são considerados como domiciliares.

O lixo industrial é originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como, metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, etc.. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas, etc.. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do lixo considerado tóxico.

O lixo agrícola são resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc.. Em várias regiões do mundo, estes resíduos já constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva. Também as embalagens de agroquímicos diversos, em geral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica, definindo os cuidados na sua destinação final e, por vezes, co-responsabilizando a própria indústria fabricante destes produtos.

O entulho são resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos de escavações, etc... Ele é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.

Para onde vai o lixo

Todo esse lixo gerado tem um destino, ou seja: 76% do lixo coletado no país fica a céu aberto, ou seja, 182400 toneladas que é coletado por dia. O restante vai para aterros (controlados, 13%; ou sanitários, 10%), usinas de compostagem (0,9%), incineradores (0,1%) e uma insignificante parte é recuperada em centrais de reciclagem.

Estima-se que o Brasil perca, por ano, R$ 4,6 bilhões (cálculo de 1996) no mínimo, ao não reaproveitar o lixo que produz. 40% dos municípios não recebem nenhum serviço de coleta de lixo. 40 mil toneladas de lixo ficam sem coleta diariamente. A coleta seletiva é praticada em pouco mais de 80 municípios brasileiros, basicamente nas regiões Sul e Sudeste do país.

O motivo disso é que reciclar é quinze vezes mais caro que jogar lixo em aterros. Para se ter uma idéia, cada cinqüenta quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada.

Cada cinqüenta quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de cinco mil quilos de minério, a bauxita.

Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.

Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado! Quantas latinhas você já jogou fora? Quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar?

Uma das alternativas dos destinos do lixo é o aterro sanitário que é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente, lixo domiciliar, 88% que, fundamentado em "critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permite a confinação segura em termos de controle de poluição ambiental, proteção à saúde pública" ; ou, "forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, através de confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmente, solo, de acordo com normas operacionais específicas, e de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais" .

Entretanto, hoje, os Aterros Sanitários recebem aproximadamente 16.000 toneladas por dia de lixo domiciliar, praticamente bruto, que contribui para que sua vida útil se esgote de maneira muito rápida.

Aterro sanitário de Bauru
Aterro sanitário de Bauru

Infelizmente, a cidade de São Paulo, devido à expansão urbana e as exigências ambientais, está com falta de área para novos aterros. Atualmente, os que estão em funcionamento, considerando as expansões já previstas, têm vida útil estimada em, no máximo, mais três anos e meio, se for mantida a mesma tonelagem diária de lixo recebida hoje.

Outra forma é o aterro controlado que é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.

Esta forma de disposição produz, em geral, poluição localizada, pois similarmente ao aterro sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases gerados.

Este método é preferível ao lixão, mas, devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de operação, a qualidade é inferior ao aterro sanitário.

Outra forma do destino do lixo é o lixão ele é um local onde há uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. É o mesmo que descarga de resíduos a céu aberto.

Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e, principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume (líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo os recursos hídricos.

Acrescenta-se a esta situação, o total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos nesses locais, verificando-se, até mesmo, a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das indústrias.

Comumente, os lixões são associados a fatos altamente indesejáveis, como a criação de porcos e a existência de catadores (que, muitas vezes, residem no próprio local).

Uma das alternativas criada para a quantidade de lixo orgânico (todo o resto de plantas e animais, folhagens, restos de alimentos, palhas, cascas de frutas, ovos, verduras, etc) produzido é a compostagem, um processo pelo qual determinados tipos de materiais podem ser decompostos e misturados para transformarem-se em adubo. Na compostagem a decomposição da matéria orgânica é feita pela ação dos decompositores e precisa de condições físicas e químicas adequadas para levar à formação de um produto de boa qualidade.

usina de compostagem da Vila Leopoldina
usina de compostagem da Vila Leopoldina

Outra forma de reciclagem do lixo orgânico é a sua utilização como fonte de energia e adubo, através de biodigestores, isto é, equipamentos que além da decomposição realizada na compostagem, realizam também o aproveitamento do metano, gás que é libertado na bioestalização do lixo orgânico.

Outra opção para diminuir o lixo é o incinerador, projetado por Alfred Fryer, em 1874, na Inglaterra. É um processo em que o lixo é queimado, reduzindo o peso e o volume, porém esse meio pode trazer prejuízo para a natureza e para a economia, pois tem alto custo. Um exemplo é se a combustão é incompleta pode aparecer monóxido de carbono e partículas que acabam sendo lançadas na atmosfera como fuligem ou negro fumo. Muitas substâncias são altamente tóxicas, poluindo rios, trazendo mau cheiro e a poluição visual.

Incinerador de produtos químicos.
Incinerador de produtos químicos.

O melhor caminho para o lixo é a compostagem e a reciclagem, pois o lixo já utilizado pode ser reutilizado diversas vezes, como é o caso do papel, papelão, metais, vidros, plásticos, borracha e materiais organicos.