Profeta

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Para onde vamos,depois da morte?

A única certeza que temos na vida é de que um dia todos morrerão. E é por isso que a palavra morte assusta tanto. Para alguns, ela significa o fim, a inexistência. Para outros, é apenas uma passagem, um estado de transição este mundo e os demais, ou entre a Terra e o céu. As teorias encontradas a respeito deste assunto são as mais diversas possíveis, e é justamente por isso que o tema gera muitas dúvidas e curiosidades por parte das pessoas.
Segundo a psicóloga Sibeli De Bonna Barbosa, mesmo sem perceber o real significado da palavra as crianças já brincam com frases referentes à morte. “Antes dos três anos de idade elas não entendem o seu verdadeiro conceito. Podem matar uma formiga sem associar uma coisa à outra. Entre os cinco e os nove, elas já percebem que a morte é algo definitivo, mas pensam que o falecido pode ouvir, ver e sentir. Dos 9 aos 10 anos de idade, as crianças entendem que a morte acaba com todos os tipos de reação do corpo e, somente após os 10 anos o conceito de falecimento se torna mais realista. Apenas na adolescência a verdadeira noção de morte e de vida se torna clara”, diz Sibeli.
A psicologia afirma que a primeira reação da criança quando se depara com algum falecimento é de curiosidade, e não de medo. Onde esta pessoa está? Ela vai voltar? Por que foi embora? As respostas dadas pelos pais ou familiares é que vão formar o conceito de morte da pessoa, ainda na infância. “Quando esta criança se tornar adulta, ela poderá mostrar diferentes reações diante da morte. Dependendo do que lhe foi repassado quando ela ainda era pequena, poderá sofrer de forma sadia, com ansiedade e tristeza, ou então ter reações mais patológicas e se mostrar histérica, em pânico ou, até mesmo, entrar em uma depressão profunda”, lembra a psicóloga.
A morte é uma certeza que todos têm. Conforme a doutrina da Igreja Católica, ela deve ser encarada como um fato normal da vida, embora seja dolorosa e triste. “A nossa Igreja tem alguns modos de lidar com esta situação. Um deles é a Unção dos Enfermos. Este sacramento é um sinal da presença de Deus na vida daquela pessoa, e vai ajudá-la a enfrentar com serenidade esta difícil fase. Outra maneira de auxiliar é através da cerimônia do funeral, de orações e da missa de corpo presente. Estes atos consolam a família e dão uma carga de fé àqueles que estão sofrendo”, ressalta o pároco de Urussanga, padre Jiovani Manique Barreto.
O catolicismo tem como prioridade ajudar os familiares e amigos daquele que faleceu. A missa de sétimo dia e os terços diários são um exemplo disto. “Rezamos e pedimos para o descanso eterno da pessoa. Também visitamos as casas, oramos e aconselhamos quem necessita. Tentamos fazer o possível para que os mais próximos superem o processo de luto, que muitas vezes é demorado e sofrido”, lembra o pároco.
A Igreja Católica acredita que quando alguém falece, ela comparecerá diante de Deus para um julgamento final, onde toda a sua vida na Terra será julgada. “Aqueles que viveram de forma sadia seguindo os ensinamentos de Deus, ajudaram aos irmãos e tiveram boas atitudes passarão por um processo de purificação e irão para o céu. Mas aqueles que viveram longe do Pai, foram más, não tiveram vontade alguma de se converter ou rever a própria vida vão para um lugar longe de Deus, chamado de inferno”, explica o padre.
Diferente do catolicismo, os Testemunhas de Jeová afirmam que a morte é o oposto da vida, é o fim, a inexistência. Quando a pessoa falece, permanece num estado de inatividade e não tem a consciência de mais nada. “No início da criação, Deus fez o mundo e deu vida ao homem, com a condição de quando falecesse, voltasse ao seu estado inicial. As pessoas foram criadas do pó, e ao pó retornarão, isso é bíblico”, afirma o ancião da congregação de Urussanga, Romeu Rossi.
Os adeptos a esta religião não têm medo da morte, justamente por terem a certeza de que quando alguém falece, tudo acaba, não há nada depois. “Existem dois grandes amigos. Um deles morre, e o outro, que continua vivo, passa a ter medo do espírito daquele que faleceu. Tem receio, fica assustado porque acredita que a alma daquele que era seu amigo pode fazer-lhe algum mal. Este temor foi incutido na cabeça das pessoas, mas é algo infundado. A maior punição que uma pessoa pode ter é, justamente, não ter a vida. A Bíblia diz que haverá uma ressurreição corporal de todos os que já morreram, sejam eles justos ou injustos, para o julgamento final. Esta é a nossa esperança”, diz Rossi.
Os pensamentos e doutrinas variam de religião para religião. Outra forma de lidar com este tema bastante indagado é através do espiritismo. O credo vê a morte de maneira bem diferente dos católicos ou dos Testemunhas de Jeová. Para os espíritas, somente o corpo físico morre, mas o espírito continua vivo. “Quando uma pessoa desencarna, ela vai para determinado plano conforme sua evolução espiritual. Não acreditamos no céu ou no inferno. Deus é justo e Pai, não vai destinar um lugar melhor ou pior aos seus filhos. Ele não cobra nada de nós, quem cobra é a nossa própria consciência”, fala Rosimere Aparecida Mafra da Silva, espírita há 28 anos.
Segundo a religião, o espírito reencarna em outro corpo para pagar as dívidas das vidas passadas ou da atual. As pessoas têm o livre-arbítrio para escolher o que é melhor para si, e por isto mesmo são responsáveis pelas atitudes tomadas. Quanto mais errar, mais tem a pagar. “Não existe nenhum anjo neste mundo, quem está aqui é porque tem que saldar alguma dívida. Esta vida é uma passagem, temos muito que aprender. Devemos amar e perdoar, porque acima de tudo somos todos irmãos”, lembra Rosimere.
O lema do espiritismo é que fora da caridade não há salvação. A crença prega que não é a religião que leva uma pessoa a determinado lugar, e sim as boas ações que ela tem. Deve-se fazer caridade, fazer o bem e se doar sem nenhum tipo de interesse, pois sabe-se que todos prestarão contas de seus atos. “Não devemos ter medo da morte. Nada acontece por acaso”, afirma Rosimere.
Diferente deste pensamento, a Igreja do Evangelho Quadrangular não acredita na reencarnação. Para os religiosos, a morte não indica extinção, mas sim a separação do corpo e da alma. Morrer significa cessar a vida como ser humano e ser introduzido no chamado mundo invisível. “É importante as pessoas entenderem que todas as almas existirão eternamente, nenhuma findará”, alegra o pastor da igreja, João Carlos Portal.
Os adeptos acreditam que existem três tipos de mortes, e afirmam que todas elas estão nas Escrituras Sagradas. “A primeira é a física, que consiste na transição do mundo visível para o invisível. A segunda é a espiritual, quando um homem ainda está fisicamente vivo, mas espiritualmente morto. Nesta condição, o ser humano ainda pode se redimir dos seus pecados e rever suas atitudes erradas. A terceira é a morte eterna. É quando ocorrerá o juízo final, e diante do trono branco, Deus julgará os mortos, e os ruins de coração serão lançados no lago de fogo”, assegura Portal.
A Igreja Quadrangular diz que quando a vida de alguém está no fim, ela quer em torno de si aqueles que amam e fazem parte de seu ciclo de relacionamentos. “Para muitos, a morte é um mistério, pois não sabem quais as suas consequências. Alguns homens, por não ter o entendimento sobre este assunto, entram em desespero e não aceitam. É importante lembrar que após o falecimento a alma permanece em um estado intermediário, aguardando o julgamento que definirá se ela vai para o céu ou será condenada eternamente”, observa o pastor.
O fato é que dezenas de pontos de vista podem ser apresentados sobre este assunto. A morte gera polêmica, dúvidas e incertezas em grande parte das pessoas. Saber o que ocorre depois do falecimento é uma curiosidade geral. Céu e inferno, reencarnação, mundos invisíveis, ou simplesmente o fim; cada um crê no que acha mais certo, e naquilo que acredita ter mais fundamento. As opções são inúmeras, e estão aí para serem indagadas e acreditadas (ou não) pelos homens. Desta forma, sabe-se que temos apenas uma certeza na vida: que todos, um dia, mais cedo ou mais tarde morrerão.

terça-feira, 17 de maio de 2011

High Frequency Active Auroral Research Program

O projeto High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP) (em português: Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência) é uma investigação financiada pela Força Aérea dos Estados Unidos, a Marinha e aUniversidade do Alasca com o propósito oficial de "entender, simular e controlar os processos ionosféricos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância".
Iniciou-se em 1993 para uma série de experimentos durante vinte anos. É similar a numerosos aquecedores ionosféricos existentes em todo mundo, e tem um grande número de instrumentos de diagnóstico com o objetivo de aperfeiçoar o conhecimento científico da dinâmica ionosférica.

Existem especulações de que o projeto HAARP seria uma arma dos Estados Unidos, capaz de controlar o clima provocando inundações e outras catástrofes. Em 1999, o Parlamento Europeu emitiu uma resolução onde afirmava que o Projeto HAARP manipulava o meio ambiente com fins militares, contestando uma avaliação do projeto por parte da Science and Technology Options Assessment (STOA), o órgão da União Europeia responsável por estudo e avaliação de novas tecnologias.[1] Em 2002, o Parlamento Russo apresentou ao presidente Vladimir Putin um relatório assinado por 90 deputados dos comitês de Relações Internacionais e de Defesa, onde alega que o Projeto HAARP é uma nova "arma geofísica", capaz de manipular a baixa atmosfera terrestre.

O lugar onde se situa HAARP fica próximo de Gakona, Alasca (lat. 62°23'36" N, long 145°08'03" W), a oeste do Parque Nacional Wrangell-San Elias. Depois de realizar um relatório sobre o impacto ambiental, permitiu-se estabelecer ali uma rede de 180 antenas. O HAARP foi construído no mesmo lugar onde se encontravam algumas instalações de radares, as quais abrigam agora o centro do controle do HAARP, uma cozinha e vários escritórios. Outras estruturas menores abrigam diversos instrumentos. O principal componente de HAARP é o Instrumento de Investigação Ionosférica (IRI), um aquecedor ionosférico. Trata-se de um sistema transmissor de alta frequência (HF) utilizado para modificar temporariamente a ionosfera. O estudo destes dados contribui com informações importantes para entender os processos naturais que se produzem nela.

Durante o processo de investigação ionosférica, o sinal gerado pelo transmissor envia-se ao campo de antenas, as quais a transmitem para o céu. A uma altitude entre 100 e 350 km, o sinal absorve-se parcialmente, concentrando-se numa massa a centenas de metros de altura e várias dezenas de quilômetros de diâmetro sobre o lugar. A intensidade do sinal de alta frequência na ionosfera é de menos de 3 µW/cm2, dezenas de milhares de vezes menor que a radiação eletromagnética natural que chega à Terra procedente do Sol, e centenas de vezes menor que as alterações aleatórias da energia ultravioleta (UV) que mantém a ionosfera. No entanto, os efeitos produzidos pelo HAARP podem ser observados com os instrumentos científicos das instalações mencionadas, e a informação que se obtém é útil para entender a dinâmica do plasma e os processos de interacção entre a Terra e o Sol.

O local onde se encontra HAARP foi construído em três fases. O protótipo tinha 18 antenas, organizadas em três filas de seis antenas cada. Esta instalação inicial demandava 360 kW de potência, e transmitia a energia suficiente para os testes ionosféricos mais básicos.

Na segunda fase foram instaladas mais 48 antenas, ordenadas em seis filas de oito antenas, com uma potência de 960 kW. Com esta potência, já era comparável a outros aquecedores ionosféricos. Esta fase foi utilizada para vários experimentos científicos que deram seus frutos, e várias campanhas de exploração ionosférica durante vários anos.

O desenho final de HAARP consta de 180 antenas, organizadas em 15 colunas de 12 unidades a cada uma. Provém um ganho máximo estimado em 31 dB. Requer uma alimentação total de 3,6 MW. A energia irradiada é de 3981 MW (96 dBW). Em verão de 2005, todas as antenas estavam já instaladas, mas ainda não se tinha transmitido à máxima potência.

Cada antena consta de um dipolo cruzado que pode ser polarizado para efetuar transmissões e recepções em modo linear ordinário (modo Ou) ou em modo extraordinário (modo X). A cada parte de cada um dos dipolos cruzados está alimentada individualmente por um transmissor integrado, desenhado especialmente para reduzir ao máximo a distorção. A potência efetiva irradiada pelo aquecedor está limitada por um fator maior de 10 à mínima frequência operativa. Isto se deve às grandes perdas que produzem as antenas e um comportamento pouco efetivo.

O HAARP pode transmitir numa onda de freqüências entre 2,8 e 10 MHz. Esta intensidade está acima das emissões de rádio AM e por embaixo das freqüências livres. Não obstante, HAARP tem permissões para transmitir unicamente em certas frequências. Quando o aquecedor está transmitindo, a largura de banda do sinal transmitido é de 100 kHz ou menos. Pode transmitir de forma contínua ou em pulsos de 100 microssegundos. A transmissão contínua é útil para a modificação ionosférica, enquanto a de pulsos serve para usar as instalações como um radar. Os cientistas podem fazer experimentos utilizando ambos métodos, modificando a ionosfera durante um tempo predeterminado e depois medindo a atenuação dos efeitos com as transmissões de pulsos.

O Projeto HAARP tem sido objeto de controvérsias desde meados da década de 1990, após alegações de que as antenas poderiam ser utilizadas como uma arma. Em agosto de 2002, o Parlamento Russo apresentou formalmente uma menção crítica. O Parlamento emitiu um comunicado de imprensa a respeito do HAARP escrito pelas comissões de Relações Internacionais e de Defesa, assinado por 90 deputados e apresentado ao presidente Vladimir Putin. Segundo o comunicado:

Os Estados Unidos estão criando novas armas geofísicas que podem influenciar a baixa atmosfera terrestre [...] A significação deste salto qualitativo pode ser comparada à transição de armas brancas para armas de fogo, ou de armas convencionais para armas nucleares. Este novo tipo de armas difere dos tipos anteriores à medida que a baixa atmosfera terrestre torna-se objeto direto de influência e um de seus componentes.

