Profeta

sábado, 20 de março de 2010

Carta escrita em 2070

CARTA DO FUTURO


Estamos no ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais podia terminar.

Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas, já que não temos a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastro-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.

Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.

Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.

O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. As pessoas que não pode pagar são retiradas das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.

Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da industria contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quão saudável que as pessoas eram.
Ela pergunta-me: "Papai,
porque acabou a água ?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso Planeta Terra!



Extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos"

quarta-feira, 17 de março de 2010

A verdadeira hitória das eleiçâos de 1989


Fernando Collor, Boris Casoy e Lula durante debate eleitoral

O objetivo deste trabalho é entender a eleição de 1989 e a participação da mídia nesta, despertando um olhar crítico nas pessoas para que possam perceber através do debate transmitido pela Rede Globo, a linguagem e os mecanismos de representação utilizados pela mídia televisiva no período eleitoral.

“Refletir sobre as iniciativas e atitudes, complementares ou conflituosas, ensejadas pelos campos da política e das mídias nos momentos eleitorais, sem dúvida, aparece como uma das possibilidades analíticas mais interessantes para iluminar as contemporâneas relações existentes entre estes dois campos sociais.”

A eleição de 1989 foi a primeira direta depois de 29 anos. O pleito foi bastante disputado. Havia 23 candidatos, entre os quais estavam os líderes dos principais partidos políticos, dentre eles: Ulysses Guimarães, Roberto Freire, Paulo Maluf, Leonel Brizola, Mário Covas, Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Esta pesquisa estabelece uma análise do debate realizado pela Rede Globo, no segundo turno das eleições entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT e Fernando Collor de Mello (PRN) e como também à influência da mídia como formadora de opinião naquele período.

Logo após a transição política vivida durante o governo José Sarney, o Brasil viveu um período de movimentação política que consolidou a retomada do regime democrático no país. Desta forma, em 1989, após vinte e nove anos, a população brasileira escolheria o novo presidente da República através do voto direto.
Conforme estabelecido na Constituição de 1988, o sistema político do país se organizaria de forma pluripartidária. Com a vigência do sistema pluripartidário, as mais variadas correntes de orientação política se estabeleceram no cenário político da época. Cercado por tantas opções, os eleitores se viam perdidos entre diferentes promessas que solucionariam os problemas do país.
Os setores de direita não conseguiram emplacar um candidato capaz de garantir uma vitória tranqüila no pleito presidencial. Tal enfraquecimento político se deu por conta das frustradas tentativas de sanear a economia. Dominado por políticos de direita, o governo José Sarney (1985 – 1990) foi palco de constantes arrochos salariais e, principalmente, de grandes surtos inflacionários.
Já os partidos de esquerda viriam a lançar duas influentes figuras políticas que poderiam polarizar a disputa daquela eleição. De um lado, Luís Inácio Lula da Silva, representando o Partido dos Trabalhadores e com base política assentada entre os trabalhadores e as principais lideranças sindicais do país. De outro, Leonel Brizola, filiado ao Partido Democrático Trabalhista, e apoiado em sua extensa vida política influenciada pela política trabalhista da Era Vargas (1930 – 1954).

Campanha de Silvio Santos:


Buscando reverter o quadro desfavorável, a direita tentou emplacar a candidatura do empresário das telecomunicações Sílvio Santos, logo impugnada pelo Superior Tribunal Eleitoral. Temendo uma vitória dos setores de esquerda e sem nenhum concorrente de peso, os partidos de direita passaram a apoiar um jovem político alagoano chamado Fernando Collor de Melo. Com boa aparência, um discurso carismático e o apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor se transformou na grande aposta da direita.
Atraindo apoio de diferentes setores da sociedade, Collor prometia modernizar a economia promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia nacional. Ao mesmo tempo, fazia discursos de orientação religiosa, se auto-proclamava um “caçador de marajás” e alertava sobre os perigos de um possível governo de esquerda.
No primeiro turno, a apuração das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente Collor e Lula. Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de Melo.

