O artigo visa divulgar o
conceito de pico da produção mundial
de petróleo (Pico de Hubbert), assim
como a metodologia utilizada para
estimar sua data de ocorrência.
Apresentam-se ainda dois cenários
para a produção futura de petróleo: o
de um grupo de especialistas
seguidores da metodologia de Hubbert
e o adotado por órgãos
governamentais norte-americanos.
O pico da produção de petróleo deverá
ocorrer – se a hipótese apresentada no
artigo estiver correta – em poucos
anos, tornando crucial a questão da
sua substituição como fonte de
energia. As perspectivas das diversas
fontes alternativas com potencial para
substituir parcialmente o petróleo são,
portanto, examinadas sumariamente.
O trabalho faz igualmente
comentários a respeito da situação do
Brasil em face de uma possível crise
energética, concluindo que a posição
do país é relativamente favorável
O "Pico do Petróleo" como um substantivo próprio (Peak Oil em inglês) refere-se a um evento singular na história: o pico da produção do petróleo na Terra. Após este Pico, segundo a teoria, a produção global de petróleo ingressará em um estado de declínio terminal. A teoria deve seu nome a um geólogo estadunidense, Marion King Hubbert, que criou um modelo de reservas petrolíferas, e propôs em um informe técnico apresentado aoInstituto Americano do Petróleo em 1956 [1] que a produção derivada de fontes convencionais nos Estados Unidos contíguos (Alasca excluído) atingiria seu ápice entre 1965 e 1970. O pico global ocorreria "mais ou menos meio século" após a publicação. King, que até então havia gozado de grande respeito em sua profissão, passou a ser ridicularizado e a sofrer ostracismo da parte de seus colegas.
Quando o Pico do Petróleo ocorrerá é um assunto de grande controvérsia. Picos de produção são notadamente difíceis de prever, e em geral só podem ser identificados de maneira segura em retrospecto. A produção estadunidense culminou em 1971, apenas um ano mais tarde do que o previsto por Hubbert. O pico da descoberta de reservas petrolíferas por sua vez ocorreu em 1962 [2]. De acordo com as avaliações mais pessimistas, inclusive a do próprio Hubbert, o Pico do Petróleo já deveria ter ocorrido. Estimativas mais respeitáveis quanto à data exata abrangem o período entre 2005 e 2025, com maior número de previsões para o período 2015-2020.
Opiniões sobre os efeitos do Pico do Petróleo, e o declínio terminal a seguir, variam enormemente. Alguns prevêem que a economia de mercado proverá uma solução que impedirá disrupções graves. Outros avistam um cenário apocalíptico: a dissolução econômica global, o completo colapso das sociedades industrializadas, e o perecimento da maior parte da população do planeta devido à fome, epidemias e conflitos armados.
atinge o Pico de Hubbert no ano 2011.
A teoria do Pico do Petróleo ou Pico de Hubbert :
Petróleo, pico de Hubbert, ambiente & crise :
A mudança para um novo paradigma energético
A curva de Hubbert baseia-se no facto de o processo que conduz ao esgotamento de um recurso finito ser constituído por três etapas: 1) A produção principia no zero; 2) O fluxo de produção ascende até alcançar um pico, ou seja, um máximo que já não pode ser ultrapassado; 3) Após o pico o fluxo de produção declina, assintoticamente, até o esgotamento do recurso. No caso do petróleo, se a produção (em milhões de barris/dia) for posta em ordenadas e o tempo (em anos) em abcissas, pode-se obter um retrato claro da situação de um país, de uma província petroleira ou até ao nível mundial. A curva mostra as variações da produção anual e a área abaixo da curva a produção acumulada.
No caso do petróleo a curva de Hubbert tem um formato de sino (ajustamento logístico), tendo início por volta de 1850 (ver gráfico). A nível mundial o seu pico verificar-se-á entre 2003 e 2006. Isto significa que dentro em breve a espécie humana começará a gastar a “segunda metade” do seu stock de petróleo, das suas reservas provadas+possíveis. Este facto — a morte anunciada de um bem não renovável — tem consequências profundas e pesadas para toda a humanidade. Se o modo de produção capitalista fosse racional, a humanidade teria tempo suficiente — pelo menos uns 50 anos — para preparar uma transição suave para um mundo sem petróleo. Mas seria ilusório esperar que isto aconteça enquanto o mundo for governado pelo capital monopolista de Estado.