Por sua vez, o Parlamento Europeu, em resolução de 28 de janeiro de 1999 versando sobre meio-ambiente, segurança e política externa, assinalava que o Projeto HAARP manipulava o meio-ambiente com fins militares e solicitava que o mesmo fosse objeto de avaliação por parte da Science and Technology Options Assessment (STOA) sobre as possíveis consequências de seu uso para o meio-ambiente regional, mundial e para a saúde pública em geral. A mesma resolução do Parlamento Europeu pedia a organização de uma convenção internacional com vistas à proibição em escala global do desenvolvimento ou utilização de quaisquer armas que possam permitir a manipulação de seres-humanos...

Fonte Wikipedia.

mais em: http://www.haarp.alaska.edu/haarp/gen.html

domingo, 15 de maio de 2011

48 ANOS DE ASFIXIA TOTAL A CUBA

Hoje, depois desse estrangulamento, muitos ingênuos ou satíricos ainda apontam os danos de cinco décadas de asfixia mantida com rigor pelos EUA exclamando: "Vejam como Cuba é ruim!...". Como consta no texto do decreto da Casa Branca, o objetivo genocida é “diminuir os salários reais e monetários, com a finalidade de provocar fome, desespero e a derrubada do governo”.


"Há 48 anos, EUA oficializavam bloqueio total a Cuba

Em 3 de fevereiro de 1962, um ano após a ruptura unilateral de relações diplomáticas com Cuba, o presidente John Kennedy dos Estados Unidos assina o decreto que oficializa o embargo total do comércio com a ilha. Todas as transações comerciais, diplomáticas e aéreas entre o país caribenho e os outros países do continente foram rompidas - com exceção do México.

O bloqueio foi compartilhado pelos aliados ocidentais dos EUA. Na prática, Cuba se encontrava isolada desde 19 de outubro de 1960, quando foi decretado o embargo de todo tipo de mercadoria destinada à ilha. A partir de 1992, Cuba passou a apresentar todos os anos na Assembleia Geral da ONU uma resolução exigindo o fim imediato do bloqueio. Apesar de as resoluções serem anualmente aprovadas pela quase unanimidade dos países com exceção de EUA, Israel e Palau, até hoje foram todas em vão.

Segundo Havana, o objetivo do bloqueio foi a destruição da Revolução Cubana mediante a criação de dificuldades econômicas, negando dinheiro e fornecimentos a Cuba a fim de, como consta no texto do decreto da Casa Branca, “diminuir os salários reais e monetários, com a finalidade de provocar fome, desespero e a derrubada do governo”.

Esta política, aplicada por mais de dez governos norte-americanos, é entendida pelo governo cubano como um ato de genocídio, em virtude de dispositivos da Convenção de Genebra sobre o genocídio, que define como tal “os atos perpetrados com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo nacional, étnico, racial o religioso” e, nesses casos, contempla "a sujeição intencional do grupo a condições de existência que tendam a acarretar sua destruição física, total ou parcial”.

Essas ações são caracterizadas pelo governo de Washington, por grande parte da diplomacia internacional e pela mídia como embargo comercial, visto que bloqueio significaria a utilização de meios militares para isolar o país e impedir qualquer movimentação interna e externa a ele. Mas Cuba interpreta como bloqueio porque buscam o isolamento, a asfixia e a imobilidade do país com o propósito de levar a população interna a questionar a soberania e a independência do país.

O governo norte-americano insiste que o embargo é um instrumento que só diz respeito aos interesses bilaterais e tem como meta pressionar o governo de Cuba para trazê-la de volta à democracia e às liberdades políticas e econômicas.

Havana considera que não existe nenhuma norma de direito internacional que justifique o bloqueio em tempos de paz e o bloqueio, conforme definido na Conferência Naval de Londres de 1909, “é um ato de guerra” e com base nesse conceito seu emprego só é possível entre beligerantes e que, entre outras restrições, Cuba não pode exportar nenhum produto aos Estados Unidos, nem importar desse país mercadoria alguma; não pode receber turismo norte-americano; não pode utilizar o dólar em suas transações com o exterior; não tem acesso aos créditos, nem pode realizar operações com instituições financeiras multilaterais, regionais e norte-americanas; e seus barcos e aeronaves não podem tocar território norte-americano.

Washington e analistas da grande imprensa internacional afirmam que o embargo interessa politicamente a Havana porque permite culpar os Estados Unidos pelo estado de sua economia e defender com isso a necessidade de manter o regime, não impedindo que Cuba negocie livremente com os demais países.

Cuba responde que o bloqueio tem um caráter extraterritorial. Cita como exemplo a entrada em vigor da Lei Torricelli de 1992, no exato momento em que se produzia a desintegração do campo socialista europeu, responsável por 85% das importações da Ilha, em virtude da qual importações cubanas procedentes de subsidiárias norte-americanas em terceiros países, foram interrompidas. Essa lei impede que navio de um terceiro país que toque porto cubano, não poderá atracar em porto dos Estados Unidos dentro dos seis meses seguintes e até que obtenha uma nova permissão."

FONTE: escrito por Max Altamn e publicado no "Opera Mundi". Postado no portal "Vermelho" [título e 1º parágrafo colocados por este blog]

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Perto dessa gente Osama bin Laden pode dar aula em jardim da infância, não vai fazer mal algum.

O Terror Imperialista

Julian Assange, fundador do site WIKILEAKS apresentou-se à Polícia britânica diante de um mandado de prisão expedido pela Suécia e validado pela INTERPOL, onde é acusado de crime sexual. O secretário de Defesa dos EUA Robert Gates disse a jornalistas ao tomar conhecimento do fato que “enfim uma boa notícia”.

Hitler e todos os tiranos regozijavam-se/regozijam-se quando seus asseclas lhes comunicam que a “missão” foi cumprida, ou está sendo cumprida.

Os novos documentos secretos dos EUA liberados pelo site WIKILEAKS mostram a “preocupação” dos norte-americanos com itens estratégicos para o país, mas que estão no Brasil. Esse interesse pelo Brasil está em telegramas de diplomatas/espiões enviados ao Departamento de Estado.

Referem-se a reservas minerais em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Segundo os diplomatas/espiões em seus telegramas, essas áreas passaram a ser consideradas “locais vitais”, já que qualquer problema no suprimento de matérias primas afetaria a indústria dos EUA.

O Brasil tem 98% das reservas mundiais de nióbio e os EUA é o seu maior consumidor. O metal é usado na fabricação de peças de automóveis, aviões, obras de infraestrutura e pasmem-se, até lâminas de barbear.

Duas minas brasileiras de nióbio são consideradas prioritárias para os EUA. A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), em Araxá, MG, que supre 80% do mercado mundial. A outra é explorada pela companhia Anglo Americana, num complexo mineral de Ouvidor e Catalão em Goiás.

De todo o nióbio exportado pelo Brasil apenas 40% o é de forma legal, 60% são contrabandeados pelas mineradoras.

A companhia VALE tem duas jazidas na lista (foi entregue de bandeja por FHC com a cumplicidade de Nelson Jobim que Dilma Roussef quer manter no Ministério da Defesa).

Outra “preocupação” dos EUA com o Brasil diz respeito às redes de comunicação (telefonia, internet e dados). A eventualidade de danos nos cabos submarinos da GLOBENET ou da AMERICAS II pode dificultar o contato com empresas norte-americanas aqui e em Washington (vice versa lógico), com sérios prejuízos para o “comércio eletrônico” entre os dois países.

Há uma lista imensa de pessoas condenadas por crimes que não cometeram, pelo simples fato de denunciarem os donos do mundo, em várias épocas.

Os EUA já não são mais uma nação, mas um conglomerado terrorista através de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

A prisão de Assange é uma farsa montada por Washington em cumplicidade com o governo da colônia sueca, uma clara tentativa de intimidação e limites à liberdade de expressão.

A concepção da GLOBO (parte do complexo terrorista encarregada da mentira de cada dia aos brasileiros) de liberdade de expressão, ou seja, a deles.

A Grã Bretanha, principal colônia norte-americana na Europa, entra aí para dar foros de espetáculo ao processo brutal e vergonhoso de tentar calar o WIKILEAKS que, entre outras coisas, exibiu documentos e filmes onde soldados norte-americanos se comprazem matando civis no Iraque. Ou estuprando mulheres na Palestina –soldados de Israel –, ou comprando com dinheiro vivo governantes do Afeganistão.

“O espetáculo, que e o apagamento dos limites do eu (moi) e do mundo pelo esmagamento do eu (moi) que a presença ausência do mundo assedia , é também a supressão dos limites do verdadeiro e do falso, pelo recalcamento de toda verdade vivida, diante da presença real da falsidade, garantida pela organização da aparência”. Guy Debord em “A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO”.

Breve, no Brasil, enquanto o nióbio vai embora, nova edição do BBB e o direito de eliminar quem se lhe desagrade sob o patrocínio de um monte de empresas empenhadas em transformar o País em colônia de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Nessa medida e por aí, a entrevista concedida pela presidente eleita Dilma Roussef ao jornal THE WASHINGTON POST, o que ela disse, somada decisões de manter Nelson Jobim no Ministério da Defesa e substituir Celso Amorim no Ministério das Relações Exteriores, assustam.

Dilma não foi eleita por ser Dilma Roussef, mas por encarnar o que pode ser conquistado no governo Lula e avançar na direção de outros objetivos. As eleições no Brasil tinham uma lógica simples, qualquer poste apoiado por Lula ganharia em função de Lula.

Se for para começar a cair de quatro antes de tomar posse é hora de ir às ruas antes que o Brasil volte à era FHC.

Um tribunal de Westminster, Londres, vai julgar o mandado de prisão e pedido de extradição que o governo sueco (a Suécia é colônia dos EUA) expediu contra Julian Assange. O tal “crime sexual” teria ocorrido em agosto deste ano, em meio às revelações do WIKILEAKS sobre as práticas terroristas norte-americanas em todo o mundo.

O primeiro mandado contra Assange foi expedido em 18 de novembro, mas a pressa em intimidar e ameaçar o fundador do WIKILEAKS resultou num “erro processual”. Foi “corrigido” e outro mandado expedido em dois de dezembro.

A prisão de Assange não vai impedir o WIKILEAKS de continuar a vazar documentos secretos do terrorismo dos EUA. O site hoje é protegido por voluntários em todo o mundo e hoje, hackers derrubaram o site de um banco suíço envolvido em trapaças (que banco não está?), o que pode significar uma declaração de guerra em toda a rede mundial de computadores.

Os prejuízos norte-americanos serão maiores que se possa imaginar. Não há como esconder mais a característica de organização terrorista da que foi a maior nação do mundo (em termos econômicos e militares) e hoje é só um grande arsenal de destruição.

Uma das revelações mais importantes do site foi que na crise do apartheid na África do Sul, Israel ofereceu armas nucleares ao governo branco para reprimir movimentos negros (Mandela estava preso) e outra, o oferecimento pelos EUA de bombas nucleares aos franceses para serem usadas no Vietnã, quando esse se chamava ainda Indochina e era uma colônia francesa.

Com a palavra a ANISTIA INTERNACIONAL, HUMAN WRIGHTS, a nossa ABERT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO), ligadas e controladas pelo terrorismo internacional, mas pressurosos na defesa da “liberdade de expressão” e dos “direitos humanos”.

Guardadas as devidas proporções, Daniel Dantas foi absolvido depois de solto por Gilmar Mendes e o delegado Protógenes Queiroz condenado por abuso de poder.

É a velha história de sempre, “terrorista é o exército mais fraco”.

E liberdade de expressão é o BBB, aqui ou lá. Ou o JORNAL NACIONAL, versão cabocla dos canais FOX e CNN.

O crime de Julian Assange foi junto com seus companheiros mostrar ao mundo que a mais poderosa força militar de todos os tempos, os EUA, não têm escrúpulos e nem respeito por nada que não seus interesses de conglomerado de empresas e bancos terroristas, aliados a grupos nacionais em todo o mundo, facilmente compráveis (empresários, latifundiários, banqueiros e militares).

Perto dessa gente Osama bin Laden pode dar aula em jardim da infância, não vai fazer mal algum.

Por: Laerte Braga

Fonte: PCB

sexta-feira, 25 de março de 2011

O Estado se mostra um exímio violador de direito e omisso quanto ao seu papel

A HIPOCRISIA DA MÍDIA BURGUESA... ALIADO AO ESTADO VIOLADOR DE DIREITOS...

Art. 5º da Constituição Federal de 1988.

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)”


Art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA

“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”

Art. 5º do ECA

“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.


Vivemos numa sociedade “democrática” onde os diretos, apesar de estarem garantidos na legislação, não são efetivados. Pelo contrário, são violados a todo momento, através de ações do próprio Estado (que deveria criar condições para efetivá-los), da mídia burguesa que se posiciona claramente a favor de uma classe, a burguesia.

Nos dias de hoje, o episódio que está acontecendo no RJ, com a invasão do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, pelas forças policias do Estado brasileiro, tem escancarado uma questão que muitos ainda negavam até então, ou seja, a opção da grande mídia pelos interesses da classe mais favorecida, e a violação de direitos por parte do Estado.

Relacionando todo esse processo com o artigo 5º da CF e os art. 4º e 5º do ECA, podemos perceber claramente de que lado está a grande mídia e qual tem sido o papel do Estado.

Vejamos nas imagens, como a polícia (braço do Estado burguês) trata adolescentes(pobres) e infratores; e como a mesma polícia trata esses adolescentes(oriundos da classe burguesa) e infratores.
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(imagem acima>>adolescentes pobres das favelas do RJ, acusados de tráfico de drogas)




(imagem acima>>>adolescentes de classe média alta, homofóbicos)


A grande mídia tem se mostrado vergonhosamente protetora dos ricos, da classe média alta e exploradora da imagem da classe menos favorecida, especialmente os pobres, negros e moradores das periferias...etc. Contribuindo assim para a impunidade, e desmoralização da nossa legislação, que infelizmente tem sido eficaz somente quando o acusado é pobre.