Os historiadores Antonio Albino Canelas Rubim e Leandro Colling sobre as eleições de 1989, dizem que: “(...) o horário eleitoral gratuito tornou-se a vedete e o eixo da campanha, associado às pesquisas, ao marketing e aos debates eleitorais.” . A televisão neste momento estava presente na vida do brasileiro e grande parte da população tomava conhecimento dos acontecimentos políticos através desta. Cabe ressaltar que o número de eleitores nesta eleição teve um aumento significativo, passando de 15 milhões para aproximadamente 82 milhões, e a influência da televisão sobre os eleitores faria uma grande diferença.
Entre o primeiro e o segundo turno da eleição, houve dois debates entre os candidatos Collor e Lula. O primeiro foi realizado nos estúdios da TV Manchete, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro. O segundo, no dia 14, foi nos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo. Os dois debates foram transmitidos na íntegra das 21h30 às 24h, por um pool formado pelas quatro principais emissoras de televisão do país: Globo, Bandeirantes, Manchete e SBT com quatro mediadores - Boris Casoy (SBT), Marília Gabriela (Bandeirantes), Eliakim Araújo (Manchete) e Alexandre Garcia (Globo) - se revezando a cada bloco, e quatro jornalistas de cada emissora de televisão participando de cada bloco interrogando os candidatos sobre cada um dos quatro temas propostos - Luis Fernando Emadiato (SBT), Fernando Mitre (Bandeirantes), Villas Bôas Corrêa (Manchete) e Joelmir Beting (Globo).


Veja o video abaixo:



Nesse sentido, utilizaremos o segundo e último debate, entre Fernando Collor de Mello e Luís Inácio Lula da Silva, apresentado pela Rede Globo durante o Jornal Nacional no dia 15 de dezembro de 1989, para mostrar como a edição feita favoreceu o candidato Fernando Collor. O vídeo , com a duração de dez minutos, pretende buscar um entendimento melhor com relação à mídia e sua influência no resultado da eleição, através da seleção das falas dos candidatos e também de pesquisas que apontavam sempre o candidato Collor como superior. Vale ressaltar que os candidatos chegaram ao segundo turno devido suas performances nos horários eleitorais gratuitos.
O candidato Collor usou de um “eficiente marketing político com o slogan do ‘caçador de Marajás’, pelas acusações de Collor de que Lula representaria uma ameaça aos direitos de propriedade, além de associar o programa de governo do candidato do PT ao estatismo, em um momento de crise no socialismo do Leste europeu.” . Durante o debate apresentado no Jornal Nacional, Collor questiona Lula sobre as acusações de corrupção que estavam sendo feitas ao seu vice. Ao responder, Lula se atrapalha dando a entender que o que mais importava naquele momento era somente sua candidatura, e que investigar a acusação de corrupção era segundo plano. Na edição feita pela Rede Globo, foram apresentadas as perguntas e respostas que deixavam Collor em vantagem, atribuindo ao candidato melhor posicionamento em suas respostas.

Globo Manipula eleiçâo




Sobre o posicionamento da Rede Globo, Roberto Marinho, dono da emissora disse: “Sim, nós promovemos a eleição do Collor e eu tinha os melhores motivos para um grande entusiasmo e uma grande esperança de que ele faria um governo extraordinário” . No próprio site da emissora apresenta uma nota sobre essa “polêmica” onde a emissora admite ter errado em ter editado o debate para o Jornal Nacional, sendo assim, não iria mais editar debates, apenas apresentá-los na íntegra. Porém, ao contrário de depoimento de Roberto Marinho, ela não admite seu poder de manipulação sobre tal debate e que apenas selecionou os “melhores momentos” do debate .