A QUESTÃO DO PREÇO
A mudança para um novo paradigma energético
Para as petroleiras, falar no pico de Hubbert é como falar em corda numa casa de enforcado. No entanto, a curva descoberta pelo Dr. King Hubbert (1903-1989), o grande geofísico norte-americano, está subjacente às políticas desenvolvidas pelas grande potências e pelo cartel das Sete Irmãs (que agora, depois de fusões sucessivas, reduzem-se a apenas quatro).
A curva de Hubbert baseia-se no facto de o processo que conduz ao esgotamento de um recurso finito ser constituído por três etapas: 1) A produção principia no zero; 2) O fluxo de produção ascende até alcançar um pico, ou seja, um máximo que já não pode ser ultrapassado; 3) Após o pico o fluxo de produção declina, assintoticamente, até o esgotamento do recurso. No caso do petróleo, se a produção (em milhões de barris/dia) for posta em ordenadas e o tempo (em anos) em abcissas, pode-se obter um retrato claro da situação de um país, de uma província petroleira ou até ao nível mundial. A curva mostra as variações da produção anual e a área abaixo da curva a produção acumulada.
No caso do petróleo a curva de Hubbert tem um formato de sino (ajustamento logístico), tendo início por volta de 1850 (ver gráfico). A nível mundial o seu pico verificar-se-á entre 2003 e 2006. Isto significa que dentro em breve a espécie humana começará a gastar a “segunda metade” do seu stock de petróleo, das suas reservas provadas+possíveis. Este facto — a morte anunciada de um bem não renovável — tem consequências profundas e pesadas para toda a humanidade. Se o modo de produção capitalista fosse racional, a humanidade teria tempo suficiente — pelo menos uns 50 anos — para preparar uma transição suave para um mundo sem petróleo. Mas seria ilusório esperar que isto aconteça enquanto o mundo for governado pelo capital monopolista de Estado.
Se a nível mundial o pico será cerca de 2005, a nível de muitos países, regiões e províncias petroleiras o picojá se deu , está no passado. É o caso, nomeadamente, dos Estados Unidos, do Canadá, da Venezuela, da Rússia e do Mar do Norte. Para outros o pico ainda está no futuro, além de 2005. É o caso da Arábia Saudita, do Iraque, do Kuwait e da bacia do Cáspio. Este facto tem enormes consequências pois tenderá a aguçar as rivalidades inter-imperialistas pelo controlo do petróleo remanescente, as regiões em que o pico ainda está muito afastado no tempo. As grandes potências estão a preparar-se. Veja-se por exemplo o facto de, em Outubro de 1999, numa rara alteração da sua geografia militar, o Departamento da Defesa dos EUA ter transferido o comando das sua forças na Ásia Central do Comando do Pacífico para o Comando Central. Tal mudança, pouco noticiada na altura, constituiu por si só uma alteração significativa do pensamento estratégico norte-americano.
Por outro lado, verifica-se que a casualidade geológica fez com que as províncias petroleiras cujo pico de Hubbert ainda está afastado no tempo fossem aquelas de países da OPEP. Se se observar o gráfico abaixo verifica-se que a partir de 2007 passará a predominar o petróleo fornecido pela OPEP em relação aos não OPEP. Isto será uma grande alteração na correlação de forças e uma alteração favorável à OPEP. Pode-se depreender que, em consequência, os preços do barril — absurdamente baixos neste momento — tenderão a elevar-se em termos reais.
Por outro lado, verifica-se que a casualidade geológica fez com que as províncias petroleiras cujo pico de Hubbert ainda está afastado no tempo fossem aquelas de países da OPEP. Se se observar o gráfico abaixo verifica-se que a partir de 2007 passará a predominar o petróleo fornecido pela OPEP em relação aos não OPEP. Isto será uma grande alteração na correlação de forças e uma alteração favorável à OPEP. Pode-se depreender que, em consequência, os preços do barril — absurdamente baixos neste momento — tenderão a elevar-se em termos reais.