O Estado por sua vez, tem se mostrado o maior violador de direitos, pois tem o dever da garantir a efetivação da legislação, no entanto, não cria condições para que ela se efetive. E o que é pior, responde às questões sociais que são fruto da ausência de um Estado eficaz no passado, com repressão, como se esse fosse um remédio eficiente para essa “doença”. Quando na verdade, deveria criar políticas públicas eficientes de saúde, educação e geração de emprego e renda etc. que pudessem contribuir para a conquista da dignidade àquelas pessoas que vivem em comunidades carentes.

Ao focar às suas ações de combate ao crime e a violência somente na repressão, o Estado se mostra um exímio violador de direito e omisso quanto ao seu papel, numa sociedade verdadeiramente Democrática. Nesse contexto, nossa legislação, especialmente a CF de 1988, que aliás é eficiente no papel, continua sendo apenas um um sonho que na prática ainda não é real. O que é lamentável !!!!!

Por:http://brasilumpaisemconstrucao.blogspot.com/2010/12/hipocrisia-da-midia-burguesa-aliado-ao.html
João José. É estudante do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Monte Serrat - UNIMONTE, Santos-SP

A midia e a arrogância americana são as grandes causadoras dessas tragédias da humanidade.

William Wack alguns reportares, estiveram como correspondentes de guerra no Iraque em 1990, foram dados como desaparecidos.
Eles haviam sido capturados e presos por milicias muçulmanas que só queriam o material fotografado e as maquinas,
Na prisão, com outros tantos, eram alimentados com tâmaras cedidas pelos guardas que foram de uma compaixão e respeito humano, como jamais poderiamos supor.
Não tinham o que comer o que vestir mas dividiam o que tinham com os prisioneiros.
Ele até hoje fala agradecido dos iraquianos.
Como um povo com essa índole tão boa pode ser considerado a desgraça do mundo, ser atacado pela midia , que nem os conhece, por predidentes que nem sabem dos preceitos de sua religião, e alegam falsos motivos para acabar com um povo, que com tiranos ou não,por sinal tiranos que eles haviam apertado as mãos, em nome da paz.
O curioso dessa história é que após 2 anos do acontecido, chegou ao Brasil por via diplomatica, o equipamento fotografico intacto, com a bolsa original e os filmes já clicados inclusive.
Eu diria que apesar de ser um povo sofredor, são profundamente honestos o que sem dúvida deve ter relação com suas crenças.
A midia e a arrogância americana são as grandes causadoras dessas tragédias da humanidade.
Terrorismo de grupos e terrorismo de Estado: Qual a diferença?

Al Qaeda. Setembro Negro. ETA. IRA. Baader-Meinhoff. Sendero Luminoso. Todos estes grupos têm -ou tinham- em comum uma atividade bastante conhecida: o terrorismo. Trata-se de um dos males do mundo moderno, utilizado como método por aqueles que pretendem dominar os adversários através do medo e do pânico.

Após o 11/09 nos EUA, contudo, a visão do terrorismo mudou. A prática passou a ser automaticamente associada à religião islâmica. Em pouco tempo, centenas de atentados ocorridos nos últimos 100 anos -perpetrados por grupos de ideologia e fé diferentes, sem qualquer relação entre si- cederam lugar à versão mais cômoda do fenômeno: é 'muçulmana’. Desde então, 1,4 bilhão de seres humanos vêm sendo alvo preferencial da mídia, classificados aberta ou potencialmente como terroristas. Professar o islamismo ou ter nome de origem árabe virou justificativa para a desconfiança, o preconceito ou o racismo explícito.

No entanto, o terrorismo acompanha o mundo desde que o ser humano se organiza em Estados e jamais foi privilégio de grupos ou células suicidas. O terrorismo de Estado pode ser identificado nas ações de imperadores dementes como Nero (que colocou fogo em Roma), Calígula (cuja máxima era “não importa que me odeiem, desde que me temam”) e Heliogábalo. As práticas dos conquistadores espanhóis, que mataram cerca de 1 milhão de indígenas no México, são uma clara ação de terrorismo de Estado; bem como as prisões e torturas da Inquisição promovidas pela Igreja Católica.

No século 20, o terrorismo de Estado ganhou estatura de genocídio, inaugurado com a chacina de mais de 1,5 milhão de armênios pelos turcos; e pelas máquinas de tortura, pavor e morte dos stalinistas e nazistas. Tanto o Estado –ora de esquerda, ora de direita- como grupos de todas as cores ideológicas serviram-se do terrorismo.

Mídia pró-terrorismo de Estado

Apesar de ficar evidente que Estado e grupos autônomos são capazes de usar as mesmas armas, os meios de comunicação mostram o terrorismo como se houvesse sido ‘fundado’ pelos muçulmanos. Ao mesmo tempo, legitimam a ação anti-terrorista de nações que violam leis e resoluções internacionais, invadem países, saqueiam bens materiais e culturais de outros povos. Tais Estados -que dizem agir em nome da Lei e da democracia (que funciona apenas dentro de seus países)- têm suas ações mascaradas pela imprensa, sem que sejam consideradas uma variável do mesmo terrorismo que dizem combater.

A morte de 650 mil civis no Iraque desperta menos indignação do que a morte de 3 mil pessoas nos EUA, no WTC. Pior: numa clara tentativa de manipulação da opinião pública e de endossamento do terrorismo de Estado, tenta-se mostrar o holocausto no Iraque como se fosse de responsabilidade direta dos próprios iraquianos, em razão das lutas de seitas religiosas. Omite-se que a invasão norte-americana lançou o país num caos profundo, assim como a participação de milhares de mercenários em atentados e ações terroristas, a soldo das grandes corporações e como força ‘auxiliar’ do exército ianque.

O que é terrorismo?

Especialistas afirmam que o terrorismo consiste em: a) provocar o terror junto à população civil, através de atentados e ações violentas e inesperadas; b) intimidar as autoridades legalmente constituídas; c) tripudiar a vida e todas as suas manifestações, como cultura e religião.

Se estas são as características do terrorismo, por que potências como EUA e Rússia, que renegam a ordem internacional e invadem nações (Iraque) ou províncias militarmente inferiorizadas (Chechênia), levando a morte e o terror a milhões de pessoas, recebem tratamento diferenciado da mídia? Por que a mídia internacional destaca o covarde atentado à escola infantil em Beslan, e se cala perante o genocídio a que vem sendo submetido o povo checheno? Ou por que Estados como Israel –que destruiu a infra-estrutura do Líbano, matou 2 mil pessoas em função do seqüestro de dois soldados em sua fronteira e confina diariamente mais de 1 milhão de seres humanos nos territórios descontinuados da Palestina- não recebem da mídia o mesmo nome que é dado àqueles que matam civis sem dó nem piedade?
Apêndice

Dostoiévsky, primeiro analista - Como ação de um grupo de pessoas determinadas a atingir objetivos políticos através do medo, o terrorismo foi analisado pela primeira vez pelo romancista russo Fiodor Dostoiévsky, em “Os Demônios”, em 1872. O livro aborda uma célula de terroristas (ou ‘niilistas’) ateus, que são tão devotados à sua causa como os mais fanáticos religiosos. “Os Demônios”, inspirado na vida do niilista Nechaiév, previu a violência na Rússia, bem como a morte do czar Alexandre II e a tomada do poder pelos bolcheviques, em 1917.

Livros

O Homem revoltado – Albert Camus, editora RCB
As aventuras da dialética - Maurice Merleau-Ponty, Martins Fontes editora
Sites

Lista de sites contra o terrorismo de grupos - Anti-terrorism links
Centro de pesquisa do terrorismo - Terrorism Research Center
Informações sobre o Iraque ocupado - Uruknet
Guerra no Iraque e Estado de exceção global - Equipe Nizkor
Vítimas do terrorismo de Estado - Memória, Verdade e Justiça
Direitos humanos - Derechos Human Rights
A visão americana do terrorismo – @journalUSA
POSTADO POR LIBERDADE DE EXPRESSÃO E CULTURA

Melhores comentários:

reginamurca disse...
Jakob,
Não sei se já comentei com você mas meu ex marido e o William Wack, estiveram como correspondentes de guerra no Iraque em 1990, foram dados como desaparecidos,juntamente com outros reporteres internacionais.
Eles haviam sido capturados e presos por milicias muçulmanas que só queriam o material fotografado e as maquinas,
Na prisão, com outros tantos, eram alimentados com tâmaras cedidas pelos guardas que foram de uma compaixão e respeito humano, como jamais poderiamos supor.
Não tinham o que comer o que vestir mas dividiam o que tinham com os prisioneiros.
Ele até hoje fala agradecido dos iraquianos.
Como um povo com essa índole tão boa pode ser considerado a desgraça do mundo, ser atacado pela midia , que nem os conhece, por predidentes que nem sabem dos preceitos de sua religião, e alegam falsos motivos para acabar com um povo, que com tiranos ou não,por sinal tiranos que eles haviam apertado as mãos, em nome da paz.
O curioso dessa história é que após 2 anos do acontecido, chegou ao Brasil por via diplomatica, o equipamento fotografico intacto, com a bolsa original e os filmes já clicados inclusive.
Eu diria que apesar de ser um povo sofredor, são profundamente honestos o que sem dúvida deve ter relação com suas crenças.
A midia e a arrogância americana são as grandes causadoras dessas tragédias da humanidade.


Jakob Ibrahim disse...
Boa noite a todos!

Renato,

parabéns pelos comentários. Me parece que o 'voto de Minerva' entre os dois terrorismos é, justamente, a grande mídia, que, subserviente e vendida a quem lhe paga melhor, trabalha no sentido de mostrar o terrorismo apenas de uma lado.

Regina,

maravilhoso seu depoimento. Na grande mídia, só ouvimos falar das dcapitações pelos terroristas, o que de fato é trágico e um aspecto do mal. Mas o que dizer de matérias que mostram gente como aquela soldado americana, que, quando da invasão do Iraque, foi salva por seus companheiros com a morte de 500 iraquianos, e considerada por isso uma 'heroína'? Heroína por quê? Por seu país ter invadido o Iraque, desprezando a comunidade internacional? Por terem morrido 500 iraquianos barbudos e sujos? Por estarem levando a 'democracia' e a maravilhosa sociedade secular norte-americana a um povo "bárbaro" que é o berço da própria civilização?

Esqueçamos os bons entendedores: a diferença entre terrorismo de grupos e terrorismo de Estado chama-se MÍDIA.

Abraços fraternos!

POR:http://lexpressao.blogspot.com/2007/06/terrorismo-de-grupos-e-terrorismo-de.html

Conspiração contra a Líbia e Gaddafi

O líder Muamar el-Gaddafi convidou as potências mundiais a criarem uma comissão investigativa e viajarem à Líbia para constatar que os mortos nas revoltas eram efetivos policiais em cumprimento do seu dever.

"Chamo a comunidade internacional a formar uma comissão de verificação para que venha e veja que os mortos foram homens em defesa de suas posições", sublinhou el-Gaddafi em seu terceiro discurso televisivo desde o início das revoltas neste país norte-africano.

O mandatário falou em um ato comemorativo do 34Â� aniversário da criação dos "comitês populares", uma estrutura de base dentro do esquema de democracia da revolução popular instaurada na Líbia em 1969, depois da queda do rei Idris I.

A esse respeito, ressaltou que a Líbia estaria disposta a abrir suas portas a uma investigação internacional, tanto da ONU como da Organização da Conferência Islâmica ou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

O dirigente acusou os meios noticiosos e os governos estrangeiros de mentirem deliberadamente sobre a realidade de seu país, e negou que exista uma revolta popular pacífica contra sua pessoa, para de imediato voltar a culpar "os terroristas da al-Qaeda" pela instabilidade.

"Os meios amplificam e desvirtuam a realidade, não há manifestações pacíficas, é uma conspiração para controlar o petróleo, o território líbio, polegada por polegada", denunciou ao apontar que no próprio discurso de Ocidente há contradições.

Se houvesse protestos pacíficas, por que os estrangeiros estão se retirando de Líbia, também os empregados de companhias petroleiras, algumas embaixadas estão retirando seu pessoal, por que milhares de trabalhadores estrangeiros se foram, perguntou.

"É uma prova viva de que os opositores são grupos armadas, é um ato terrorista da al-Qaeda", prosseguiu, para afirmar que em Benghazi, Derna ou Bayda, no oriente do país, a rebelião foi iniciada por "células dormidas" que tomaram armas e estações de polícia.

Explicou que os insubordinados libertaram terroristas e os incluíram em seus destacamentos armados. "Esses são criminosos, não prisioneiros políticos, não há prisioneiros políticos na Líbia", afirmou.

Indicou que as forças regulares e seu governo "tiveram que destruir os depósitos de armas para impedir que caíssem nas mãos dos terroristas", mas foi categórico ao negar que tenha disparado contra a população civil.

Reiterou que carece de dinheiro e de contas bancárias no estrangeiro, de palácios e de investidura como presidente, pelo qual não pode renunciar, tampouco há um parlamento para ser dissolvido.

"O sistema líbio é do povo e ninguém pode ir contra a autoridade do povo. O povo é livre para escolher a autoridade que considere forte", apontou e deplorou que "o mundo não entende este modelo de democracia direta plasmado no Livro Verde da revolução em 1977.
O Conselho de Segurança da ONU, que nos últimos tempos tem sido tutelado pelos EUA e seus aliados, atuam de forma colonizadora e tem a pretensão de que o governo e o povo da Líbia se submetam e se acovardem diante das agressões de forças mercenárias, organizadas e financiadas por países do ocidente.

No mesmo momento em que nos manifestamos pelos 8 anos de invasão do Iraque, no dia 19 de março, ocasião em que utilizaram a desculpa de “armas de destruição em massa” no Iraque para invadir e roubar seu petróleo, os EUA, produzem calúnias e mentiras do mesmo teor e preparavam a invasão à Líbia.

Os cartéis bélico-petroleiros ecoam através da mídia que financiam em todas as partes suas mentiras para justificar o ataque assassino que perpetram contra o povo líbio.

Inúmeras manifestações e são ouvidas ao redor do planeta sobre as diferenças de tratamento que impõem à Líbia: tropas da Arábia Saudita cruzam a fronteira invadem Bahrein e atacam a população civil sem que o Conselho de Segurança, a ONU, se manifeste, fazendo de conta que nada vê. As tropas atravessaram a fronteira dois dias depois da visita do chefe do Pentágono a ambos países. A Confederação Sindical que congrega as principais entidades de trabalhadores do Bahrein e 7 partidos da oposição no país denunciaram a “ocupação aberta do Bahrein, declaração de guerra e conspiração contra o povo desarmado”. O porta-voz da Casa Branca apressou-se a declarar de que “isso não é a invasão de um país”.