“A potencialização do campo das mídias manifesta-se evidente em inúmeros acontecimentos que conformam a eleição de 1989: o caráter de eleição ‘solteira’; a expectativa de um experimento inédito de eleição presidencial em uma sociedade ambientada pela mídia; a legislação eleitoral que permite sem restrições a utilização das ‘gramáticas’ midiáticas, desenvolvidas no país em um patamar técnico altamente qualificado; a competente elaboração estratégico-plástica das campanhas, em especial, a de Lula e de Collor e, por fim, as interferências político-eleitorais explícitas, inclusive comprometedoras, de parte da mídia em episódios como o seqüestro de Abílio Diniz e a edição realizada pelo Jornal Nacional do último debate entre Collor e Lula.”
Podemos perceber com esta pesquisa que a eleição presidencial de 1989 além de marcar a primeira eleição direta depois do fim da ditadura, também marcou o crescimento e participação mais ativas da mídia nas campanhas. Pudemos entender também como foi a participação da Rede Globo e a influência que ela teve no resultado das eleições, onde o candidato apoiado pela emissora, Fernando Collor de Mello, venceu as eleições presidenciais.

Referências bibliográficas:


NASCIMENTO, Luiz Miguel do. Introdução ao debate sobre a eleição presidencial brasileira de 1989. In: História: Questões & Debates, Curitiba, n. 44. Editora: UFPR, 2006.

RUBIM, Antonio Albino Canelas; COLLING, Leandro. Mídia e eleições presidenciais no Brasil pós-ditadura.
RUBIM, Antonio Albino Canelas. Eleições presidenciais em 2002 no Brasil. São Paulo: Hacker, 2004.



domingo, 14 de março de 2010

Floresta Atlântica do Paraná

Litoral do Paraná
O Paraná apesar de possuir uma faixa litorânea pouco extensa, oferece ao visitante, cidades com infra-estrutura turística capazes de receber mais de 1 milhão de visitantes na alta temporada.

Reservas ecológicas onde ainda podem ser encontradas espécies raras de flora e fauna, além de belas praias, ilhas e baías, que propiciam momentos de lazer, a prática de esportes náuticos, pesca esportiva, etc. Tudo isto faz com que o litoral paranaense tenha lugar de destaque neste segmento.
Antonina
Antonina
Guaraqueçaba
Guaraqueçaba
Morretes
Morretes
Pontal do Paraná
Pontal do Paraná

O passeio pela Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é uma das atrações para os turistas que visitam o Paraná

O passeio pela Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é uma das  atrações para os turistas que visitam o Paraná

O passeio pela Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é uma das atrações para os turistas que visitam o Paraná

Eram quatro amigos nascidos em Nova Santa Rosa, pequeno município do Oeste do Paraná. Depois da adolescência, três deles deixaram a cidade. Anos depois, resolveram se reencontrar. Essa é parte da história do grupo de mais de 20 pessoas — formado por casais, adultos, jovens e muitas crianças — que, em outubro, embarcou para um passeio na Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá.

Embalada pelos sacolejos da ferrovia, que desenvolve a velocidade média de 28 quilômetros por hora, a professora Mariane Schiewe lembra que a opção pelo trem foi unanimidade no grupo. “As crianças adoraram a viagem de Curitiba até Morretes, e, por isso, resolvemos pegar o trem também na volta". O passeio faz parte de um importante roteiro turístico do Paraná, que remonta à história da colonização do sul do Brasil.

A circulação do trem, um cartão postal do Paraná, é hoje restrita para o atendimento ao turista. O trajeto original de Curitiba até Paranaguá, com 110 quilômetros de extensão e operado desde 1880, funciona somente aos domingos. Nos outros dias, o passageiro, vindo da capital paranaense, deve desembarcar em Morretes, cidade histórica distante 42km de Paranaguá.

O trem abre caminho para o litoral paranaense, onde Ilha do Mel é um dos locais mais procurados, e para outros atrativos do estado. Foi o encantamento com a urbanidade de Curitiba e a curiosidade em relação ao passeio de trem que colocaram os cariocas Jorge de Jesus e Luciene Boulay nos trilhos da ferrovia. “Sempre ouvi dizer que Curitiba é uma cidade modelo. A agência nos ofereceu esse passeio e estou adorando”, comenta Jesus.

