O mais importante é saber que muitos acidentes podem ser evitados.

Primeiros Socorros

Procedimentos fundamentais de assistência a vítimas de acidentes.

Os primeiros socorros são procedimentos básicos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em situação de risco de vida, procurando manter os sinais vitais bem como impedir o agravamento, até que a vítima receba adequada assistência.

Portanto, a prestação de primeiros socorros não exclui a importante avaliação de um médico, sendo de fundamental necessidade o atendimento clínico o mais breve possível.

Nesta ocasião o indivíduo que primeiro inicia o auxílio, geralmente aquele que presenciou ou chegou instantes do ocorrido, necessita manter a calma para agir sem pânico, procedendo de forma rápida, precisa e com precaução, atento a condições que não coloque a vítima em risco.

Entre os principais aspectos destacam-se: percepção sobre a dimensão e gravidade do acontecimento, solicitar auxílio de outra pessoa mais próxima e capacitada, comunicar entidades públicas competentes (órgãos de saúde – SAMU / 192, Corpo de Bombeiro / 193, se for o caso a Polícia / 190), transmitir tranqüilidade e confiança aos envolvidos em estado consciente, improviso e agilidade empregada aos conhecimentos básicos de primeiros socorros.

Procedimentos conforme o agravo:

Transporte de vítimas:

- Visualmente (sem tocar a vítima), observar qualquer ocorrência de fratura;
- Se a vítima estiver lúcida, respondendo com clareza a perguntas diretas, averiguar aspectos relativos à sensibilidade;
- Se suspeitar ou constatar fraturas (principalmente vertebral), manter a vítima imóvel no local do acidente, não provocando o deslocamento da mesma.
- Havendo necessária remoção, arrastar a pessoa acidentada com auxílio de um cobertor ou tábua, mantendo a cabeça da vítima erguida;

Parada Cárdio-respiratória:

- Observar ausência de movimentos do tórax, respiração e pulsação, arroxeamento da face e unhas, baixa temperatura corporal, inconsciência e imobilidade;
- Não é recomendo reanimar a vítima, fornecendo a ela substâncias para comer, beber ou cheirar.

- A pessoa ferida deve ser colocada com cuidado de costas para o chão, com devida atenção, evitando qualquer lesão na medula ou comprometimento já existente;
- Deve ser verificada (visualmente) obstrução das vias respiratórias: nasal e bucal, retirando se possível qualquer objeto que impeça a respiração da vítima;
- Com as mãos posicionadas sobre a região inferior do osso vertical externo, no centro do peito deve ser iniciada a massagem cardíaca, efetuando pressões no tórax em intervalos curtos;
- No mesmo instante da massagem, outra pessoa deve realizar respiração boca-a-boca, estendendo levemente a cabeça da pessoa para traz, mantendo o queijo erguido, evitando assim dobra do pescoço;
- Com o indicador e o polegar, devem ser fechadas as narinas da vítima;
- Em seguida deve-se abrir a boca da vítima, posicionando os lábios do socorrista contra os lábios da vítima, enchendo os pulmões de ar e soprando até inflar os pulmões do acidentado, distendendo o tórax.
- O processo associado de respiração boca-a-boca e massagem deve ser repetido continuamente até que o coração volte a pulsar, obedecendo a freqüência de um sopro para cada cinco pressões.

Observação: caso esteja sozinho, são aconselhados dois sopros para cada dez pressões torácicas.

Queimaduras

- Isolar a vítima do agente causador do acidente (fogo ou substâncias químicas lesivas: por exemplo, um ácido);
- Lavar a área queimada com água corrente limpa;
- Se houver tecido da vestimenta aderido ao ferimento, este pode ser retirado de forma a não aumentar a lesão, no instante em que se estiver lavando o local;
- Não colocar água fria, gelo ou sabão sobre o ferimento;
- proteja o local com pano e tecido limpo, mantendo a região mais elevada em relação ao resto do corpo para evitar inchaço;
- Procure um centro de queimadura mais próximo de sua residência.

Corte

- Lave o local com água limpa e pressione levemente o ferimento com pano até cessar o sangramento;
- Não utilize soluções ou medicamentos caseiros, evitando processo alérgico ou infecções;
- Se houver necessidade de sutura (ponto), caso o corte seja profundo, deve ser procurado uma unidade hospitalar.
- É importante não deixar um ferimento grave exposto ao ar livre, sujeito a contaminação e infecção.

Fraturas

- Se a fratura for exposta, cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. Em hipótese alguma tente realinhar o membro ou retornar o osso, isso pode agravar a situação;
- Imobilize a região lesada com tábua, papelão ou madeira, envolvendo uma faixa;
- Em caso de sangramento incessante (hemorragia), realize uma leve compressão com pano limpo.

Dicas Saudáveis - Saúde - Brasil Escola

Aprender técnicas de primeiros socorros deveria ser algo tão comum quanto aprender a dirigir. “Ninguém compra um carro sem pensar em tirar a carteira de motorista. Assim deveria ser também com o primeiro socorro”, diz o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná Paulo César Moreira. “O ideal seria que todos se preparassem", afirma.

O mais importante é saber que muitos acidentes podem ser evitados. Mas, caso ainda assim aconteçam, é importante ter quem possa prestar o primeiro atendimento enquanto um profissional da área da saúde não chega. "Saber como proceder em situações básicas ajuda a evitar muitas seqüelas nos acidentados. O principal é manter a calma e, se não souber o que fazer para ajudar, é importante saber, ao menos, o que não fazer para não atrapalhar”, diz a enfermeira Juliana Eggers, da Secretaria de Saúde do Paraná.