Já em relação a Líbia, país que vários países da Europa e os EUA tem interesse estratégico, por conta de sua produção de petróleo, declaram guerra e iniciam ataques assassinos.

A Líbia tem o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano da África, a saúde e a educação são gratuitas; moradia, alimentos e combustíveis estão disponíveis para todos, mesmo com as barreiras colocas pelo bloqueio imperialista contra o país; a taxa de alfabetização é superior a 90%, contra os 9% que existiam antes de Kadafi.

As mulheres na Líbia, que antes viviam discriminadas e no obscurantismo, passaram a estudar e a ocupar postos de trabalho que lhes eram negados.

Por conta dessa realidade vivida pelas mulheres líbias, ao longo das últimas semanas as fotos divulgadas sobre as manifestações de massa em apoio a Kadafi e a Líbia, mostram uma participação expressiva das mulheres líbias nas ruas, em defesa de suas conquistas e da soberania de seu país.


Na Líbia não houve nenhum protesto ou movimento popular como os que ocorreram na Tunísia no Egito, na Arábia Saudita ou no Bahrain. A “insurgência armada” em Benghazi só existiu com apoio das potências estrangeiras, particularmente dos EUA, Inglaterra e OTAN a grupos de opositores mercenários; a mídia belicista não divulga que a chamada “Frente Nacional de Salvação da Líbia” (NFSL) que dirige um exército de mercenários posicionado na fronteira com o Egito contra o líder Muamar Kadafi, é financiada pela CIA desde 1981, e seu escritório está localizado em Washington.

O objetivo da resolução do Conselho de Segurança foi a invasão militar para impedir a vitória do governo e do povo líbio. E assim privatizar a Companhia Nacional de Petróleo da Líbia, passando seu controle para as grandes corporações petrolíferas.

Todos sabem que nunca foram os direitos humanos, nem a democracia o que moveram os Estados Unidos e a OTAN. Quando Israel bombardeia 1.400 palestinos nos territórios ocupados de Gaza, entre eles crianças, mulheres e idosos, ou quando a Arábia Saudita invade o Bahrain para abafar as gigantescas manifestações populares que exigiam mais direitos e democracia, os EUA/Otan apóiam e justificam. As mais de um milhão de pessoas mortas no Iraque bem demonstram o valor humanitário das ações dos EUA. O despejo de urânio despejado em Faluja, um dos berços da resistência, foi um verdadeiro crime contra a Humanidade, onde a contaminação supera a de Hiroshima, e as crianças – aquelas que conseguem vir ao mundo sem duas cabeças ou outras aberrações - continuam nascendo deformadas. Um verdadeiro circo de horrores, vítimas de um genocídio que os conglomerados de mídia servis ao império, à indústria armamentista e às empresas petrolíferas, se esmeram em acobertar. O bombardeio “cirúrgico” a um dos imensos abrigos de Bagdá, onde morreram mais de três centenas de mulheres, idosos e crianças, ilustra até onde pode chegar a prepotência dos EUA.

O motivo da guerra contra a Líbia é uma vez mais o petróleo e não podemos ter nenhuma dúvida sobre o que está ocorrendo: o avanço da nacionalização do petróleo e das riquezas minerais, promovidas pela revolução na Líbia, causou imensos prejuízos à hegemonia das 7 irmãs e das petroleiras anglo-americanas e sua pretensão de controlar as fontes de energia e matéria-prima do planeta.Com a recente crise, os monopólios conseguiram elevar o preço do petróleo a 107 dólares, o maior desde 2008, e querem mais, falando em 200 dólares ainda em 2011 ou 2012.

A Líbia é a maior reserva comprovada de petróleo da África (44.000 milhões de barris) e é um dos 10 países mais ricos em petróleo do mundo, produzindo 1,8 milhões de barris/dia de óleo de alta qualidade. Detém ainda grandes depósitos de gás natural, com estrutura para canalizá-lo para os mercados europeus.

terça-feira, 22 de março de 2011

AS CATÁSTROFES DA NATUREZA

POR:http://www.library.com.br/Filosofia/default.htm


Vamos mostrar aqui como as assim chamadas catástrofes da natureza têm aumentado sistematicamente nos últimos tempos, tanto em quantidade como em intensidade.

Apesar de este acúmulo de catástrofes ser um dos mais exortadores sinais do Juízo Final, muitas pessoas reagem a isso com um indiferente encolher de ombros, como se o assunto não lhes dissesse respeito. "Ora, catástrofes sempre ocorreram! Apenas continuam ainda ocorrendo agora!", dizem.

O que elas não percebem (ou não querem perceber) é que essas catástrofes ocorrem com uma freqüência cada vez maior. Terremotos, furacões, erupções e inundações se superpõem continuamente no mundo todo, com uma freqüência e intensidade cada vez maiores.

Há também aquelas pessoas que tranqüilizadoramente asseguram que isso sempre foi assim. Explicam: "Tudo isso sempre aconteceu. A única diferença é que hoje em dia os meios de comunicação nos permitem acompanhar vários desses acontecimentos simultaneamente, e em séculos passados só se ficava sabendo deles meses depois de ocorridos…"

Não é verdade. Os dados estatísticos demonstram, de maneira inequívoca, que todos esses fenômenos da natureza vêm crescendo de maneira ininterrupta, conforme se verá a seguir. De acordo com a ONU, o número de catástrofes naturais no mundo vêm aumentando nos últimos trinta anos numa taxa média anual de 6%.

Alguns poucos já começaram a perceber esse acúmulo de sinais da natureza como aquilo que ele realmente é: algo que nunca havia ocorrido antes no planeta. Num artigo publicado na revista Isto É em fevereiro de 1995, o jornalista Peter Moon montou um mapa da Terra com a indicação das principais catástrofes que eclodiram nos últimos anos. O quadro mostrava ocorrências de terremotos, enchentes, erupções vulcânicas, ciclones, secas, incêndios, dava o número de mortos e de desabrigados, e ainda mencionava o buraco na camada de ozônio e o efeito estufa. O título da matéria: "Deu a louca no mundo. Nunca tantos desastres naturais mataram tanta gente em tão pouco tempo."

Num trecho da matéria, Peter Moon dizia: "Chuvas torrenciais paralisam São Paulo, a maior enchente do século submerge a Holanda e obriga 250 mil pessoas a abandonar suas casas, um terremoto mortífero se abate sobre o Japão, o efeito estufa eleva as temperaturas do planeta e o buraco na camada de ozônio aumenta sem parar. De alguns anos para cá, parece que as forças da natureza resolveram se revoltar contra o homem, incapaz de encontrar meios em sua civilização tecnológica para deter os caprichos da mãe Terra."

É realmente um alento encontrar um posicionamento desses, numa época em que cada palavra de alerta é imediatamente ridicularizada e posta de lado, como altamente inconveniente. É preciso, no entanto, dizer que esse número impressionante de catástrofes da natureza não são "caprichos da mãe Terra", e sim um dos efeitos terrenamente visíveis da última fase do Juízo Final. Aliás, cada vez mais visíveis, já que a intensidade é também cada vez maior e assim também suas conseqüências.

Estima-se que durante o ano de 1994, 10.150 pessoas tenham perecido em desastres naturais; em 1995 contabilizou-se cerca de 18 mil mortes pelo mesmo motivo. Há estimativas indicando que em 1996, apenas na China, as tragédias ocorridas nos primeiros seis meses do ano (terremotos, seca, inundações) acarretaram prejuízos de US$ 8,55 bilhões e atingiram de uma maneira ou de outra 200 milhões de pessoas... De acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA), de 1960 a 1994 os desastres naturais provocaram danos da ordem de US$ 9 bilhões em 16 países do Caribe, afetando diretamente 9,3 milhões de pessoas, quase a metade do total da população nesta região em 1990 (20,5 milhões de habitantes); morreram 14.817 pessoas no período.


As inundações

As inundações aumentam continuamente em todos os países da Terra. A cada ano elas surgem com ímpeto redobrado, acarretando a destruição de cidades e vilas, perdas agrícolas, doenças e mortes.

De acordo com dados do World Almanac, em todo o século XIX foram registradas três grandes inundações, onde pereceram cerca de 938 mil pessoas. No século XX, até agosto de 1996, haviam ocorrido 82 grandes inundações em diversos pontos do globo, as quais mataram aproximadamente 4 milhões e 72 mil pessoas. Um exemplo localizado é o rio Mississipi, nos Estados Unidos, que ocasionou apenas uma grande inundação em todo o século passado (em 1844); no nosso século, esse mesmo rio já provocou oito grandes inundações (até 1993). A tabela a seguir mostra o número de grandes inundações por década no século XX1.

GRANDES INUNDAÇÕES NO MUNDO

Década

Número de Inundações

1900 a 1909

2

1910 a 1919

3

1920 a 1929

2

1930 a 1939

3

1940 a 1949

2

1950 a 1959

6

1960 a 1969

16

1970 a 1979

18

1980 a 1989

15

1990 a 1996

26

Observe-se o extraordinário aumento do número dessas inundações nas últimas décadas do nosso século. Nos primeiros 40 anos (1900 a 1939) houve 10 grandes inundações. Nos 40 anos seguintes (de 1940 a 1979) houve 41 grandes inundações. Se plotarmos os dados da tabela acima num gráfico de barras, teremos uma visão clara da mudança de patamar do número de inundações por década:

Na primeira metade do século, o número de grandes inundações por década oscilou entre 2 e 3. Na década de 50 houve um salto para 6 inundações. Já nas décadas de 60, 70 e 80 o número de inundações variou entre 15 e 18. Em média, o número de grandes inundações nos últimos anos cresceu mais de 6 vezes em relação aos anos do começo do século. Na década de 90 ocorreram 26 grandes inundações até agosto de 1996.

Esse aumento tão significativo é uma decorrência da intensificação dos efeitos do Juízo Final, que força tudo a se movimentar cada vez mais aceleradamente, abrangendo também, naturalmente, os fenômenos da natureza. Um exemplo: de acordo com o relatório Word Disasters Report, da Cruz Vermelha Internacional, a partir de 1979 a Jamaica passou a sofrer inundações a cada 1,5 ano em média, afetando diretamente mais de 420 mil habitantes. A inundação de 1979 criou um lago de 600 acres com 27 m de profundidade na região de Newmarket...

A figura abaixo mostra as áreas onde ocorreram as maiores inundações no mundo no ano de 1997:

Evidentemente, o critério para se qualificar uma inundação de "grande" é subjetivo. Porém, podemos convencionar que uma inundação foi umfenômeno de vulto caso tenha sido noticiada nos jornais, em razão dos danos e mortes acarretadas. De qualquer forma, muitas das inundações noticiadas são bem mais do que um fenômeno de vulto, como veremos a seguir:

  • Em agosto de 1950, 489 pessoas morreram afogadas e 10 milhões ficaram desabrigadas em decorrência do transbordamento dos rios Hwai e Yang Tse, na China; cerca de 890 mil habitações foram destruídas e mais de dois milhões de hectares de terras cultivadas ficaram alagados.
  • Em setembro de 1978, 1.300 pessoas morreram afogadas em Bengala em conseqüências de inundações, e 15 milhões, do total de 40 milhões de habitantes do país, ficaram desabrigados.
  • As enchentes que se abateram sobre a China em julho de 1994 atingiram 13 de suas 30 províncias, afetando de uma maneira ou de outra 134 milhões de pessoas, muitas das quais ainda não se haviam recuperado das enchentes de 1991. Cerca de 83 mil chineses perderam tudo que possuíam.
  • Em 1995 as inundações voltaram a castigar a China, desta vez com ímpeto redobrado. De 15 de maio a 30 de junho o país experimentou as seis maiores tempestades já registradas em seu território, as quais afetaram 22 de suas províncias. A precipitação média no período foi de 700 mm, com um nível recorde de 1.720 mm. Numa determinada região choveu 340 mm em quatro horas... As inundações em uma das províncias foram as piores desde 1888. Nas oito províncias mais afetadas morreram 1.450 pessoas, cerca de dois milhões de casas foram destruídas, outras 6,5 milhões sofreram danos e 7,5 milhões de hectares de terras agrícolas foram destruídos. Em julho havia duas mil aldeias submersas.
  • Ainda em 1995, na Coréia do Norte, as chuvas torrenciais que caíram entre os meses de julho e setembro – as mais intensa em décadas – transformaram as terras aráveis do país em campos de lama e detritos, destruíram 19 mil casas, 4 mil pontes e mataram meio milhão de animais, dando início a um período de fome que iria matar centenas de milhares de coreanos nos anos seguintes (uma estimativa de 1998 falava em dois milhões de mortos).
  • Em 1996, segundo dados oficiais, as inundações chinesas mataram 3.048 pessoas e feriram 363.800, repetindo-se as cenas de destruição dos anos anteriores, porém em escala aumentada. Em 2 de julho, o rio Yang-Tse estava 33,18 metros acima do nível normal, correspondendo a 4,68 metros acima do "nível de perigo". Centenas de vilas e cidades ficaram submersas. Só na província de Hunan registrou-se 12 mil pontes derrubadas, 8 mil km de linhas de transmissão e 5 mil km de linhas telefônicas destruídas, 130 mil hectares de terra cultivada submersos e cerca de 1,5 milhão de casas arrasadas. Segundo o Word Disaters Report, a duração das chuvas, a área inundada e a magnitude dos danos fizeram de 1996 o pior ano de inundações em toda a história da China. O ano trouxe ainda as piores enchentes em Sumatra desde 1950, na África do Sul desde 1938, no noroeste dos Estados Unidos desde 1930, na Romênia desde 1925 e em Jacarta desde 1920.
  • Em fevereiro de 1997, dois povoados do Peru desapareceram sob uma capa de lodo, em conseqüência de um gigantesco deslizamento de terra provocado por chuvas torrenciais, sepultando de uma só vez aproximadamente 300 pessoas. Naquele mês, Portugal e Espanha experimentaram as chuvas mais fortes já registradas em todos os tempos, enquanto que o Vietnan era atingido pela pior tempestade desde 1904. Em julho, o sul da Polônia ficou submerso; especialistas da Universidade de Wroclaw afirmaram que desde a Idade Média não ocorriam inundações daquele tipo no país. Em agosto, no Paquistão, 140 pessoas morreram na pior inundação dos últimos cem anos. No final do ano, a Somália contabilizava perto de duas mil mortes e 800 mil desabrigados, em decorrência de inundações sem precedentes no país. O ano de 1997 foi também o mais chuvoso em Hong Kong desde 1884.