“Olhe à direita a cachoeira Véu de Noiva... a Garganta do Diabo.. o túnel construído em 1883... o cânion Ipiranga”, vai apontando o guia Jonas Rabelo, que há dois anos conduz turistas de todo o Brasil e do mundo pelas linhas sinuosas da Serra do Mar. Paulista de nascimento, conhece cada curva e abismo no caminho da Curitiba-Paranaguá, que é uma espécie de memória viva da história de ferrovia no país

Chegar em Morretes pela Serra da Graciosa é um espetáculo à parte. Ela começa na BR-116, 37km ao norte de Curitiba, junto ao posto da Polícia Rodoviária. O portal é facilmente avistado e é parada obrigatória para fotos. São pouco mais de 30km até Morretes.

A dica é para que você inicie a descida da Serra da Graciosa pela manhã ou, no máximo, no início da tarde – assim poderá aproveitar bem o passeio.

A parte de serra mesmo tem cerca de 10km e você encontra seis pontos de paradas, os “Recantos”, com infra-estrutura de churrasqueiras, banheiros, mirantes e quiosques onde você é convidado a saborear produtos típicos da região – experimente as balinhas de banana, são deliciosas!



Mata AtlânticaDurante a descida, vá bem devagar. Não só pela segurança - pois ela é uma serra bem estreita e sinuosa - mas principalmente, para sentir o ar, a umidade da Mata Atlântica, apreciar a paisagem, e perceber que você está percorrendo uma estrada secular, inaugurada por volta de 1873, que foi um dos primeiros caminhos que liga o litoral ao interior do Paraná.

Se puder, pare em todos os recantos e descubra o que cada um tem de especial: uma paisagem maravilhosa, uma cascata, um córrego de águas transparentes, uma amostra de Mata Atlântica exuberante, um jardim de hortênsias, uma ponte de ferro, um rio que te convida a se refrescar… enfim… vá preparado, sabendo que seu passeio começa já na Serra da Graciosa.

O Município de Morretes, cidade histórica encravada aos pés da Serra do Mar, ao invés de sofrer com as limitações da nova legislação ambiental vê, na possibilidade de implementação do Ecoturismo o caminho de recuperação econômica nos próximos anos. No Paraná, o turismo já é uma atividade consolidada e um dos seus trajetos clássicos é a viagem ao litoral, seja pela estrada de ferro Curitiba - Morretes - Paranaguá, considerada por engenheiros do mundo inteiro como uma obra-prima, seja pela Estrada da Graciosa, construída durante o império e urbanizada por Airton Cornelsen na década de 1950, levando necessariamente o turista a Morretes.

Além da beleza deslumbrante da paisagem da Serra, a exploração turística e desportiva do Pico do Marumbi, das corredeiras do Rio Nhundiaquara, das trilhas e caminhos coloniais em meio a mata, com seus recantos repletos de cascatas, tem uma forte potencialidade de atrair adeptos do montanhismo, da canoagem, campistas e amantes da natureza em geral.

Por outro lado, a beleza do casario colonial de Morretes, relativamente bem preservado, ao lado dos monumentos históricos e religiosos, atraem uma outra parcela de turistas em busca do pitoresco e da diferença cultural. Nesse sentido, apostando em um desenvolvimento sustentado com base no Turismo e no Lazer, Morretes vem direcionando seus esforços para criar uma estrutura capaz de realizar esses ideais de uma forma moderna, eficiente e rentável para toda a comunidade.

estrada da graciosa

Originada de uma trilha utilizada pelos índios do litoral que na época da colheita do pinhão subiam até o planalto.
Este caminho foi utilizado por aproximadamente 200 anos antes do início da construção da estrada, não só pelos índios, mas também por jesuítas e pelos primeiros colonizadores do Estado, no século 17.