Manoel Canesin, coordenador de emergências da Sociedade Brasileira de Cardiologia, conta que nos Estados Unidos, onde o primeiro socorro faz parte da grade curricular nas escolas, é recorrente ouvir que uma criança salvou o avô ou a avó que sofreu um ataque cardíaco em casa, utilizando técnicas de ressuscitamento, com apoio do atendimento do 911 (serviço telefônico Norte americano de emergência).Aqui no Brasil é 190

Telefones de emergencias aqui no Brasil...

Serviços Públicos de Emergência
100	Secretaria dos Direitos Humanos
128	Serviços de Emergência no âmbito do Mercosul
180	Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
181	Disque Denúncia
190	Polícia Militar
191	Polícia Rodoviária Federal
192	Serviço Público de Remoção de Doentes (ambulância)
193	Corpo de Bombeiros
194	Polícia Federal
197	Polícia Civil
198	Polícia Rodoviária Estadual
199	Defesa Civil

Acidentes no âmbito escolar

Acidentes no ambiente escolar são muito freqüentes. A curiosidade natural das crianças expõe-nas a situações de risco nem sempre perceptíveis para seus responsáveis. Somente após o acidente é que o professor percebe o perigo de uma cadeira próxima à janela ou um móvel pontiagudo na sala de aula. Muitas vezes, os professores não recebem um treinamento adequado em “primeiros socorros”, assim, diante de uma situação extrema, não sabem como proceder.

Como atender uma criança que passa mal na sala de aula? O que fazer ao se presenciar um atropelamento na porta do colégio? Pode-se aplicar algum produto numa queimadura? Pela falta de informação, é comum que educadores realizem procedimentos inadequados ao atenderem crianças acidentadas na escola. Esse problema é agravado quando não há um eficiente serviço de atendimento de emergência.

Não há necessidade de grandes investimentos para melhorar a saúde da comunidade. Os educadores aprenderam o que fazer – e o que não fazer – em situações de emergência e ensinam aos alunos. No Brasil, Ministério da Saúde iniciou as técnicas de suporte básico da vida (o primeiro socorro) será ensinado em escolas públicas para crianças de 8 a 12 anos. “Elas aprendem e ensinam em casa, em um processo multiplicador”, diz Canesin.Vidas são salvas com essas informações e manobras simples, porém valiosas.

Maioria dos acidentes domésticos acontece na cozinha

Sabe-se que 80% dos acidentes com crianças acontecem dentro de casa. E que são acidentais 79% das mortes por causas externas em crianças até 14 anos, conforme dados do Ministério da Saúde. Tais estatísticas apontam para a necessidade de haver pessoas preparadas para fazer o primeiro atendimento.

Em casa, a cozinha costuma ser o principal lugar dos imprevistos. Além de ser um dos ambientes mais freqüentados da residência, é onde (literalmente) se mexe com fogo, com produtos químicos para limpeza, e se utilizam eletrodomésticos perto de torneiras. Um prato cheio para o sinistro. “Fora os acidentes de trânsito, que são os campeões de atendimento do Siate (62,3% das emergências em 2007), as queimaduras são a principal causa de chamadas”, diz o diretor do Sistema de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde de Curitiba, Matheos Chomatas.

Em casos “caseiros” como estes, ter alguém na família consciente sobre que atitude tomar é essencial. Pronto-atendimento de queimadura, por exemplo, é colocar a região atingida em água corrente sem pressão e chamar apoio médico.

Em muitas outras situações, o melhor é não fazer nada. Isso não quer dizer negligenciar a vítima. Mas, sem o treinamento necessário, uma atitude precipitada pode piorar o quadro do acidentado, resultando em agravamento das lesões e até levar à morte. É o caso da massagem cardíaca, por exemplo. Os especialistas contam que é uma técnica simples e que efetivamente salva vidas. “Mas não dá para fazê-la seguindo o passo a passo de um manual sem antes ter treinado”, alerta Manoel Canesin.

Assim, vale o (não muito sutil) ditado popular de que “muito ajuda quem não atrapalha”. E para não atrapalhar, deve-se saber, ao menos, como não agir em determinadas circunstâncias.

Saiba o que deve fazer parte do seu kit emergência

Esqueça a caixa de primeiros socorros abarrotada de medicamentos. Alguns produtos simples e baratos são a melhor opção para ter no kit

– Não há grandes kits a serem montados. Nos pequenos cortes, o melhor ainda é a boa higienização com água e sabão, para evitar infecções.

– Medicamentos só deve compor o kit se for recomendado por um médico. E nunca é demais lembrar que o que serve para uma pessoa pode ser prejudicial a outra.

– Algodão, gaze esterilizada, iodo-povidine, esparadrapos, curativos adesivos, luvas descartáveis, tesoura (com ponta arredondada) são componentes essenciais do kit.

– Não guarde esses produtos em grande quantidade, para não correr o risco de usá-los com prazo de validade vencido. Descarte pontas de gaze ou faixa que sobraram.

– Mantenha seu kit em uma caixa reforçada, impermeável e com uma tampa bem segura.

– Deixe-a em um lugar seguro e longe do alcance das crianças.