Há também casos que deveriam chamar a atenção pela ocorrência de aspectos absolutamente inusitados:

Em junho de 1995, na Argélia, numa região central do deserto do Saara, um oásis transbordou depois de um temporal e matou três pessoas… Em agosto de 1996, na Espanha, uma hora de tempestade fez um riacho normalmente seco transbordar e destruir um camping, deixando um saldo de 76 mortos, 183 feridos e mais de cem desaparecidos. A região do camping recebeu mais de 100 litros de água por metro quadrado; todos os carros, barracas e trailers foram arrastados por até um quilômetro, e alguns corpos foram levados pela correnteza a 15 quilômetros do local da tragédia. O depoimento de um sobrevivente dá uma dimensão aproximada do que aconteceu: "Tudo aconteceu em um instante, não consigo explicar, foi como uma onda gigante levando tudo. (...) Foi uma questão de segundos. A rua principal do camping se tornou um rio, com um ou dois metros de lama..." Em outubro de 1997, 12 pessoas morreram em decorrência de uma tempestade ocorrida em Israel... no deserto de Neguev! Em fevereiro de 1998, uma tempestade com ventos de 100 km/h atingiu a Líbia, o Egito (30 casas destruídas e cinco mortos), Jordânia, Israel e Síria; um detalhe: foi uma tempestade de areia.

As inundações aqui mencionadas são aquelas decorrentes de chuvas torrenciais, associadas ou não a ciclones. Mas há também inundações provocadas por maremotos, os quais geram ondas gigantescas, chamadas "tsunamis", que podem chegar a mais de 30 metros de altura quando atingem a costa de um país. Poder-se-ia dizer que é uma "inundação rápida", porém extremamente destrutiva. O tsunami que atingiu o Japão em julho de 1993, por exemplo, causou 120 mortes. Esse tipo de onda marítima gigantesca pode também atingir um país que não tenha sequer sentido os efeitos do maremoto que a originou. O tsunami que atingiu o Havaí em 1946, varrendo casas e pessoas para o mar, originou-se de tremores submarinos ocorridos cinco horas antes nas Aleutas, a 3.700 quilômetros de distância.

Pessoas que possuem um carma semelhante podem ser atingidas pelos efeitos do Juízo Final de modo coletivo, na forma que elas mesmas prepararam para si. As Leis da natureza se encarregam de fornecer, automática e infalivelmente, a forma prevista para o acontecimento.

Um outro aspecto interessante, que deveria chamar a atenção das pessoas para essa aceleração contínua de catástrofes da natureza, é que grande parte delas constituem "recordes" de acontecimentos já registrados anteriormente. Isso mostra, como já mencionado, que essas catástrofes aumentam não somente em quantidade, mas também em intensidade. Veremos que essa característica de "recordes" continuamente batidos se repete também em vários outros fenômenos, naturais ou não, que atingem a humanidade em nossa época.

A seguir, reproduz-se alguns trechos de notícias não muito espaçadas no tempo, que também atestam este fato:

  • "Itália: ainda há regiões isoladas pela pior tempestade do país desde 1913 e total de mortes pode passar de cem." (Folha de S. Paulo - 8.11.94)
  • "Na Alemanha, o rio Reno começou a baixar. Ele atingiu 11 metros, nível mais alto desde 1926, inundando Colônia. (…) A Holanda espera que os diques dos rios Waal e Meuse resistam à ascensão das águas, que ameaçam provocar a pior enchente no país em quatro décadas." (Folha de S. Paulo - 2.2.95) Ainda na mesma época (fevereiro de 1995), extensas regiões dos Estados Unidos foram inundadas, também numa das "piores enchentes do século". (Obs.: A inundação que atingiu a Alemanha se estendeu também para a Inglaterra e a França. A Holanda, que teve 250 mil desabrigados, ficou na iminência de ser tragada pelas águas. A situação aflitiva da Holanda deve ter feito pensar alguns holandeses, que se orgulham de um lema de seu país que certamente não pode ser superado em presunção e arrogância: "Deus fez o mundo, e os holandeses fizeram a Holanda"…)

A lista de recordes continuou ao longo de 1995:

  • Noruega debaixo d'água: maior enchente dos últimos 125 anos." (Jornal Nacional - 5.6.95)
  • "Especialistas disseram que a enchente [na China] pode se tornar a maior do século no país." (Folha de S. Paulo - 8.7.95)
  • "Piores inundações dos últimos cinco anos [na Coréia do Sul]." (O Estado de S. Paulo - 27.8.95)
  • "(…) Os barcos viraram o principal meio de transporte depois da enchente. A tempestade que caiu na cidade [Port St. Lucie - EUA] foi considerada a mais violenta de que se tem notícia." (O Estado de S. Paulo - 20.10.95)
  • "Acumulado de chuva do mês de outubro bate recorde de 55 anos [em Santos]." (O Estado de S. Paulo - 31.10.95)
  • "As chuvas estão entre as piores do país, segundo meteorologistas do Cairo." (Folha de S. Paulo - 3.11.95)
  • "A tempestade é a mais violenta dos últimos 55 anos [na Turquia]." (O Estado de S. Paulo - 6.11.95)

Em 1996 os recordes continuaram a ser batidos:

  • "O Estado mais atingido foi a Pensilvânia [nos Estados Unidos], onde 150 mil pessoas tiveram de deixar suas casas por causa da enchente." (Folha de São Paulo 22.1.96)
  • "(…) Foi a pior enchente no Oregon [nos Estados Unidos] nos últimos 32 anos." (Folha de São Paulo - 9.2.96)
  • "O maior temporal registrado no Estado [Rio de Janeiro] nos últimos 25 anos já provocou 66 mortes." (O Estado de S. Paulo - 16.2.96)
  • "As chuvas da semana passada no Rio foram as piores dos últimos 70 anos." (Veja - 21.2.96)
  • "Em menos de quatro horas, chuvas torrenciais transformaram a cidade de Versilia [na Itália], num amontoado de lodo que arrastou pelo menos 27 pessoas e até ontem causou a morte de 11. (…) A população não foi advertida sobre o dilúvio que estava prestes a cair: 475 litros por metro quadrado." (O Estado de S. Paulo - 21.6.96)
  • "Há 2 milhões de desabrigados, 810 mil casas ruíram e 2,8 milhões sofreram danos [na China]" (O Estado de S. Paulo - 20.7.96)
  • "Chuvas torrenciais continuam atingindo vários países da Ásia e causando milhares de mortes. (…) Sobem para 1.600 as vítimas das chuvas este mês, no centro e no sul do país [na China]" (O Estado de S. Paulo - 29.7.96)
  • "As enchentes atingiram 890 mil pessoas em 974 localidades [na China]. (…) Segundo as autoridades da região de Longyan, é a pior enchente dos últimos 500 anos." (Folha de São Paulo - 12.8.96)
  • "Inundação mata 200 e deixa pelo menos 70 mil desabrigados [na China]." (Folha de São Paulo - 22.10.96)
  • "Rios transbordaram, estradas ficaram intransitáveis e os campos alagados [na Espanha]. (…) As inundações forçaram 2.200 moradores a deixar suas casas." (O Estado de S. Paulo - 23 e 25.12.96)
  • "Tempestade mata 162 na Malásia. (…) Foi um dos piores desastres naturais que já atingiram a região." (Folha de São Paulo - 27 e 30.12.96)

Obs.: Ao final do ano de 1996 haviam sido registradas 84 inundações de vulto em todo o mundo, que acarretaram danos significativos e/ou mortes.

O ano de 1997 seguiu na mesma linha:

  • "As inundações que mantêm há mais de uma semana vastas regiões dos Estados Unidos debaixo d’água atingiram ontem o norte da Califórnia. O Estado havia conseguido escapar quase sem dano das chuvas e do frio, considerados os piores dos últimos 40 anos." (O Estado de S. Paulo - 3.1.97)
  • "A cheia, segundo o prefeito de Iporanga [São Paulo] é a maior do século, superando a de 1937. (…) Em Ribeira, o nível do rio subiu 14 metros e arrasou a cidade." (O Estado de S. Paulo - 24.1.97)
  • "O rio Vermelho, que banha os Estados Unidos e Canadá, provoca a pior enchente dos últimos 145 anos" (O Estado de S. Paulo - 2.5.97)
  • "O oeste do Pará [Brasil] registra a maior enchente em 30 anos. (...) O rio Amazonas já subiu 8,2m, superando todos os registros das últimas décadas." (O Estado de S. Paulo - 8.5.97)
  • "Em Santiago [Chile], as chuvas de ontem superaram o volume pluviométrico de um ano inteiro." (Folha de São Paulo - 23.6.97)
  • "Após a pior seca do século, no ano passado, o Chile está sofrendo uma das maiores tempestades de chuva e neve dos últimos cem anos. (...) A maior parte do território chileno foi declarada zona de catástrofe. Está chovendo onde quase nunca chove, como no deserto de Atacama, no norte do país." (O Estado de S. Paulo - 25.6.97)
  • "Na Alemanha, perto da fronteira da Polônia, o rio Oder atingiu seu nível mais alto em 50 anos." (Folha de S. Paulo - 21.7.97)
  • "Situação é crítica na Polônia, República Tcheca, Alemanha e Áustria, afetando 1.107 povoações. (...) Pelo menos 97 pessoas morreram, 2.500 estão feridas e mais de 10 mil perderam suas casas." (O Estado de S. Paulo - 21.7.97)
  • "O governador de Brandemburg, Manfred Stolpe, classificou a enchente como um 'desastre de proporções sem precedentes'." (O Estado de S. Paulo - 24 e 26.7.97)
  • "O rio Oder rompeu dois grandes diques (de mais de 250 anos) que continham suas águas, inundando duas vilas. (...) Segundo Stolpe, as enchentes são as piores dos últimos mil anos. " (Folha de São Paulo - 26.7.97)
  • "As piores inundações em décadas em Myanmar mataram pelo menos 13 pessoas e afetaram mais de 360 mil." (CNN - 4.10.97)
  • "Violentas tempestades na Península Ibérica provocaram a morte de pelo menos 32 pessoas ontem. (...) A água chegou a 3 metros de altura na povoação espanhola de Valverde." (O Estado de S. Paulo - 7.11.97)
  • "Até a tarde de ontem, 126 prefeituras [Rio Grande do Sul - Brasil] haviam decretado situação de emergência por causa de cheias, temporais ou granizo. (O Estado de S. Paulo - 4.11.97)
  • "Os maiores alagamentos dos últimos 40 anos atingiram partes da Etiópia, Quênia e Somália." (Folha de São Paulo - 5.11.97)
  • "Desabrigados na África chegam a 800 mil. (...) Número de mortos aproxima-se de 2 mil." (O Estado de S. Paulo - 11 e 19.11.97)
  • "No ano passado, Veneza também passou as festas de Natal atingida por graves inundações, pela segunda vez neste século, em conseqüência de chuvas torrenciais e das marés altas." (O Estado de S. Paulo - 22.12.97)

Se o leitor observar as notícias sobre inundações veiculadas pelos jornais, verificará que muitos outros "recordes" continuam a ser batidos continuamente. No início de 1998 algumas regiões do Canadá foram atingidas por grandes inundações. No mês de abril, havia na Argentina 5 milhões de hectares de terras sob as águas, conseqüência do que o presidente Menen chamou "das piores chuvas da história"; pelo menos 4 pessoas morreram, 4 mil foram obrigadas a se retirar das áreas atingidas e 50 mil ficaram isoladas; um economista previu que os prejuízos chegariam a 25% do PIB do país.

Terremotos

Sobre as atualizações dos dados contidos nesta página, ver "Uma palavra em 2010".

O aumento do número e da intensidade dos terremotos nos últimos anos deveria servir para sacudir também o íntimo dos seres humanos, para que se libertassem ainda em tempo de sua inércia espiritual.

Não passa um mês sem que tomemos conhecimento de algum terremoto significativo. E isso porque os tremores menores, que também causam extensos danos e muita apreensão, não são sequer noticiados.

Estima-se que ocorram a cada ano cerca de 500 mil tremores em todo o globo, havendo quem fale até de um milhão de sismos, dos quais 100 mil são percebidos pelas pessoas com seus próprios sentidos e pelo menos mil causam danos. A Terra está tremendo sem parar, o que nada de bom significa para os seres humanos. Um retrato disso pode ser visto na figura abaixo, montada pelos pesquisadores russos Denis Mischin e Alex Chulkov, que mostra os terremotos com magnitude superior a 4 graus na Escala Richter que sacudiram o planeta de janeiro de 1989 a setembro de 1997 (a cor indica a profundidade do epicentro).

No Japão já se registrou, num único fim de semana, uma cadeia de mais de 200 terremotos de intensidade leve e moderada. Conquanto muitos japoneses considerem isso como uma característica "normal" de seu país, todos esses sismos e também a movimentação dos 86 vulcões ativos do país são na verdade prenúncios de uma catástrofe gigantesca, a qual, ao contrário do que até mesmo pessoas sérias e realistas imaginam, não está reservada a um futuro longínquo. Não é sem razão que desde a década de 70 já se verificava que muitas aves migratórias evitavam o Japão…

Essa situação de grande insegurança já fora prevista há milênios para toda a humanidade. Na Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, existe uma câmara, ou sala, chamada Câmara do Rei, ou Sala das Nações, ou ainda Sala do Juízo. Esta sala apresenta um piso desigual, indicando a insegurança dos seres humanos na época do Juízo em relação ao próprio solo que pisam. A explicação original do significado do piso irregular é transmitida por Roselis von Sass em sua obra A Grande Pirâmide Revela seu Segredo:

"O piso desigual indica que na época do Juízo os seres humanos não mais terão sob os pés um solo liso e firme. A terra onde eles se locomovem não contém mais nenhuma segurança para eles. Não sabem o que o próximo passo lhes pode trazer."

