A aparição de um novo plano B criou uma saia-justa entre o Atlético-PR, a prefeitura e o Comitê Paranaense da Copa 2014. A nova saída foi sugerida pelo ex-presidente do IPPUC e atual administrador da Regional Matriz, Luiz Hayakawa, com apoio do Instituto de Engenharia do Paraná e alguns vereadores.
Insatisfeitos com a ideia de distribuir R$ 90 milhões em potencial construtivo para o Rubro-Negro, eles viram na Vila Capanema uma solução mais viável para a cidade. A justificativa foi a de que, mesmo um novo estádio custando R$ 600 milhões, já existiriam vários projetos planejados para a área que beneficiariam uma parcela maior da população.
Como a reunião na Câmara Municipal era para discutir a infraestrutura da cidade, mas na prática também tinha a intenção de começar um trabalho de convencimento sobre a doação dos títulos imobiliários, a sugestão deixou atônitos os representantes do Atlético-PR e do governo.
- Fui pego de surpresa. Trouxeram um plano B aqui enquanto estão nos convidando a assinar o plano A - disse Gláucio Geara, presidente do Conselho Deliberativo rubro-negro.
- Estão dando um tiro no pé. Vou ligar agora para o prefeito - rebateu Algaci Túlio, secretário especial para Assuntos da Copa, ligado ao estado, que já havia ido tirar satisfações com Hayakawa.
O funcionário da prefeitura, contudo, explicou que aquela seria apenas uma saída para o caso de não serem encontradas as soluções jurídicas para viabilizar o empréstimo que o governo estadual pretende fazer à construtora que ficar encarregada da obra, pegando como garantia o potencial construtivo. Mais tarde, a assessoria de imprensa da prefeitura entrou em contato com a Gazeta do Povo para reforçar que a Arena da Baixada é o único plano oficial.
A manobra jurídica está sendo elaborada pelas procuradorias estadual e municipal, e deverá ser apresentada até sexta-feira. Além de um termo de conduta, são necessários mais dois projetos de lei: um para a Assembleia Legislativa votar, outro para a Câmara de Vereadores. No âmbito municipal, entretanto, há uma relutância grande em relação ao potencial construtivo.
Boa parte dos vereadores presentes na reunião trataram a estratégia diretamente como uso de dinheiro público. Para alguns, a utilização dos títulos imobiliários já configuraria isso. Para outros, por achar que, no fim das contas, serão os títulos o pagamento ao Fundo de Desenvolvimento Econômico do governo estadual - no caso de a construtura não honrar os compromissos.
- Isso ainda irá causar muita polêmica - afirmou o vereador Mário Celso Cunha, presidente da comissão da casa para a Copa.
Nessa terça-feira, o governador Orlando Pessuti enviou à Assembleia um anteprojeto de lei para isentar de tributos estaduais até dezembro de 2014 todos os “fatos geradores” relacionados à Copa das Confederações e à Copa do Mundo. Na sede do governo, ninguém foi encontrado para explicar, na prática, como isso irá funcionar.
Segundo o governador e o presidente do Atlético, uma solução pró-Arena foi encontrada e e "só uma reviravolta" tira o Mundial do estádio atleticano
A confirmação do projeto, no entanto, ainda precisaria da aceitação de uma construtora em utilizar o potencial construtivo, que seria cedido pela Prefeitura de Curitiba, como pagamento.