Mesmo que se pense em termos de recuperação secundária e terciária, exploração de xistos betuminosos, exploração de petróleo em águas profundas, etc, nada disto altera o raciocínio — poderia apenas modificar ligeiramente o perfil da curva. Já não podem ser descobertas novas grandes províncias petroleiras — todas as que existem são conhecidas. É de um ridículo atroz a medida do Sr. George W. Bush de aumentar a “autonomia” petrolífera dos Estados Unidos por meio da abertura de uma reserva natural no Alasca à exploração do óleo. Calcula-se que todo o petróleo recuperável desta reserva equivalha a seis meses de consumo dos Estados Unidos (mas pode-se admitir que isso não preocupe muito o Sr. Bush, pois quer apenas proporcionar um bom negócio aos seus amigos do Texas).
Os economistas vulgares são as pessoas menos preparadas do mundo para compreenderem os preços do petróleo. A lavagem cerebral que lhes é feita nas faculdades de ciências económicas faz com que vejam o mundo através da óptica da tesoura dos preços. Para eles, a um aumento de preço deverá necessariamente corresponder um aumento da oferta. Isso é um erro crasso no caso do petróleo (a não ser a muito curto prazo) pois não se trata de um bem reprodutível ad aeternum e sim de um recurso não renovável, escasso, finito e fisicamente limitado. A teoria da renda diferencial, conhecida desde Ricardo e Marx (“O Capital”, Cap. XLVI, Tomo III), é que pode explicar o preço do petróleo. Muito resumidamente, pode-se dizer que a renda diferencial consiste na diferença entre o preço de produção (incluindo o lucro médio do capital) da jazida menos produtiva e o preço de produção das outras jazidas, uma vez que é o primeiro que define o preço de produção e não a jazida que funciona ao preço médio. Mas se se examinar o preço de produção de um barril nos EUA e de um barril na Arábia Saudita verifica-se, como matéria de facto, que a renda diferencial tem estado a ser confiscada aos produtores. Tal confisco só pode ser explicado por relações imperiais de dominação.
Ora, do que foi dito acima depreende-se que os preços actuais do petróleo estão muito longe de serem eficientes. Não se trata de eficiência no sentido neoclássico, do óptimo de Pareto. Fala-se aqui de eficiência num sentido muito mais fundamental: preços que possibilitem à humanidade efectuar uma transição razoavelmente suave e harmoniosa para um mundo pós-petróleo. Tal transição é impossível com os preços actuais, demasiado baixos. Uma alta gradual dos preços reais do petróleo é não só possível como necessária e até desejável.
Na questão do petróleo é uma visão míope adoptar uma óptica curto-prazista e alegrar-se com preços baixos. Tal visão conduz a um gigantesco desperdício deste recurso finito à escala mundial (a começar e sobretudo nos EUA). Impõe-se assim um novo paradigma energético. Durante milénios houve o da lenha, a partir do século XIX foi o do carvão, o século XX o do petróleo. No século XXI será preciso alcançar um novo paradigma
A utilização das energias renováveis está neste momento a ser impedida pelos baixos preços do petróleo. No caso dos transportes (em que as renováveis têm mais dificuldade de adopção), é difícil introduzir novos combustíveis com um preço do barril de petróleo tão baixo como US$ 20. Em termos conjunturais, a recessão económica mundial que agora se inicia facilita (mas não determina) a manutenção de um preço tão irrisório.
O pico de Hubbert não será o fim do mundo. Ao nível técnico existem alternativas para sobreviver num mundo em que o petróleo ter-se-á tornado num produto tão raro que terá de ser vendido em frasquinhos nas drogarias. As energias renováveis só não penetram no mercado devido ao baixíssimo preço do petróleo. Mas já é perfeitamente possível produzir energia eléctrica a partir de painéis fotovoltaicos, de centrais eólicas, da geotermia e de muitas outros modos — e também pode haver meios de produzi-la em centrais nucleares intrinsecamente seguras. No campo dos transportes, as frotas de veículos agora existentes poderiam passar de modo fácil e rapido para o gás natural (com vantagens para o aquecimento global pois melhoraria o ratio carbono/hidrogénio das emissões).
Como o pico de Hubbert do gás natural ainda está longínquo (só será atingido por volta de 2030), a adopção do gás natural nos transportes (utilizando os actuais motores térmicos clássicos) é uma boa solução transitória para este interregno. A utilização do gás natural nos transportes no próximo quarto de século daria tempo suficiente para a humanidade preparar-se para o meio energético definitivo: o hidrogénio. Com a vantagem de que as infraestruturas que entretanto se criassem para o abastecimento de veículos a gás natural poderiam, no futuro, servir também para os veículos a hidrogénio. Esta afirmação é verdadeira tanto no caso da produção de hidrogénio no próprio veículo ( on board , por meio de pilhas de combustível que vão buscar ao metano os seus quatro átomos de hidrogénio) como da produção off board (utilização de directa de hidrogénio puro) pois as actuais redes de gás natural também poderiam servir para o hidrogénio (as pressões de serviços são semelhantes).