Fonte: Photovault

Os dados estatísticos que analisaremos a seguir, não deixam margem a dúvidas quanto à veracidade destas palavras.

São considerados grandes terremotos aqueles de magnitude igual ou superior a 6 na escala Richter. Essa escala é logarítmica, por isso um terremoto de magnitude 7, por exemplo, é dez vezes mais forte que um terremoto de magnitude 6, e assim por diante. O terremoto de Kobe, no Japão, ocorrido em 17 de janeiro de 1995 e que foi considerado "o pior dos últimos 70 anos", apresentou uma magnitude de 7,2 graus na escala Richter.

Em todo o século XIX ocorreram 41 grandes terremotos, acarretando pouco mais de 350 mil mortes. No século XX, até maio de 1997, já haviam ocorrido 96 grandes terremotos, que provocaram a morte de mais de 2 milhões e 150 mil pessoas1 .

O gráfico abaixo mostra a ocorrência de grandes terremotos nos últimos 2 mil anos até 1997. Parte dos terremotos ocorridos nos séculos XVII e XVIII, e todos até o século XVI, foram considerados grandes em razão dos danos e mortes provocados.

O gráfico a seguir faz uma comparação por década entre os grandes terremotos ocorridos nos séculos XIX e XX:

Observa-se que com exceção da década de 50, todas as outras décadas do século XX tiveram maior número de grandes terremotos quando comparadas às atividades sísmicas no planeta de cem anos atrás.

Mesmo fazendo-se uso de outros critérios ou fontes, o aumento do número de terremotos em todo o mundo é um fato inquestionável. Uma pesquisadora americana, Sarah Davies, formulou as seguintes perguntas a um grupo de especialistas da área, através da Internet: "Está havendo um aumento na incidência de terremotos em todo o mundo neste século? Caso existam registros antigos, esse aumento tem-se verificado ao longo dos últimos 200 anos?"

Quem respondeu à questão de Sarah foi o vulcanologista Steve Mattox, da Universidade de North Dakota. Ele disse que seria melhor fazer uma análise da incidência apenas dos maiores terremotos já ocorridos, a fim de reduzir a dependência de observadores e do instrumental de medição. Segundo ele, na primeira metade do nosso século houve 15 terremotos desse tipo [de intensidade extrema], e na segunda metade haviam ocorrido até então 20 desses terremotos. Já em todo o século passado registraram-se apenas 7 terremotos extremos2 .O Dr. Steve conclui: "Baseando-se nessa rápida análise de uma única fonte de informação, parece que a freqüência de terremotos está aumentando. A grande questão é o porquê disso" [grifo meu].

Além da freqüência aumentada, verifica-se também um crescimento da intensidade dos terremotos, alguns deles tornando-se até momentaneamente famosos em razão da destruição e do número de mortes, como os da Guatemala (um milhão de desabrigados) e da China (750 mil mortos) em 1976, o do México em 1985 e o do Japão em 1995. Infelizmente, também essas grandes catástrofes acabam sendo esquecidas após um tempo maior ou menor, transformando-se em meras curiosidades históricas.

Em 31 de maio de 1970, por exemplo, houve uma catástrofe no Peru sem paralelo na história humana até o presente (abril de 1998), com a possível exceção talvez da destruição da cidade de Pompéia, no ano 79 d.C., soterrada pela erupção do Vesúvio.

Naquele dia, um sismo violentíssimo numa região costeira do país — que segundo estimativas teria atingido 9 graus na escala Richter (ou próximo disso) — aliado à ação de um fenômeno pouco conhecido na época, o efeito estufa, fez desabar o pico norte do nevado de Huascaran, na cordilheira dos Andes, situado a 14,5 km de um importante centro econômico: a cidade de Yungay.

Em menos de três minutos Yungay foi soterrada por uma massa de gelo e entulho deslocando-se à velocidade de 330 km/h. Estima-se que pelo menos 30 mil pessoas morreram, soterradas por uma camada de 27 milhões de metros cúbicos de entulho, com espessura variando de quatro a dez metros. A repercussão desse extraordinário acontecimento foi, porém, muito pequena; primeiro porque aconteceu num país do 3º mundo, mas principalmente porque naquele dia estava sendo aberta a copa mundial de futebol…

Vamos ver agora como se dá o aumento da incidência de terremotos em algumas partes do mundo. A tabela apresentada a seguir mostra os terremotos registrados neste século, até a década de 70, na região do Oriente Médio:

TERREMOTOS NO ORIENTE MÉDIO

Décadas do Século XX

Número de terremotos por década

1900 a 1909

141

1910 a 1919

154

1920 a 1929

321

1930 a 1939

358

1940 a 1949

347

1950 a 1959

467

1960 a 1969

1.205

1970 a 1979

1.553

Nos primeiros quarenta anos do século (de 1900 a 1939), ocorreram 974 terremotos na região. Nos quarenta anos seguintes (de 1940 a 1979), ocorreram 3.572 terremotos, quase 4 vezes mais que no primeiro período. Nas décadas de 60 e 70 houve 2.758 terremotos, quase mil a mais que nos sessenta anos anteriores (1.788 terremotos).

A tabela anterior foi plotada no gráfico de barras mostrado a seguir, permitindo visualizar o crescimento do número de terremotos por década naquela região.

No Irã morreram cerca de 126 mil pessoas neste século (até fins de 1997) vítimas de terremotos. O maior deles (até agora), ocorrido em julho de 1990, deixou 40 mil mortos, 60 mil feridos e 500 mil desabrigados; as perdas materiais foram estimadas em US$ 7,2 bilhões.

Este terremoto deu origem a um filme iraniano intitulado "Vida e Nada Mais". Numa cena do filme, em meio àquela destruição total, uma personagem pergunta atônita: "Que crime esta nação cometeu contra Deus para merecer tamanho castigo?" É uma pergunta cuja resposta qualquer um que acompanha com atenção os acontecimentos da nossa época pode dar...

Na China existe uma estatística que registra os terremotos com magnitude igual ou superior a 6,5. Na primeira década do século XX houve 18 tremores deste tipo. Nas três décadas seguintes houve, respectivamente, 35, 33 e 34 desses terremotos no país.

No Japão, os terremotos com magnitude igual ou superior a 6 são mostrados na tabela a seguir, abrangendo o final do século passado e o começo do século XX. Observa-se claramente o crescimento contínuo do número de grandes terremotos já na passagem de um século para outro.

TERREMOTOS NO JAPÃO

Períodos de 10 anos

Número de terremotos

1885 a 1894

69

1895 a 1904

127

1905 a 1914

149

1915 a 1924

229

Na América Latina houve três grandes terremotos nos vinte anos compreendidos entre 1926 a 1945. Nos vinte anos seguintes, de 1946 a 1965, houve quatro grandes terremotos. Já nos vinte anos que vão de 1966 a 1985 houve um total de 12 grandes terremotos.

Nos Estados Unidos e no Canadá ocorreram 15 grandes terremotos no período de trinta anos compreendido entre 1911 e 1940; nos trinta anos seguintes, de 1941 a 1970, houve 18 grandes terremotos. Apenas na década de 70 já haviam ocorrido 10 grandes terremotos na região. Na Califórnia ocorreram, em todo o século passado, 29 grandes terremotos; no século XX, até 1984, já haviam ocorrido 39 grandes terremotos. Em todo o século passado a capital dos Estados Unidos sentiu seis tremores; no século XX, até 1983, Washington já havia experimentado 19 terremotos.

Esses números são apenas uma amostragem do que vem ocorrendo no mundo todo, e demonstram de maneira inequívoca que a humanidade, agora, não tem mais "o solo firme sob os pés". Nesses últimos anos do Juízo Final, os terremotos continuarão aumentando em todo o mundo, tanto em quantidade como em intensidade, como um dos mecanismos automáticos de limpeza e purificação da Terra3. Não são eventos arbitrários da natureza, tampouco uma "provação divina", como alegou recentemente o governante de um país atingido por um sismo violentíssimo.

Os trechos selecionados de algumas notícias sobre terremotos e transcritos abaixo — dentre inúmeras outras veiculadas num período aproximado de três anos — mostram a total vulnerabilidade do ser humano frente a esse acontecimento da natureza. A magnitude dos fenômenos e a perplexidade de sobreviventes e repórteres, evidenciada em seus comentários, é um reconhecimento forçado da incapacidade humana de dominar com o seu intelecto as forças da natureza. O ser humano não pode dominar com a sua inteligência os fenômenos da natureza, ainda mais quando estes lhes trazem o indesviável retorno cármico de suas más ações.

Atualmente esse correto sentimento de incapacidade já está se difundindo na chamada "ciência de previsão de terremotos". Muitos sismólogos americanos admitem que as tentativas de encontrar uma maneira de avisar as pessoas com minutos ou horas antes da ocorrência de um terremoto, resultaram inúteis. O sismólogo Thomas Heanton, da Califórnia, afirmou que "a sensação de otimismo inicial transformou-se em pessimismo". Numa entrevista sobre o assunto, Heanton desabafou: "Se terremotos não podem ser previstos, como se deveria gastar os 100 milhões de dólares reservados nos Estados Unidos para a pesquisa de previsão dos terremotos? (…) Nós nunca seremos capazes de prever em detalhes quando um terremoto se tornará grande."

Que distância não existe entre essas palavras e o tempo em que os seres humanos ainda viviam em harmonia com a natureza! Numa época em que eram avisados a tempo sobre terremotos e outros fenômenos naturais pelos enteais, os seres da natureza, relegados hoje aos contos de fada e grotescamente desfigurados nas imagens dos bonecos vendidos em lojas esotéricas.

Afastados do amor prestimoso dos enteais, confiando tão-somente no seu raciocínio e, por isso, agindo obstinadamente de modo contrário às Leis da natureza, quedam-se os seres humanos hoje impotentes e perplexos ante o recrudescimento dos fenômenos da natureza:

  • "Tremor se propagou da Argentina ao Canadá. (…) Especialistas do Centro de Pesquisa Geológica de Minessota disseram que o fenômeno foi ‘extremamente raro'."
  • "O terremoto de ontem foi sentido em todo o território japonês, em diferentes graus de intensidade. (…) Foi um dos mais fortes dos últimos 26 anos."
  • "Terremoto seguido de maremoto mata 45 e fere 135 nas Filipinas. (…) Mais de 600 tremores secundários foram registrados. (…) ‘O Terremoto foi acompanhado de um rugido. Depois vieram as ondas, de 10 a 15 metros’, disse o governador Rod Valencia. (…) ‘Acordamos com um barulho ensurdecedor; quando tentamos sair, as ondas enormes se precipitaram sobre nós’, disse uma senhora que perdeu quatro filhos."
  • "Tremor no Japão é o pior em 47 anos. (…) ‘Pior do que a Segunda Guerra’, diz sobrevivente. (…) Há um ano, quando um terremoto de magnitude semelhante atingiu a região de Los Angeles, marcando o mundo com imagens de vias expressas desabadas, os engenheiros japoneses se gabaram, dizendo que a mesma coisa não aconteceria por aqui. Os prédios japoneses eram melhor projetados e construídos, segundo eles. Mas ontem eles reavaliaram suas posições." [relato de um correspondente internacional sobre o terremoto de Kobe, Japão]
  • "Terremoto no Japão faz milhares de vítimas. (…) Fim do mundo. Essa foi a impressão da maioria das pessoas que residem nas áreas afetadas pelo terremoto."
  • "O terremoto, o pior dos últimos setenta anos no Japão, derrubou casas e edifícios e transformou quarteirões inteiros em gigantescas fogueiras, cujas labaredas ainda crepitavam depois de três dias."
  • "O vice-premiê russo Oleg Soskovets disse que o terremoto pode ter sido ‘o pior de toda a história da Rússia’."
  • "Dois tremores de terra atingiram Roma na noite de ontem. (…) Tremores são raros na capital italiana."
  • "Foi o sismo mais forte da década no México. (…) Milhões de pessoas saíram às ruas."
  • "(…) Quatro mil casas foram destruídas e mais de mil tiveram suas estruturas comprometidas. (…) ‘Nossa cidade sumiu’, disse um morador de Dinar [na Turquia]."
  • "O sismo que devastou a cidade de Sungai Penuh [na Indonésia] é o mais forte a atingir o país desde o começo do século."
  • "Cerca de 400 tremores de terra foram registrados na Mongólia nos últimos dois dias."
  • "Como foi a primeira vez que Taiobeiras [cidade de Minas Gerais - Brasil] registrou o fenômeno, muita gente pensou tratar-se do fim do mundo."
  • "Uma série de pequenos tremores está deixando amedrontados os moradores da pequena cidade de Cajuru [Estado de São Paulo]."
  • "Pelo menos 304 pessoas morreram e 14 mil ficaram feridas no mais violento terremoto dos últimos oito anos na China. (…) Há mais de 186 mil casas destruídas e pelo menos 300 mil desabrigados."
  • "O maremoto [na costa do Peru] ocorreu depois de um terremoto de 6,7 graus na escala Richter no Oceano Pacífico. Outro terremoto, na região central do Chile, causou pânico ontem na capital, Santiago."
  • "Ter uma sucessão de três terremotos sérios numa determinada área em cerca de seis meses é um fenômeno bastante incomum nos últimos anos, disse Li Xuanhu, um dos diretores do Centro de Sismologia da China."
  • "O tremor foi seguido por mais de 300 réplicas de menor intensidade, que se estenderam até a manhã de ontem [no Equador]."
  • "O tremor de sábado foi o pior na região de Lijiang [na China] desde 1474."
  • "Equipes de resgate acreditam que o número de mortos pode chegar a três mil [no Irã]. (...) A movimentação sísmica dos últimos três dias segue-se a uma intensa atividade registrada em seqüência na Armênia, China, Paquistão e Japão.
  • "Duzentas aldeias foram destruídas, sete foram literalmente engolidas pela terra [no Irã]. (...) Mais de 4 mil pessoas morreram . (...) 'O tremor foi tão forte que várias vezes tentei sair de casa, mas fui empurrada para as paredes', contou a dona de casa Fatemeh Rafie. 'O solo formava ondas de quase meio metro; parecia que eu estava no mar'."
  • "Uma série de terremotos atingiu ontem várias partes do mundo [Índia, Espanha, México, El Salvador]."
  • "O terremoto que atingiu o litoral nordeste da Venezuela foi tão forte que a terra tremeu em Manaus, a 1.500 quilômetros de distância. (...) Foi o pior tremor na Venezuela em três décadas."
  • " 'Parece que houve um bombardeio sobre a basílica', comentou Antônio Paolucci, ex-ministro da Cultura e encarregado, junto com especialistas, de avaliar os danos à preciosa igreja de São Francisco de Assis. (...) De acordo com restauradores, o verdadeiro desastre está nos danos a centenas de igrejas romanas e pré-romanas de Marche e Úmbria." [ Obs.: Este terremoto ocorreu setembro de 1997. Em março de 1998 um novo tremor atingiu o centro da Itália, fazendo balançar novamente a igreja de Assis e causando danos no mosteiro de Santa Clara. O supervisor das obras de restauração da igreja exclamou: "Nós estávamos trabalhando no interior da igreja, quando tudo começou a tremer de novo. Entramos em pânico e saímos correndo para a rua."]
  • "O primeiro abalo foi seguido por mais de cem réplicas [na Indonésia]."
  • "Quase no mesmo horário do terremoto do Chile, dois tremores de intensidade mediana foram sentidos no centro da Argentina; também foram registrados tremores perto das ilhas Fiji e na Grécia. Anteontem um sismo de 4,9 graus havia atingido a região central da Itália."
  • "Tremor assusta população de Mato Grosso. O sismo, de 5 graus na escala Richter, foi o segundo maior já registrado no Brasil. O primeiro aconteceu na mesma região, em janeiro de 1995, e chegou a 5,6 graus.
  • "Pelo menos 4.400 corpos foram recuperados dos escombros deixados após o terremoto ocorrido terça-feira no Afeganistão. O porta-voz da aliança militar que controla a área disse que as colinas caíram umas sobre as outras, formando uma cratera gigante. Mais de 20 povoados foram destruídos."