Mais tarde, o mesmo caminho foi utilizado pelo ciclo da Erva-mate no Paraná, sendo que a atual Estrada da Graciosa foi construída seguindo o traçado deste caminho e tem uma pequena extensão íngreme e sinuosa, de 11 quilômetros,

estrada da graciosa

estrada da graciosa

entre a serra dos Órgãos e as encostas da própria Serra da Graciosa. Lá no fundo das grotas, o rio Mãe Catira acompanha ao lado este trecho da estrada.
A antiga Estrada da Graciosa é uma importante obra construída no século XIX e de grande valor histórico. A data mais remota referente à estrada relata que a primeira picada que os descobrido-

res e povoados fizeram foi no século XVI, de 1570 a 1580.A contínua e progressiva atividade dos mineradores fizeram com que estes subissem o leito dos rios que deságuam na baía de Paranaguá. Dessa forma, traçaram os primitivos caminhos para o Primeiro Planalto: o Itupava, Da Graciosa e Arraial. A Estrada da Graciosa teve sua construção iniciada no governo do Presidente da província Zacarias de Góes e Vasconcelos, não se sabendo exatamente quando foram concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873.
Atualmente a Estrada da Graciosa é calçada por paralelepípedos facilitando o tráfego de automóveis, porém ainda conserva construções em pedra feitas por tropeiros quando da povoação dos planaltos de serra acima.

estrada da graciosa

A Estrada da Graciosa é uma das situações geográficas mais encantadoras do Paraná, pois liga Curitiba, primeiro planalto às praias do Paraná, através da Serra do Mar, dentro da Mata Atlântica. Distante 37 km de Curitiba, sai do nível do mar, zero ao

1050m de altitude.
Partindo da BR 116, a 37 Km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas e a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira em local aprazível para banhos.

Ela é recoberta pela Mata Atlântica e rodeada pelo Rio Nhundiaquara. Possui uma flora exuberante e no verão fica recoberta de flores típicas de uma floresta exótica.

Partindo da BR 116, a 37 Km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas e a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira em local aprazível para banhos.

Ela é recoberta pela Mata Atlântica e rodeada pelo Rio Nhundiaquara. Possui uma flora exuberante e no verão fica recoberta de flores típicas de uma floresta exótica.

Atrações - Morretes

BÓIA CROSS

O mais tradicional esporte aquático de Morretes é praticado normalmente no Rio Nhundiaquara, mais precisamente no povoado de Porto de Cima, a 6km do Centro da Cidade. O esporte é praticado em câmaras de ar individuais com equipamentos de segurança para garantir o prazer e a aventura dos turistas. O passeio até o centro de Morretes leva cerca de 3 horas, mas existem trechos menores.

RAFTING

Esporte feito em botes infláveis que navegam em cachoeiras e correntezas radicais. O Rafting é companhado sempre por guias especializados e com equipamentos completos de segurança. Normalmente o Rafting é feito no Rio Cachoeira, em Antonina. São 3 km de pura adrenalina que leva em torno de 1h30.

CICLO TURISMO

São mais de 32km feitos em bicicletas especializadas e com guias experientes pela área rural da cidade. No trajeto, o visitante passa por rios, cachoeiras, bicas, pontes de arames e lagos. No meio do trajeto, ainda há a possibilidade de se conhecer uma autêntica fábrica artesanal de farinha de mandioca e bala de banana.

PORTO DE CIMA

Povoado situado ao pé da Serra do Mar, que teve seu apogeu em decorrência dos engenhos da erva-mate e, nas últimas décadas do século XVIII, passou a ter grande importância econômica como entreposto comercial entre o litoral e o planalto. Com o crescimento político e econômico do interior do Paraná no final do século passado, Porto de Cima chegou a quase desaparecer. Mas guarda vestígios de seu passado retratado pelas ruínas de engenhos, casarões e calçadas de pedras. Foi um grande centro cultural, berço de ilustres personalidades paranaenses. Atualmente possui praia fluvial, área para acampamento e pousada.

IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DO PORTO

Dada a obrigatoriedade pela coroa portuguesa, à prática religiosa na época, Morretes, ressentia-se de uma igreja. Por esta razão, em 1769 obteve licença do Papa para a construção de uma capela devotada à Nossa Senhora.
Em meados de 1812, começou a construção da atual Igreja Matriz, no mesmo local da primitiva capela, num dos pontos mais elevados da cidade. Numa procissão, em 1849, a imagem de Nossa Senhora do Porto, Padroeira da Vila, caiu do andor, fazendo-se em pedaços. No mesmo ano, foi encomendada uma imagem vinda da Bahia, esculpida em madeira, com revestimento de gesso. Inaugurada em 1850, possui em seu interior uma Via-Sacra a óleo executada pelo famoso pintor morretense Theodoro de Bona. Em frente a igreja está instalado um sino vindo de Portugal, com o brasão do Império, fundido no ano de 1854, além de uma cruz que data da passagem do século e um relógio em sua torre que funciona desde a fundação da igreja. Localiza-se no Largo da Matriz

CASA ROCHA POMBO

A casa é uma homenagem a Rocha Pombo, que, nascido em Morretes, tornou-se uma das maiores expressões paranaenses como historiador, escritor, professor e político. Suas características arquitetônicas são simples, em estilo colonial da época dos jesuítas e foi construída em duas frentes, uma para a cidade e outra para o rio Nhundiaquara. Nela funciona um centro cultural, além de expor a maquete da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi em escala 1:5000.

ESTAÇÃO FERRAVIÁRIA

Datada de 1885, tem um estilo arquitetônico de impressionante conservação, sem vestígios de arquitetura moderna, já sofreu diversas reformas, sendo que hoje possui sanitários, lanchonetes e barracas com produtos artesanais. Dela, tem-se uma bonita visão das montanhas da Serra do Mar.

RIO NHUNDIAQUARA

Em língua indígena nhundi (peixe) e quara (buraco), o rio serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao planalto. Anteriormente denominado "Cubatão" era um dos mais auríferos da região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma.
Uma das mais belas e típicas paisagens morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e edificações existentes em suas margens. É navegável em aproximadamente 12 km, e permite a prática de esportes como canoagem, bóia-cross e pescarias. Como atrações destacam-se a Ponte Velha sobre o rio no centro da cidade, considerada uma obra de arte com portais rebuscados, inaugurada em 1912 e recuperada em 1975 pelo DER por ser uma importante via de comunicação da cidade e por sua importância histórica e turística no contexto de Morretes; e a localidade denominada Prainhas, onde o rio se espraia, formando agradável recanto para lazer, com vestígios da histórica trilha do Itupava e acesso por Porto de Cima.

CASCATINHA

Local privilegiado pela natureza, a apenas 5 km da cidade, circundado por um lindo bosque às margens do rio Marumbi. Depois de uma pequena corredeira, o rio se espraia formando um lago de aproximadamente 10.000 m2, com profundidade entre 1 e 4 m, sendo um ótimo local para banhos e mergulhos. Um imponente paredão de pedras acompanha o rio por longo percurso à direita. Possui infra-estrutura básica de camping, churrasqueiras, sanitários, vestiários e uma lanchonete. Lá se encontra um dos mais antigos e produtivos engenhos de aguardente.

PICO MARUMBI

Também conhecido como Olimpo, se destaca em altura, na cadeia de montanhas denominada conjunto Marumbi. Com 1539 m, é o ponto preferido para a prática do montanhismo, por proporcionar escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldades. No caminho entre a estação e o pico Marumbi, situa-se a cascata dos Marumbinistas, uma queda d’água quase vertical, que precipita de uma altura de aproximadamente 50 m, constituindo-se numa magnífica paisagem, na passagem obrigatória de todos que rumam em direção ao Marumbi. O pico localiza-se dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, criado em 1990 com área aproximada de 370 ha.

ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE TURÍSTICO DO MARUMBI

Abrange também parte de outros municípios e, foi criada com o objetivo de disciplinar e controlar a ocupação do solo, proteger os recursos naturais renováveis, as paisagens, as localidades e os acidentes geográficos naturais adequados ao repouso e à pratica de atividades recreativas, desportivas ou de lazer, visando a preservação e a valorização dos elementos naturais e culturais que compõem a área. Ocupa 66.732 ha, e compreende grande parte da Serra do Mar tombada desde 1986, pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e, uma pequena porção oriental do Primeiro Planalto.
Abriga um elenco de atrações de motivação turística - ecológica, tais como: Estrada da Graciosa; Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba; Mananciais da Serra; Caminhos da Graciosa, do Arraial, do Itupava e da Cachoeira; e parte da represa do Capivari. Algumas atrações podem ser alcançadas pelo Município de Morretes, como o conjunto Marumbi, os Saltos Redondo e dos Macacos que formam um seqüência de quatro piscinas naturais além da cachoeira Véu da Noiva, queda de beleza indescritível formada pelo rio Ipiranga localizada em local de difícil acesso.

SALTO DOS MACACOS

O rio dos Macacos precipita-se de uma altura de 70 m, sobre uma laje granítica, formando impressionante piscina natural. Em seguida como um degrau, forma outro salto, o Redondo, com aproximadamente 30 m de queda livre e 20 m de largura, proporcionando um espetáculo maravilhoso, que pode ser avistado ao longe, durante a viagem de trem ou litorina. Porém para admirar de perto a beleza cênica do conjunto, dois são os caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando em Engenheiro Lange, numa caminhada de 2 a 3 horas, por uma rodovia, num trajeto de 4 km de carro, entre Porto de Cima e Engenheiro Lange e a partir deste ponto, mais 2 horas de caminhada.

ESTRADA DA GRACIOSA

A contínua e progressiva atividade dos mineradores fez com que estes subissem o leito dos rios que deságuam na baía de Paranaguá. Desta forma, traçaram os primitivos caminhos para o Primeiro Planalto: o Itupava, da Graciosa e Arraial.
A Estrada da Graciosa, um percurso diverso do Caminho da Graciosa, teve sua construção iniciada no Governo do Presidente da Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, não sabendo-se exatamente quando foram concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. Partindo da BR 116, a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas, em cuja alusão foi construído em 1997 o Portal da Graciosa, projeto do arquiteto Angel Bernal, executado em pedra e madeira.

ARTESANATO, COMIDA TÍPICA E FOLCLORE

O município é um tradicional produtor de cachaça, produzida artesanalmente, utilizando-se de velhos alambiques, que fazem a fama da conhecida pinga morreteana, envelhecida por no mínimo sete anos em tonéis de várias espécies de madeira, responsáveis pela coloração, aroma e sabor característicos. Por exemplo, a "JD", de tonalidade amarelada, envelhecida em tonel de madeira de carvalho nacional. "JD" são iniciais de João Dias, português que trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar para o litoral paranaense, estabeleceu-se inicialmente numa ilha e, após contato com os índios, veio para Morretes, onde instalou o engenho pioneiro de cana-de-açúcar e aguardente. Ainda famosa, é a pinga de banana. Os principais alambiques estão na estrada do Anhaia.
O Barreado também é feito em Morretes e, segundo especialistas, difere um pouco do preparado em Paranaguá ou em Antonina. O fandango, reunião de danças chamadas "marcas" em Morretes adquiriu características próprias, sendo diferente de outras regiões na toada, nas batidas e na coreografia. Nas festas tradicionais da cidade, é comum dançar-se a Dança das Balainhas e a do Pau-de-Fita.