Como se vê, o problema não está nas tecnologias. As alternativas tecnológicas existem. O problema está neste modo de produção e no consequente modo de distribuição da riqueza produzida. Entrámos na fase senil do capitalismo, quando a concentração e a centralização do capital produzem monstruosidades por todo o planeta, provocam guerras, corridas armamentistas desesperadas, fascistização de governos ditos democráticos (nos EUA já há tribunais militares secretos e, tal como na Idade Média, discute-se ali a legalização da tortura), depauperação de povos em todos os continentes e crises económicas insanáveis. Do bojo destas crises podem nascer situações revolucionárias que darão lugar a um novo mundo. A resolução dos problemas energéticos da humanidade também passa por aí.
Ora, do que foi dito acima depreende-se que os preços actuais do petróleo estão muito longe de serem eficientes. Não se trata de eficiência no sentido neoclássico, do óptimo de Pareto. Fala-se aqui de eficiência num sentido muito mais fundamental: preços que possibilitem à humanidade efectuar uma transição razoavelmente suave e harmoniosa para um mundo pós-petróleo. Tal transição é impossível com os preços actuais, demasiado baixos. Uma alta gradual dos preços reais do petróleo é não só possível como necessária e até desejável.
Na questão do petróleo é uma visão míope adoptar uma óptica curto-prazista e alegrar-se com preços baixos. Tal visão conduz a um gigantesco desperdício deste recurso finito à escala mundial (a começar e sobretudo nos EUA). Impõe-se assim um novo paradigma energético. Durante milénios houve o da lenha, a partir do século XIX foi o do carvão, o século XX o do petróleo. No século XXI será preciso alcançar um novo paradigma
A utilização das energias renováveis está neste momento a ser impedida pelos baixos preços do petróleo. No caso dos transportes (em que as renováveis têm mais dificuldade de adopção), é difícil introduzir novos combustíveis com um preço do barril de petróleo tão baixo como US$ 20. Em termos conjunturais, a recessão económica mundial que agora se inicia facilita (mas não determina) a manutenção de um preço tão irrisório.
O pico de Hubbert não será o fim do mundo. Ao nível técnico existem alternativas para sobreviver num mundo em que o petróleo ter-se-á tornado num produto tão raro que terá de ser vendido em frasquinhos nas drogarias. As energias renováveis só não penetram no mercado devido ao baixíssimo preço do petróleo. Mas já é perfeitamente possível produzir energia eléctrica a partir de painéis fotovoltaicos, de centrais eólicas, da geotermia e de muitas outros modos — e também pode haver meios de produzi-la em centrais nucleares intrinsecamente seguras. No campo dos transportes, as frotas de veículos agora existentes poderiam passar de modo fácil e rapido para o gás natural (com vantagens para o aquecimento global pois melhoraria o ratio carbono/hidrogénio das emissões).
Como o pico de Hubbert do gás natural ainda está longínquo (só será atingido por volta de 2030), a adopção do gás natural nos transportes (utilizando os actuais motores térmicos clássicos) é uma boa solução transitória para este interregno. A utilização do gás natural nos transportes no próximo quarto de século daria tempo suficiente para a humanidade preparar-se para o meio energético definitivo: o hidrogénio. Com a vantagem de que as infraestruturas que entretanto se criassem para o abastecimento de veículos a gás natural poderiam, no futuro, servir também para os veículos a hidrogénio. Esta afirmação é verdadeira tanto no caso da produção de hidrogénio no próprio veículo ( on board , por meio de pilhas de combustível que vão buscar ao metano os seus quatro átomos de hidrogénio) como da produção off board (utilização de directa de hidrogénio puro) pois as actuais redes de gás natural também poderiam servir para o hidrogénio (as pressões de serviços são semelhantes).