    Erupções

    Sobre as atualizações dos dados contidos nesta página, ver "Uma palavra em 2010".

    Estima-se que existam atualmente 1.500 vulcões ativos no mundo, 550 em terra e o restante no oceano. Algumas regiões do planeta estão sendo monitoradas continuamente em relação à atividade vulcânica, como o Alasca, a Islândia, a Indonésia, o Equador, o Japão, a Itália e, mais recentemente, o México. Na Itália há cinco vulcões "preocupantes"; no Japão, oitenta e seis... E o número de erupções no mundo vem aumentando já há tempos.

    A título de ilustração, observe-se o gráfico abaixo (extraído da página Volcano), que mostra o registro de erupções conhecidas do vulcão Merapi, na Indonésia, ao longo dos últimos séculos, até o ano de 1997:

    As maiores erupções mundiais registradas no século XX ocorreram a partir de 1970, o que demonstra a extraordinária atividade vulcânica no planeta neste final de século. Estima-se que durante a década de 80 pelo menos 450 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas em razão de atividades vulcânicas.

    Na década de 70 houve 21 grandes erupções vulcânicas registradas. Já na década de 80 ocorreram 36 erupções desse porte. Apenas nos primeiros cinco anos da década de 90 (1990 a 1994), houve nada menos que 55 grandes erupções vulcânicas. Algumas erupções registradas no nosso século causaram espanto pela súbita entrada em atividade de vulcões "adormecidos" há décadas ou séculos, e também pela inusitada violência das explosões e conseqüências advindas:

    • Depois de mais de 175 anos de inatividade, o monte St. Helens, na região sudeste do Estado americano de Washington, entrou repentinamente em atividade na manhã do dia 18 de maio de 1980. Foi a maior erupção da história dos Estados Unidos. O estrondo foi ouvido e sentido num raio de 300 quilômetros. A força da explosão atirou a mais de 10 quilômetros de altura uma massa compacta de rocha e espalhou cinzas pela área de seis Estados americanos e três Províncias canadenses, deixando em algumas localidades uma camada de quase um metro. A erupção escureceu o céu em grande parte do Estado de Washington, tendo sido considerada equivalente à mais potente detonação nuclear já feita. Pelo menos 57 pessoas morreram, além de aproximadamente 7 mil animais de grande porte. Até então, em toda a história americana, apenas duas pessoas haviam perdido a vida em decorrência de erupções vulcânicas.
    • A erupção do vulcão mexicano El Chicón, em 1982, foi tão intensa, que envolveu todo o planeta numa ampla camada de ácido sulfúrico e hidroclórico.
    • Em 1983, o vulcão Kilauea (Havaí) entrou em erupção, e até fins de 1997 permanecia nesta situação.
    • Em 1985, a erupção do Nevado del Ruiz, na Colômbia, matou pelo menos 25 mil pessoas.
    • A erupção do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, ocorrida em junho de 1991 depois de mais de 600 anos de inatividade, foi considerada a segunda maior erupção vulcânica do século, acarretando a morte de aproximadamente 800 pessoas. O material lançado na atmosfera circundou o globo em três semanas e cobriu 42% do planeta dois meses depois da erupção. O inverno extremamente rigoroso da Nova Zelândia em 1992, os violentos ciclones daquele ano (como o Andrew e o Iniki), assim como as chuvas torrenciais que alagaram o meio-oeste dos Estados Unidos em 1993, foram atribuídos aos efeitos atmosféricos ocasionados pelo Pinatubo. Em julho de 1995, chuvas torrenciais transformaram em rios de lama as cinzas e as rochas depositadas na encosta do vulcão durante a erupção de 1991; cerca de 7.800 pessoas tiveram de fugir da lama, que invadiu várias localidades com uma altura de até três metros e cobriu pelo menos 266 casas.
    • Também em julho de 1995, um vulcão das montanhas Soufrière, na ilha de Montserrat, acordou violentamente depois de 400 anos sem dar sinal de vida. Cerca de 6 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas. Desde aquela época o vulcão permanece em atividade.
    • Em outubro de 1996, um vulcão inativo há 70 anos na Rússia entrou em atividade, ao mesmo tempo em que na Islândia um vulcão entrou em erupção sob uma capa de gelo de cerca de mil metros de espessura, provocando uma enchente de água e enxofre e formando uma espessa nuvem escura sobre o país.
    • Em 1997, o vulcão Popocatépetl, no México, teve a maior erupção dos últimos 72 anos, lançando fumaça e cinzas a 13 quilômetros de altura.
    • Em fins de 1997, geólogos descobriram que um vulcão próximo de Roma, extinto há dois mil anos, estava despertando. Uma enorme bolha de magma formara-se a 5km da superfície. De acordo com uma matéria publicada no jornal Sunday Times, estava-se observando nos últimos anos um recrudescimento da atividade vulcânica em toda a Europa...

    Alguns especialistas sustentam que as últimas grandes erupções vulcânicas tiveram um impacto significativo nas temperaturas das superfícies do mar e da terra, na pressão atmosférica e nos índices de precipitações pluviométricas. Em dezembro de 1997, cientistas britânicos publicaram um estudo sustentando que a mudança no nível dos mares causada pelo aquecimento global poderia provocar a erupção de centenas de vulcões novos ou inativos. A equipe notou que 90% dos vulcões ficam perto do mar ou são por ele rodeados. O aumento do nível da água corrói a lava e enfraquece as rochas, fazendo com que a montanha não possa suportar a pressão interna do magma e acabe explodindo. Esta teria sido a causa, segundo os cientistas, de um vulcão chamado Pavlov ter entrado em atividade.

    Também há estudos que procuram estabelecer uma correlação entre o deslocamento dos pólos magnéticos e as explosões solares com a freqüência das erupções vulcânicas. Os pólos magnéticos da Terra deslocam-se continuamente em torno dos pólos geográficos, os quais tampouco são estáticos. No período compreendido de 1850 a 1950, os pólos magnéticos deslocaram-se em média duas milhas por ano. A partir de 1950 — época do recrudescimento da atividade vulcânica — o pólo norte magnético se deslocou mais de 200 milhas, com um aumento de 400% de declinação. O Dr. R. B. Stother, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais, fez uma pesquisa em mais de 55 mil explosões solares catalogadas desde 1500, e encontrou uma relação entre os limites inferiores do ciclo solar e as erupções vulcânicas na Terra. Segundo o que foi divulgado, há 97% de chance de que esta correlação não seja uma simples casualidade.

    Assim como com os terremotos, as erupções vulcânicas também têm um índice que mede sua intensidade. É o Índice de Explosão Vulcânica (VEI). A tabela abaixo descreve as características dos oito estágios existentes:

    VEI

    Descrição

    Altura da fumaça

    Freqüência

    0

    não-explosivo

    <>

    diária

    1

    suave

    100 - 1000 m

    diária

    2

    explosivo

    1 - 5 km

    semanal

    3

    severo

    3 - 15 km

    anual

    4

    cataclísmico

    10 - 25 km

    um em10 anos

    5

    paroxísmico

    > 25 km

    um em 100 anos

    6

    colossal

    > 25 km

    um em 100 anos

    7

    super-colossal

    > 25 km

    um em 1.000 anos

    8

    mega-colossal

    > 25 km

    um em 10.000 anos

    Durante o século XX (até 1991) foram registradas cinco erupções com VEI 5 e duas com VEI 6, ultrapassando de muito as expectativas de ocorrência do fenômeno.

    O gráfico abaixo, à esquerda, mostra o número das erupções mais mortíferas conhecidas, abrangendo apenas aquelas que causaram mais de 500 mortes; observe-se o recrudescimento desse tipo de erupção no século XX. O gráfico da direita indica o número de mortes ocasionadas por essas erupções em cada século:

    O elevado número de mortos registrados no século XIX deve-se basicamente a duas erupções: a de Tambora, Indonésia, em 1815, que acarretou 92 mil mortes, e a famosa erupção de Krakatoa, também na Indonésia, em 1883, que matou mais de 36 mil pessoas.

    Uma visão conjunta das notícias sobre erupções vulcânicas, obtidas apenas em um intervalo aleatório de tempo, como amostragem, fornece uma idéia do incremento desse tipo de fenômeno em várias regiões do globo. Os dados apresentados a seguir referem-se apenas ao 2º semestre do ano de 19951. Em todos eles, os habitantes da localidade foram atingidos de uma ou de outra forma:

    • Em 31 de julho, o vulcão Nevado del Ruiz, na Colômbia, voltou inesperadamente à atividade. Os comitês de emergência declararam alerta ante o aumento dos fenômenos registrados no vulcão, que se situavam entre sete e dez movimentos por hora.
    • Em 15 de agosto, os especialistas detectaram uma "inusitada e repentina atividade" do vulcão Cerro Negro, na Nicarágua, e avisaram a população para se manter afastada das proximidades. Em fins de novembro o vulcão entrou em erupção, provocando a retirada de 3.500 pessoas das localidades próximas. Os fluxos de lava podiam ser vistos a quase dois quilômetros de distância, e sobre o vulcão subiu uma nuvem branca e cinza de mais de 4 mil metros de altura.
    • Em 27 de setembro, o vulcão Ruapehu, na Nova Zelândia, entrou em erupção. Durante quatro dias rochas incandescentes, lava e vapor d'água foram arremessados a até 3 mil metros de altura. A erupção foi a mais forte dos últimos 50 anos e provocou a suspensão dos vôos, interdição de estradas e corrida aos supermercados2.
    • Em 10 de dezembro, mais de 200 pessoas tiveram de se refugiar em albergues, em razão do aumento das erupções de gás, cinzas e pedras do vulcão Rincón de La Vieja, na Costa Rica.

    Além dos casos mencionados acima, houve ainda erupções ou atividades vulcânicas de grande porte em várias partes do mundo no ano de 1995, as quais, todavia, não mereceram maior interesse da imprensa, provavelmente porque não foram palco de grandes danos materiais ou mortes. O mesmo panorama se repetiu nos anos de 1996 e 1997.

    Ciclones

    Sobre as atualizações dos dados contidos nesta página, ver "Uma palavra em 2010".

    Os ciclones são movimentos circulares de ar fortes e rápidos. Recebem o nome de furacões ou tufões dependendo do lugar em que se formam, respectivamente nos oceanos Atlântico ou Pacífico. Já os fenômenos denominados de tornados, como o da foto acima, são movimentos de ar localizados, mas muito destruidores. O gráfico abaixo mostra a freqüência de ocorrência de tornados no mundo nos últimos anos (obtido no site http://www.accuweather.com). Observa-se que apesar de haver uma oscilação cíclica ao longo dos anos e de um ligeiro decréscimo na ocorrência dos tornados considerados fortes, a tendência é de um crescimento contínuo da somatória de todos os tipos de tornados (Obs.: Nos dias 3 e 4 de abril de 1974 os Estados Unidos foram assolados por 148 tornados):

    Aliás, em relação aos tornados fortes e violentos, qualquer temporada "atípica" já pode fazer crescer sua incidência. Em fins de fevereiro de 1998, por exemplo, uma série de 12 tornados atingiu a Flórida com ventos de 400 quilômetros por hora, matando pelo menos 38 pessoas, ferindo 250 e reduzindo bairros inteiros a montanhas de madeira, metal retorcido e vidro quebrado. Esta série de tornados matou mais pessoas que o furacão Andrew, um dos mais destruidores do século, que deixou um saldo de 32 mortes nos EUA em 1992. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, o número de vítimas foi o maior desde que as informações começaram a ser coletadas, há 50 anos... Em abril de 1998, uma nova série de tornados devastou os Estados do Alabama, Geórgia e Mississipi, causando 42 mortes e deixando pelo menos 104 feridos. Num único condado do Alabama, 500 casas foram destruídas e outras 400 sofreram danos graves; o governador do Estado disse ter sido a pior tormenta que ele já havia visto.

    Os ciclones são classificados em 5 categorias, de acordo com a força dos ventos. Na categoria 1 — intensidade mínima, os ventos estão entre 118 km/h e 152 km/h (na prática, até 130 km/h o fenômeno é chamado de tempestade tropical, e a partir daí de furacão). Na categoria 2 — intensidade moderada, os ventos variam de 153 km/h a 176 km/h. Na categoria 3 — intensidade forte, os ventos ficam entre 177 km/h e 208 km/h. Na categoria 4 — intensidade extrema, os ventos situam-se entre 209 km/h e 248 km/h. Na categoria 5 — intensidade catastrófica, os ventos passam de 249 km/h.