ANTONINA - PR

por André Alécio

Antonina é uma histórica cidade situada no litoral do Paraná, tem muitos casarios históricos, e fica localizada na baia de Paranaguá, é uma cidade bem tranqüila. O centro da cidade pode ser conhecido tranquilamente a pé em uma manhã. Por ser uma cidade a beira mar, é um lugar ótimo para saborear peixes e frutos do mar. Além das atrações históricas o que atrai viajantes para o local também são algumas atrações naturais entre elas o Pico do Paraná com cerca de 1962 metros de altitude o mais alto pico do Sul do Brasil, que se localiza entre a divisa de Antonina com a cidade de Campina Grande do Sul.
Foto do Centro de Antonina
Foto do Centro de Antonina

Principais Distâncias

Curitiba …………………………………………………….. 80 km
Paranaguá …………………………………………………. 55 km
Morretes …………………………………………………… 15 km
Foz do Iguaçu …………………………………………….. 715 km
Londrina ……………………………………………………. 450 km
São Paulo ………………………………………………….. 445 km
Florianópolis ……………………………………………….. 365 km


Principais Atrações

Theatro Municipal: em uma das principais ruas do centro esta o Theatro construído em meados do século XIX. Localizado na rua Carlos Gomes da Costa.
Theatro Municipal
Theatro Municipal
Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar: encontra-se em um local alto no centro da cidade onde se tem uma bela vista da região. Foi fundada em 1714 e se confunde com a história da cidade.
Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar
Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar
Estação ferroviária: sua arquitetura é bastante interessante, a estação foi muito importante na fase áurea da cidade quando Antonina tinha o quarto porto mais importante do pais. Hoje em dia abriga o Museu da Estação, cujo a finalidade é conservar obras de arte ou de valor histórico da cidade. Localizado na Rua Uruguai, 179.

Ponta da Pita: lugar com formações rochosas e bom para lazer como mergulho e pescaria. Tem interessantes formações rochosas. Localizado no bairro Itapema. Próximo da Ponta do Pita tem também a Prainha que vale a pena a visita.

Pico do Paraná: Possui 1962 metros de altitude, sendo o mais alto do Sul do Brasil. O pico faz parte do roteiro dos amantes do montanhismo. É o ponto culminante de Antonina, sendo o seu acesso feito pela cidade de Campina Grande do Sul.
Casarios históricos
Casarios históricos

Eventos

O carnaval de Antonina é um dos mais agitados da região, com blocos tradicionais e tambem escolas de samba, vale a pena conferir.

No mês de julho é a vez do festival de inverno agitar a cidade, o festival é promovido pela UFPR com uma intensa programação artistica como feiras, oficinas e espetaculos de musicai, danças e artes cenicas. O festival de 2009 já tem data marcada, ocorrerá de 11 a 18 de julho.

Rua com construções históricas
Rua com construções históricas

Como chegar em Antonina

De carro:

Pegar a BR 116 com destino a Morretes,pela bela estrada da Graciosa chegando na cidade de Morretes, seguir para a cidade de Antonina pegando a estrada por mais 14 km que leva até a cidade de Antonina.

Ou pegar a BR 277 com destino a Paranaguá, entra próximo a Morretes, passar pela cidade de Morretes e pegar a estrada por mais 14 km que leva até a cidade de Antonina.

De ônibus:

Quem faz o trajeto Curitiba até a cidade de Antonina é a Viação Graciosa ( fone: 41 – 3213-5511) com diversos horários durante todo o dia. É possível também chegar a Antonina vindo de Morretes em um ônibus circular que sai de hora em hora de Morretes e também Paranaguá.

Dicas do Viajante

A cidade de Antonina é bem tranqüila, dá pra conhecer o centro caminhando por algumas horas, atrás da rodoviária (em frente ao mar) tem um local onde vendem peixes e frutos do mar como camarão e caramgueijo é uma boa pra você comprar os peixes fresco, ao lado tem um mercado onde se encontra um delicioso pastel de camarão, dependendo da época do ano saem alguns passeios de barco pela baía de Paranaguá.
A tranquilidade de Antonina
A tranquilidade de Antonina