Como se vê, o problema não está nas tecnologias. As alternativas tecnológicas existem. O problema está neste modo de produção e no consequente modo de distribuição da riqueza produzida. Entrámos na fase senil do capitalismo, quando a concentração e a centralização do capital produzem monstruosidades por todo o planeta, provocam guerras, corridas armamentistas desesperadas, fascistização de governos ditos democráticos (nos EUA já há tribunais militares secretos e, tal como na Idade Média, discute-se ali a legalização da tortura), depauperação de povos em todos os continentes e crises económicas insanáveis. Do bojo destas crises podem nascer situações revolucionárias que darão lugar a um novo mundo. A resolução dos problemas energéticos da humanidade também passa por aí.
Geopolítica do Petróleo
O elemento principal do pôster descrito no texto é uma curva que tem o formato de um sino. Imagine a vida humana: nascemos, desenvolvemos, atingimos o ápice e, a partir desse cume iniciamos o declínio até, finalmente, a morte.
Geopolítica do Petróleo
O Pico de Hubbert significa o quê mesmo?
A história do petróleo começa nas colinas ocidentais da Pensilvânia no território dos Estados Unidos, no ano de 1859. A partir daí, descoberto, o petróleo passa a ser usado como matéria prima da máquina industrial da economia global. Em outras palavras, a partir de 1859 é dada a largada da ruína da humanidade e da destruição do planeta terra.
"Se um quadro (retrato) valer mil palavras; então, o cartaz (pôster) da história da idade do petróleo vale um milhão de palavras, porque as pessoas não só podem ver o pico de produção de petróleo de Hubbert em muitos países e regiões, mas também ler os fatos motivados pelo declínio do pico global de produção de petróleo, ambos inevitáveis e bastante provavelmente iminentes?. - U.S. Congressman R. Bartlett (Maryland (Republican)
As principais características desse quadro (cartaz, pôster ou retrato) são indicadas pelas projeções de produção mundial futura de petróleo, baseadas no Modelo de Depleção (declínio da curva de produção de petróleo) de Colin Campbell da ?Association for the Study of Peak Oil & Gás?, ano por ano, desde 1859 até 2050. Anotações históricas como também dados detalhados de produção de petróleo, comércio e reservas fazem deste quadro uma ferramenta versátil por apresentar as realidades e implicações da produção global de petróleo e seu pico de Hubber e declínio iminentes.
A disponibilidade de petróleo abundante e barato sempre foi o pilar básico das chamadas sociedades industrializadas. Por tanto, ?Não se podem compreender os acontecimentos atuais se esquecerem por um só instante que a expansão da chamada sociedade de consumo repousa sobre a abundância de energia e de matérias primas baratas, quer dizer, sobre a ruína da maior parte da humanidade?. Prólogo de Jean Pierre Vigier ? Petróleo: III guerra mundial (1974).
Todos os avanços dos dois últimos séculos sejam de natureza comercial, política ou social, estão conectados com o aumento massivo da energia gerada por queima de combustíveis fósseis. O Petróleo é a matéria prima para mais de 3.000 produtos de uso cotidiano. É base de 70% da economia e 90% do transporte. Por tanto, o petróleo é uma matéria prima insubstituível. O acesso privilegiado a esta matéria prima nobre, foi, é e será a causa de conflitos e guerras e o ponto chave da política internacional agressiva e hostil do imperialismo anglo-estadunidense (Inglaterra e Estados Unidos).
A humanidade ainda nem superou o trauma do holocausto nuclear praticado pelos Estados Unidos: Hiroshima, 6 de agosto de 1945, 157.071 mortos. Três dias depois, Nagasaki, 9 de agosto de 1945, 40.000 mortos. Nem tampouco das duas guerras mundiais. A Primeira (1914 ? 1918), custo: 10 milhões de mortos, 20 milhões de feridos, 290 bilhões de dólares. A segunda (1939 ? 1945), custo: 55 milhões de mortos, 35 milhões de feridos, 2 trilhões e 300 bilhões de dólares. E, de novo, os Estados Unidos pratica ataques genocídios no Iraque, Afeganistão e Haiti. A invasão do Haiti tem a colaboração efetiva do governo Lula, do Brasil. E, ainda mais, a invasão do Iran depende somente de uma ordem do Bush.
O mundo consome só em petróleo um jato de dois metros de diâmetros a 140 Km/h; durante 24 horas por dia. Nem os grandes países consumidores (Estados Unidos, União Européia, Japão, China...), nem as grandes companhias privadas têm reservas nem produção suficientes para impedir uma crescente dependência energética.