    De acordo com o cientista e ambientalista Dr. Joe Strykowski, os furacões são as formações atmosféricas mais poderosas da natureza. Segundo ele, um furacão de média intensidade produz energia equivalente ao consumo de eletricidade dos Estados Unidos durante seis meses. As chuvas provocadas pelo fenômeno também são descomunais. Já se registrou uma precipitação de 2.400 mm num período de quatro dias durante a passagem de um furacão pela Jamaica. Para se ter uma idéia do que esta marca significa, basta imaginar que uma piscina vazia, de qualquer tamanho, e com 2,4 m de profundidade teria sido enchida até a boca em quatro dias de chuva...

    A figura abaixo mostra a foto de um furacão obtida por satélite:

    hurricane2.gif (59001 bytes)

    O tipo mais fraco de furacão, a chamada tempestade tropical, já é porém suficientemente forte para causar graves danos, às vezes até maiores do que os provocados pelos furacões mais intensos. A tempestade que atingiu as Filipinas em agosto de 1995 matou 100 pessoas e deixou cerca de 60 mil desabrigados. Em outubro daquele ano uma nova tempestade tropical atingiu o país, matando 63 pessoas e deixando outras dezenas de milhares desabrigadas. No Texas, uma tempestade tropical com ventos de 110 km/h trouxe junto pedras de granizo do tamanho de bolas de tênis...

    Assim como acontece com outros fenômenos da natureza, a freqüência e intensidade dos ciclones também estão aumentando em todo o mundo. O Word Almanac faz menção a apenas um grande furacão no século passado, que matou cerca de 400 pessoas nos EUA entre os dias 11 e 14 de março de 1888. A mesma fonte informa que no século XX houve, até setembro de 1996, 89 grandes furacões e tufões, alguns deles com conseqüências catastróficas: os furacões David e Frederick que devastaram a República Dominicana em 1979 mataram 2 mil pessoas e deixaram 100 mil famílias desabrigadas. O tufão que atingiu as Filipinas em setembro de 1984 matou 1.363 pessoas, feriu 300 e desabrigou 1,12 milhões. O tufão que assolou Bangladesh em 12 de novembro de 1970, com ventos de 240 km/h, matou entre 300 e 500 mil pessoas e gerou uma onda de 15 m de altura que atingiu a costa do Paquistão Oriental, o delta do Ganges e seis ilhas da região; e o que castigou o país em 26 de abril de 1989 deixou cerca de 1.300 mortos e 50 mil desabrigados.

    O aumento do número de ciclones pode ser acompanhado também em várias regiões dos Estados Unidos, país bastante suscetível ao fenômeno. Os dados a seguir foram extraídos do relatório "Atlantic Hurricanes" de Gordon Dunn, publicado em 1960. Mesmo já defasados de várias décadas, os dados indicam muito claramente a tendência de um crescimento contínuo do número de ciclones:

    1. Região de Nova Inglaterra
      Em todo o século passado foram registrados 15 ciclones na região; com apenas um deles considerado como de extrema intensidade. Nas primeiras décadas do nosso século registrou-se 14 ciclones, dos quais cinco foram de extrema intensidade.

    2. Estados da costa Leste
      Em todo o século passado: 16 ciclones. No século XX, até 1955: 17 ciclones.

    3. Flórida
      Em todo o século passado: 73 ciclones, nenhum extremo registrado e 14 ciclones sem registro de intensidade. No século XX, até 1958: 81 ciclones, com 7 de extrema intensidade.

    4. Louisiana, Mississipi e Alabama
      Em todo o século passado: 34 ciclones. No século XX, até 1957: 51 ciclones.

    5. Texas
      Em todo o século passado: 45 ciclones. No século XX, até 1958: 48 ciclones.

    No próprio século XX, a intensificação crescente do fenômeno é patente. A tabela a seguir mostra o número de grandes furacões e tufões ocorridos na primeira e segunda metades do nosso século (até 1996):

    GRANDES FURACÕES E TUFÕES NO MUNDO

    Período

    N.º de furacões e tufões

    N.º de mortes

    1900 a 1949

    12

    61.874

    1950 a 1996

    77

    1.069.797

    Obs. Um único ciclone que atingiu Bangladesh em 30 de abril de 1990 causou a morte de 139 mil pessoas.

    O pesquisador Christopher W. Landsea fez uma lista com os dez furacões mais destruidores do século. Segundo ele, apenas um ocorreu na primeira metade do século, em 1938, causando prejuízos da ordem de US$ 3,6 bilhões. Os outros nove ocorreram a partir de 1954, acarretando um custo global de US$ 66,4 bilhões. O último deles (até agora) foi o Andrew, que sozinho foi responsável por danos estimados em US$ 25 bilhões.

    Transcrevo a seguir as palavras do Dr. Strykowski sobre o aumento da freqüência dos furacões: "Eis o que sabemos com certeza: os furacões estão ocorrendo em intensidade e freqüência maiores. Os dados das companhias de seguro indicam que ocorreram 29 tempestades catastróficas na década de 90 [até 1997]. É mais que o dobro do registrado na década de 70, que foi de 14. E o ano de 1995 produziu mais furacões que toda a década de 60."

    O ano de 1995, de fato, assombrou o mundo pela quantidade de furacões, tufões e tempestades tropicais. Foi o maior acúmulo de ciclones desde 1933. No período de maio a dezembro de 1995, os jornais noticiaram a ocorrência de 8 tufões, 11 furacões, 19 tempestades tropicais e 4 tornados de forte intensidade, que mataram cerca de 1.200 pessoas, deixando um saldo de centenas de desaparecidos e mais de um milhão de desabrigados. Uma imagem de satélite de agosto de 1995 mostrava uma imagem inédita: uma fila de 3 tempestades tropicais e 2 furacões atravessando o Atlântico da África para o Caribe. É notório o contraste com o número de ciclones ocorridos na primeira metade do século, que registrava uma média de 2 a 3 por década.

    Os trechos transcritos abaixo foram extraídos de vários jornais apenas no período de maio a dezembro de 1995. Observe-se a quantidade de informações sobre a inusitada e inesperada violência dos fenômenos:

    • "Foram registrados ontem mais de 70 tornados que atingiram todo o sudeste do país [Estados Unidos]."
    • "Um poderoso tufão atingiu ontem a Coréia do Sul (…) Um ônibus foi arrastado ao mar por ondas de até seis metros."
    • "O tufão Helen deixou destruídas 40 mil casas e 70 mil hectares de terras cultivadas [na China]."
    • "Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, o furacão Félix surpreendeu pela força e tamanho, já que os efeitos foram sentidos por toda a costa leste [dos Estados Unidos]."
    • "(…) Danos à agricultura e prejuízos incalculáveis com a destruição de pontes, portos, avenidas e moradias é o saldo do temporal que atinge o Chile há cinco dias. (…) A situação da agricultura tem sido classificada de ‘catastrófica’ devido à morte de 170 mil cabeças de gado."
    • "O tufão Kent foi considerado o pior tufão do ano [na China]."
    • "O furacão Luís é considerado o pior a atingir as Antilhas em 40 anos. Metade das casas de Antígua foram destruídas."
    • "(…) ‘A ilha está devastada’, afirmou um morador de Porto Rico [em conseqüência da passagem do furacão Marilyn]."
    • "[Oscar] foi o mais violento tufão que já atingiu a região de Tóquio desde a Segunda Guerra Mundial. (…) [Além de várias outras vítimas], um homem e seu filho morreram depois que ondas de dez metros de altura os arrastaram para o mar."
    • "Não me lembro de ter visto um tufão parecer tão ameaçador quanto este [tufão Ryan] desde a passagem do Wayne, em 1986, disse um oficial do serviço de meteorologia [de Taiwan]."
    • "O Opal foi o segundo furacão a causar mais prejuízo na história dos EUA (…) Foi o furacão mais forte a atingir a região norte do Golfo do México desde agosto de 1969 (…) [No Estado de Tabasco], choveu em três dias mais do que em todo o ano de 1994."
    • "O Roxanne é o segundo furacão a atingir a região [México] em menos de dez dias [depois do Opal]."
    • "O total de mortos do pior tufão [Ângelo] que já atingiu as Filipinas nos últimos dez anos pode chegar a 700 (…) ‘Nunca havíamos visto um tufão como este’, disse Raul Lee, governador da Província de Sorsagon."
    • "A tormenta causou danos em 189.600 residências, destruiu 107 mil acres de terrenos com hortaliças, derrubou 44 mil árvores e mais de 40 km de cabos elétricos [na China]."
    • "O tornado rompeu presilhas de aço de uma polegada de espessura. Ele levantou e retorceu a estrutura do telhado [do ginásio], também de aço, de 200 metros de extensão e 200 toneladas [no Brasil - Universidade de Campinas]."

    Em razão do aumento inusitado na freqüência e intensidade dos furacões, têm sido feitas tentativas de se prever o fenômeno, sem muito êxito porém. A tabela abaixo mostra as previsões efetuadas pela Universidade do Colorado em 1995 e 1996 com base no estudo da variação do clima mundial, e as ocorrências efetivamente registradas:

    ANO

    TEMPESTADES TROPICAIS

    FURACÕES

    FURACÕES EXTREMOS

    Previsão

    Registrado

    Previsão

    Registrado

    Previsão

    Registrado

    1995

    12

    19

    8

    11

    3

    5

    1996

    10

    13

    6

    9

    2

    6

    Em 1996, os ciclones provocaram milhares de mortes nos seguintes países (alguns deles atingidos mais de uma vez): México, Índia, Bangladesh, Taiwan, Cuba, Nicarágua, Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos, Porto Rico, Antígua, Madagascar. O que atingiu Bangladesh no mês de maio (um tornado) acarretou pelo menos 700 mortes; sobreviventes disseram que o pior momento da passagem do ciclone durou apenas cinco minutos, que a temperatura subiu muito e que "o céu ficou vermelho…"

    Apesar de não ter sido igual a 1995, o ano de 1996 ultrapassou em muito qualquer previsão dos especialistas. A tabela abaixo mostra a razão entre vários parâmetros do ano de 1996 em relação à média dos dez anos mais ativos desde quando teve início os registros (excetuando-se o ano de 1995):

    Tempestade

    Dias com Tempestade

    Furacão

    Dias com Furacão

    Furacões Extremos

    Dias com Furacões Extremos

    Potencial Destrutivo (HDP)

    Média dos dez anos mais ativos

    7,3

    38

    4,2

    17

    1,2

    2,2

    49

    Ano de 1996

    13

    78

    9

    45

    6

    13

    139

    Razão entre 1996 e os dez anos mais críticos

    1,8

    2,0

    2,1

    2,6

    5

    5,9

    2,8

    A intensidade dos ciclones em 1997 pode ser avaliada pelas seguintes notas de jornais:

    • "Um ciclone matou ontem mais de 350 pessoas em Bangladesh e afetou a vida de quase 2,5 milhões, segundo o governo. (...) A ilha de Saint Martin está sob dois metros de água."
    • "Segundo o ministro do Interior [do Paraguai], Atilio Fernández, o furacão foi o pior dos últimos 20 anos."
    • "A passagem de seis tornados consecutivos provocou a morte de 33 pessoas no Texas. (...) Foram os mais devastadores desde os que atingiram Waco em 1953 e Goliand em 1902. (...). 'O fenômeno parecia um aspirador gigante, que sugou tudo por onde passou', comparou Max Johnson, voluntário que está ajudando a recuperar os corpos."
    • " 'Foi a coisa mais incrível que já vi. No acostamento da BR-277, todas as árvores tinham sido arrancadas' [no Estado do Paraná - Brasil], conta o capitão Loemir Mattos, comandante da Defesa Civil da Região. (...) 'A cidade de Nova Laranjeiras desapareceu do mapa, acabou, é o cenário do filme Twister', disse o repórter Alduir Couto. 'Há postes jogados sobre o que restou de algumas casas'. "
    • "Cerca de 400 pessoas morreram e outras 20 mil ficaram desabrigadas devido à passagem do furacão Pauline [no México]. (...) O Pauline está sendo considerado o furacão mais destrutivo a atingir o México desde o Gilbert, que devastou o norte do país em 1998. (...) Nas ruas de Acapulco a água chegou a 1,5 m de altura. (...) Muitas pessoas passaram a noite dormindo nas ruas, molhadas e cheias de lama, depois de terem perdido suas casas para o furacão." [Obs.: O Gilbert matou cerca de 350 pessoas e deixou 750 mil desabrigados no Caribe, México e Estados Unidos.]
    • "O tufão Linda, descrito como o pior do século, matou 580 pessoas [no Vietnan]; pelo menos 2, 5 mil pessoas continuam desaparecidas. (...) Cerca de 1,1 mil barcos afundaram e mais de 2 mil casas foram destruídas em Kien Giang. (...) Três quartos das áreas de produção de arroz do país foram inundadas."
    • "A Força Aérea da Nova Zelândia retirou um terço da população da região norte das ilhas Cook, no Pacífico, devastada pelo ciclone Martin no fim de semana passado."
    • "O tufão Winnie já matou pelo menos 72 pessoas em Taiwan, na China e nas Filipinas, forçando dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas."
    • "Na ilha de Amami Oshima [Japão], mais de 24 mil casas ficaram sem eletricidade depois que os ventos [do tufão Oliva] cortaram as linhas de transmissão elétricas e destruíram edifícios."
    • "Vítimas do ciclone em Bangladesh chegam a 51. (...) A tormenta provocou a formação de enormes ondas e fez a maré subir mais de 1,5 m, destruindo 80% das casas da região."

    Além desses casos mais graves, registrou-se também a passagem da tempestade tropical Bining pelas Filipinas, com um saldo de 22 mortos, e ainda duas mortes provocadas pelo furacão Danny nos Estados Unidos.

    No início de 1998, uma série de tornados provocou mortes e destruição num único dia em cinco Estados americanos: Arkansas, Kentucky, Ohio, Mississipi e Tennessee. Em fevereiro, como já mencionado, uma série de 12 tornados devastou completamente uma região da Flórida e em março foi a vez de três outros Estados americanos; saldo dessas duas levas de tornados: 80 mortos e 354 feridos. Também em março um único ciclone que atingiu a Índia deixou pelo menos 200 mortos, 500 desaparecidos, mil feridos e 10 mil desabrigados.