Ao contrário de outros encontros, o presidente atleticano Marcos Malucelli saiu otimista e disse que agora “apenas uma grande reviravolta tira a Copa da Arena”
Ao contrário de outros encontros, o presidente atleticano Marcos Malucelli saiu otimista e disse que agora “apenas uma grande reviravolta tira a Copa da Arena”
Abaixo assinado contra o uso de dinheiro público em estádios /Nota Oficial do SPFC (17/06/10)
Caros brasileiros(as) e “eleitores” de todos os Estados da Federação envolvidos com a Copa,O Brasil conseguiu o direito de sediar dois eventos importantíssimos no calendário esportivo, a Copa de 2014 e as Olímpiadas de 2016 no Rio de Janeiro. Das 12 sedes designadas inicialmente, nove projetos são de investimento público e três são de investimento privado para construção e reforma de estádios. Exatamente essas três sedes onde o investimento é divulgado como privado, são aquelas que mais críticas sofreram por parte da FIFA e do LOC nos últimos tempos, com um dos estádios apresentados pela sede de São Paulo, o Morumbi, já excluído oficialmente da Copa de 2014. A Arena da Baixada em Curitiba possivelmente será o próximo alvo.Por tudo isso e diante dos problemas ocorridos no Pan do Rio de Janeiro, onde houve superfaturamente em vários aparelhos esportivos assim como quase nenhum legado ao carioca, esse abaixo-assinado visa alertar e conscientizar os “eleitores” para que investiguem os projetos onde o poder público de seu Estado será o ator principal, protestando contra superfaturamentos e privilégios a grupos econômicos, como as notícias vão divulgando a cada semana em diversas sedes, com projetos tendo os valores corrigidos sempre PARA CIMA mesmo depois de reformas recentes já ocorridas, como no caso do Maracanã.Já os “eleitores” dos Estados onde os investimentos para construção e reforma seriam privados, devem continuar exigindo e fiscalizando os governantes para que esse objetivo seja alcançado, pois tanto São Paulo quanto Curitiba e Porto Alegre, já tem os seus clubes jogando em algum estádio, portanto a construção de outro, com todas as exigências da FIFA que encarecem o projeto sobremaneira, visando apenas alguns jogos da Copa do Mundo, é uma prática criminosa e irresponsável para essas capitais que já convivem com tantos problemas em vários aparelhos públicos, como na falta de hospitais, falta de escolas, falta de creches e falta de segurança.Dessa maneira pedimos que além de assinar nosso abaixo-assinado, que será divulgado por todos os meios e entregue aos nossos representantes públicos ao final da campanha, que esse esforço seja divulgado para seus conhecidos, pois nesse ano eleitoral somos nós os principais agentes que podem sim mudar o Brasil, basta acreditarmos nisso e na força de nosso voto.Cruzar os braços e negligenciar tal situação é não ter conhecimento da força que temos se estivermos unidos em torno de um objetivo, que nesse caso é “zelar” pelo nosso suado dinheiro que pagamos em impostos, que queremos ver em melhorias para a população em geral.Participe e divulgue:OBS: Basta colocar nome, e-mail e RG (não necessitando preencher os outros campos) e clique em assinar.
Abaixo assinado contra o uso de dinheiro público em estádios /Nota Oficial do SPFC (17/06/10)
- Julio | 27/09/2009 | 20:03Pessoal, a questão é bem simples: o Estado não pode doar dinheiro a nenhuma instituição privada. Há uma diferença entre um banco do estado (como o BNDES) emprestar o dinheiro e doar. Não há legalidade na doação desta verba para o Atlético, a não ser que alguma emenda constitucional seja votada e aprovada para que isto seja possível.Luiz Schuwinski | 27/09/2009 | 12:24A concretização de Curitiba como uma das sedes da próxima Copa, já seria motivo de muita comemoração. Mas, o que estamos assistindo é a eterna briga autofágica que tanto nos envergonha. Tenmos que pensar a cidade como um todo. Acima de partidarismos ou interesses mesquinhos. Os bilhões que serão aqui investidos, beneficiarão 3,5 milhões de pessoas que vivem em Curitiba e Região Metropolitana! Se dormirmos de toca, teremos que assitir os jogos em outra cidade. Queremos racionalidade e competênciaAntonio | 25/09/2009 | 07:10É o seguinte. No fundo, ningém sabe exatamente se uma edição da Copa trará ou não benefícios à cidade. Aí dividem-se atleticanos e coxas para falarem segundo sua ótica de torcedores! Uns apoiam outros não! Verdadeiramente a história de grandes eventos desportivos tem demonstrado que a participação do Estado (grande arrecadador e mau investidor) é fundamental para sua realização. Assim, melhor ter alguma coisa vinda do Estado do que nada! Haverá de sobrar, sempre, alguma coisa positiva!Mônica Rodriguez | 25/09/2009 | 00:41A declaração do tal vereador Mário Celso cheira a chantagem com o povo: "doem 100 paus para o meu time que surgem 2 bi para o a coletividade". Típico de quem não sabe que o interesse público prevalece nos atos da Administração Estatal, segundo qualquer Constituição e qualquer ordenamento jurídico de um país sério. Não entendo como um "escrevinhador de fofocas" da Tribuna e "locutor de simpatias" do rádio brega popularesco consegue ter votos para vereador. É um Carlos Simões piorado...Ronaldo | 24/09/2009 | 17:52A questão é a seguinte: dinheiro público serve para serviço público e para a sociedade. Não se aplica dinheiro de todos para dar a um particular. Aos atleticanos desinformados, então seria justo um político aplicar dinheiro público em sua empresa porque ele fará as cadeiras do estádio (p. ex.)? E não acreditem que estes bilhões virão para a cidade. Muito disto se perderá nas dicussões de verbas e outros nos bolsos daqueles que só querem se aproveitar do volume financeiro.
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