A cotação relativamente baixa do preço do petróleo que contribuía para aumentar o nível de importações e fazer cair a produção interna dos Estados Unidos, retardando o esgotamento rápido de suas reservas petrolíferas é coisa do passado. Os Estados Unidos hoje consome o equivalente a mais de 20 milhões de barris de petróleo e sua produção interna não alcança 8 milhões de barris de petróleo diário.
A produção de petróleo dos Estados Unidos atingiu o Pico de Hubber em 1971. As reservas totais cubadas dos Estados Unidos chegam a 200 bilhões de barris. Lembremos que o ano atual é 2007. Já se foram 36 anos, desde o Pico de Hubbert dos Estados Unidos. O Pico de Produção de Petróleo do Oriente Médio foi alcançado em 1974. De lá para cá se soma 33 anos. As reservas cubadas do Oriente Médio totalizam 680 bilhões de barris de petróleo. Recordemos que a chegada da produção ao Pico de Hubbert significa que metade da reserva total pré-existente de petróleo cubada já foi consumida.
O pico de descoberta de petróleo dos Estados Unidos ocorreu em 1930. Já se passaram 77 anos. E do pico de produção para os dias atuais, 36 anos. A genialidade de Hubbert levou-o à previsão de que a distancia temporal do Pico de Descoberta até o Pico de Produção de Petróleo dos Estados Unidos seria de 41 anos. Hubbert acertou na mosca. A partir daí, o pico de produção de petróleo foi batizado por Pico de Hubbert.
O pico de descobertas mundial de petróleo foi atingido em 1965 e o de produção (Pico de Hubbert), em 2005; por tanto, 40 anos é a distancia temporal entre os dois picos (de descoberta e de produção) Os 10% das reservas de petróleo que sobraram para ainda serem descobertas localizam-se em águas profundas, 69 bilhões de barris. Segundo a ?Association for the Study of Peak Oil and Gas?, a bacia de campos atinge o Pico de Hubbert no ano 2011.
O Pico de Hubbert significa o quê mesmo?
A história do petróleo começa nas colinas ocidentais da Pensilvânia no território dos Estados Unidos, no ano de 1859. A partir daí, descoberto, o petróleo passa a ser usado como matéria prima da máquina industrial da economia global. Em outras palavras, a partir de 1859 é dada a largada da ruína da humanidade e da destruição do planeta terra.
"Se um quadro (retrato) valer mil palavras; então, o cartaz (pôster) da história da idade do petróleo vale um milhão de palavras, porque as pessoas não só podem ver o pico de produção de petróleo de Hubbert em muitos países e regiões, mas também ler os fatos motivados pelo declínio do pico global de produção de petróleo, ambos inevitáveis e bastante provavelmente iminentes?. - U.S. Congressman R. Bartlett (Maryland (Republican)
As principais características desse quadro (cartaz, pôster ou retrato) são indicadas pelas projeções de produção mundial futura de petróleo, baseadas no Modelo de Depleção (declínio da curva de produção de petróleo) de Colin Campbell da ?Association for the Study of Peak Oil & Gás?, ano por ano, desde 1859 até 2050. Anotações históricas como também dados detalhados de produção de petróleo, comércio e reservas fazem deste quadro uma ferramenta versátil por apresentar as realidades e implicações da produção global de petróleo e seu pico de Hubber e declínio iminentes.
A disponibilidade de petróleo abundante e barato sempre foi o pilar básico das chamadas sociedades industrializadas. Por tanto, ?Não se podem compreender os acontecimentos atuais se esquecerem por um só instante que a expansão da chamada sociedade de consumo repousa sobre a abundância de energia e de matérias primas baratas, quer dizer, sobre a ruína da maior parte da humanidade?. Prólogo de Jean Pierre Vigier ? Petróleo: III guerra mundial (1974).
Todos os avanços dos dois últimos séculos sejam de natureza comercial, política ou social, estão conectados com o aumento massivo da energia gerada por queima de combustíveis fósseis. O Petróleo é a matéria prima para mais de 3.000 produtos de uso cotidiano. É base de 70% da economia e 90% do transporte. Por tanto, o petróleo é uma matéria prima insubstituível. O acesso privilegiado a esta matéria prima nobre, foi, é e será a causa de conflitos e guerras e o ponto chave da política internacional agressiva e hostil do imperialismo anglo-estadunidense (Inglaterra e Estados Unidos).
A humanidade ainda nem superou o trauma do holocausto nuclear praticado pelos Estados Unidos: Hiroshima, 6 de agosto de 1945, 157.071 mortos. Três dias depois, Nagasaki, 9 de agosto de 1945, 40.000 mortos. Nem tampouco das duas guerras mundiais. A Primeira (1914 ? 1918), custo: 10 milhões de mortos, 20 milhões de feridos, 290 bilhões de dólares. A segunda (1939 ? 1945), custo: 55 milhões de mortos, 35 milhões de feridos, 2 trilhões e 300 bilhões de dólares. E, de novo, os Estados Unidos pratica ataques genocídios no Iraque, Afeganistão e Haiti. A invasão do Haiti tem a colaboração efetiva do governo Lula, do Brasil. E, ainda mais, a invasão do Iran depende somente de uma ordem do Bush.
O mundo consome só em petróleo um jato de dois metros de diâmetros a 140 Km/h; durante 24 horas por dia. Nem os grandes países consumidores (Estados Unidos, União Européia, Japão, China...), nem as grandes companhias privadas têm reservas nem produção suficientes para impedir uma crescente dependência energética.
A cotação relativamente baixa do preço do petróleo que contribuía para aumentar o nível de importações e fazer cair a produção interna dos Estados Unidos, retardando o esgotamento rápido de suas reservas petrolíferas é coisa do passado. Os Estados Unidos hoje consome o equivalente a mais de 20 milhões de barris de petróleo e sua produção interna não alcança 8 milhões de barris de petróleo diário.
A produção de petróleo dos Estados Unidos atingiu o Pico de Hubber em 1971. As reservas totais cubadas dos Estados Unidos chegam a 200 bilhões de barris. Lembremos que o ano atual é 2007. Já se foram 36 anos, desde o Pico de Hubbert dos Estados Unidos. O Pico de Produção de Petróleo do Oriente Médio foi alcançado em 1974. De lá para cá se soma 33 anos. As reservas cubadas do Oriente Médio totalizam 680 bilhões de barris de petróleo. Recordemos que a chegada da produção ao Pico de Hubbert significa que metade da reserva total pré-existente de petróleo cubada já foi consumida.
O pico de descoberta de petróleo dos Estados Unidos ocorreu em 1930. Já se passaram 77 anos. E do pico de produção para os dias atuais, 36 anos. A genialidade de Hubbert levou-o à previsão de que a distancia temporal do Pico de Descoberta até o Pico de Produção de Petróleo dos Estados Unidos seria de 41 anos. Hubbert acertou na mosca. A partir daí, o pico de produção de petróleo foi batizado por Pico de Hubbert.
O pico de descobertas mundial de petróleo foi atingido em 1965 e o de produção (Pico de Hubbert), em 2005; por tanto, 40 anos é a distancia temporal entre os dois picos (de descoberta e de produção) Os 10% das reservas de petróleo que sobraram para ainda serem descobertas localizam-se em águas profundas, 69 bilhões de barris. Segundo a ?Association for the Study of Peak Oil and Gas?, a bacia de campos atinge o Pico de Hubbert no ano 2011.
PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES RURAIS
ResponderExcluirA Federação da Agricultura do Estado do Espírito Santo / FAES, através de seu Conselho de Meio Ambiente e Recursos Hídricos / COMARH, com o apoio do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA, está iniciando uma pesquisa (inédita e em âmbito estadual) voltada ao estudo da percepção ambiental de produtores rurais do ES. Entre outros objetivos, o estudo visa gerar informações complementares à ação da FAES ligadas ao processo de conscientização contínua de seus filiados, além de servir de instrumento importante para gestores públicos e privados que tenham interesse / envolvimento / poder de decisão em temas ligados ao meio ambiente na área rural. O NEPA acaba de concluir uma pesquisa – na Região da Grande Vitória (ES) – que visou o estudo da percepção ambiental da sociedade frente à problemática das mudanças climáticas. O Núcleo tem interesse em levar o estudo com produtores rurais para outros Estados de modo a, progressivamente, ir estruturando o perfil nacional do segmento.
Roosevelt S. Fernandes, M. Sc. / NEPA
roosevelt@ebrent.com.br
Por favor, dá para mudar a cor da letra para que possamos enxergar melhor o texto?
ResponderExcluirMuito obrigado!