Profeta

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Existem civilizações inteligentes, em nossa galáxia?

Estamos sozinhos no universo?
Os cientistas respondem.


Apesar de não acreditar em discos voadores, muitos cientistas estão convencidos de que existem vidas inteligentes em outros planetas. Não é à toa que a Nasa (National Aeronautics and Space Administration) investe milhões de dólares, anualmente, em pesquisas relacionadas à vida no universo. Através do

Instituto Seti (Search for Extra Terrestrial Inteligence), a Agência Espacial Americana pretende responder à seguinte pergunta: "Estamos sozinhos no universo?"



Parece que não. Em 1961, o astrofísico Frank Drake elaborou uma equação que busca o número de civilizações inteligentes, em nossa galáxia, que seriam capazes de se comunicar conosco. E, segundo o professor do Departamento de Física e coordenador do Observatório Astronômico da UFMG, Renato Las Casas, o resultado dessa equação pode

chegar a 1,5 milhão!

Outros cientistas pensam diferente. "É mais fácil chover para cima, do que existir vida inteligente em outros possíveis mundos", disse

o professor de Paleontologia do Instituto de Geociências da UFMG, Cástor Cartelle. Para ele, repetir as passagens da história da vida na Terra, em que, no meio de 30 milhões de espécies, somente uma é inteligente, seria muito difícil. ]


O homem é o único ser racional conhecido em todo o universo. É possível (e até provável), todavia, que na imensidão do cosmos, com quatrilhões ou mais de mundos, em uma infinidade de galáxias e sistemas estelares, haja outros, até mais inteligentes e perfeitos. Talvez amanhã sejamos surpreendidos com alguma prova inquestionável da existência de seres extraterrestres, quem sabe, até, com algum contato direto com eles. Ou, talvez, (o que, no meu entender é mais provável) jamais venhamos a saber com certeza se eles existem ou não.


Tenho até medo de tocar no assunto, pelas paixões que ele desperta. Em crônica divulgada há um certo tempo, aqui, no Planeta News, afirmei que, dadas as imensas distâncias entre as estrelas e a fragilidade humana, talvez jamais venha a ocorrer um contato com hipotéticos ETs inteligentes, caso, claro, de fato existam. As reações foram de um extremo a outro. Uns juraram de pés juntos,

em comentários postados nesse texto, que somos os únicos seres inteligentes na vastidão do universo. E mais, que não existe vida em lugar algum, além da Terra.

De onde vem tamanha certeza dessas pessoas? São palpites, nada mais do que palpites. E claro que também tenho o meu. Não faço dele, todavia, nenhuma certeza (que, de fato, não tenho) e muito menos um dogma. Acredito em vida inteligente fora da Terra, na nossa própria galáxia, a Via Láctea, e em grande profusão. Contudo, creio que as probabilidades de qualquer forma de contatosão tão ínfimas, que raiam o impossível.


Estranhamente, as reações mais apaixonadas (várias delas agressivas e mal-educadas, enfatizando a minha “ignorância”) vieram dos que também crêem nos extraterrestres. Estes chegam a jurar, no entanto (ao contrário do acredito) que os alienígenas não somente manterão contato, como já mantiveram e mantêm freqüentemente. Estariam entre nós e há muito tempo. Provas? Ora, ora, ora, fanáticos não precisam delas. E, convenhamos, não faltam, ao redor do mundo, os lunáticos delirantes, que se julgam oniscientes.

Apóio minha convicção puramente na lógica, num universo tão bem ordenado, onde nada é casual e caótico, mas regido por leis naturais, inteligíveis ao homem e que certamente foi concebido por uma inteligência absoluta e superior, que ouso chamar de “Deus”. E estou em ótima companhia. Penso da mesma forma que intelectuais da mais alta estirpe e reputação, como Claude Lévi-Strauss, que afirmou: “Assim como o indivíduo em uma sociedade não está sozinho, o homem não deve estar solitário no universo”. Endosso, pois, com entusiasmo essa opinião, embora aduza a improbabilidade de eventuais contatos.

A propósito da existência de vida em outras partes do cosmo, aliás, é instigante a opinião de Arthur Clark, autor de "2001, uma Odisséia no Espaço" e "Laranja Mecânica", entre outras obras de ficção científica. Ela foi publicada em um extenso artigo, intitulado "O futuro do mundo das comunicações", estampado no antigo suplemento literário do jornal "O Estado de São Paulo", em 3 de setembro de 1978.

Diz, o eminente escritor: "Se décadas e séculos se passarem, sem qualquer indício de que há vida inteligente alhures no universo, os efeitos em longo prazo sobre a filosofia humana serão profundos – e talvez desastrosos. É melhor termos vizinhos que não gostamos, do que estarmos absolutamente sozinhos, porque a solidão cósmica poderia indicar uma conclusão muito deprimente – que a inteligência assinala o fim da evolução. Não. Não acredito nisso”.

Também não creio nessa possibilidade. Mas discordo que se venha, algum dia, a chegar a alguma conclusão definitiva a esse respeito, quer sobre a existência e quer sobre a inexistência, primeiro de vida, e depois, se esta existir, da que seja inteligente. As próprias dimensões do universo não nos permitem que esgotemos o campo de pesquisa (virtualmente, infinito) e, por conseqüência, as esperanças de companhia.

Quem acredita em evolução, por exemplo, continuará crendo que o homem haverá de evoluir, sem cessar, para formas cada vez mais perfeitas (será? Não é o que parece!). E os que crêem em Deus (não importa o nome que lhe atribuam) seguirá firme em sua crença. Continuará a acreditar, com uma variação ou outra, numa redenção da espécie humana, na ressurreição dos mortos, num Juízo Final em que os bons serão premiados e os maus receberão o devido castigo, num Paraíso de onde serão banidos para sempre desde a morte até o mal em todas as suas formas e manifestações e num tempo (que se estenderá pela eternidade) só de delícias e de êxtase sem fim. Ambas as crenças, porém, fogem do rigor da lógica. Atêm-se, exclusivamente, ao terreno da fé. Mas, reitero: não creio que estejamos sós na imensidão do universo...


Um novo planeta descoberto, talvez alguma esperança de encontrarmos vida fora da Terra

Ao sair de casa, pego o meu celular e vejo que há uma mensagem. Tenho um aplicativo que informa quando é descoberto um novo exoplaneta (algo bem de "nerd", mas é muito interessnate). A informação é sobre a descoberta de dois planetas extrasolares, sendo que um deles está na chamada zono habitável.

Os dois planetas foram descobertas entorno da estrela Gliese 581, que está a cerca de 20 anos-luz da Terra. Um deles tem 7,85 vezes a massa da Terra (Gl 581 f) e o outro 3,47 (Gl 581 g), sendo que o último completa uma translação ao redor da estrela em aproximadamente 36 dias e meio e o outro em 433 dias. Ao redor dessa estrela, que tem apenas cerca de 30% da massa do Sol, já foram identicados outros 4 planetas. Devido a massa estimada ele deve ser rochoso e ter a gravidade semelhante a terrestre, e por isso, teria chances de manter uma atmosfera semelhante a nossa.

Contudo, ele tem sempre uma de suas faces voltadas para a estrela, o que torna apenas um lado iluminado e o outro em escuridão perpétua. Isso pode limitar a possibilidade de vida no planeta, uma vez que existiria apenas uma região habitável, que seria na parte intermediária entre a luz e a escuridão.

O interessante é que o planeta (Gl 581 g) está no que se chama de "zona habitável" desse sistema estelar, como o Gl 581c, descoberto alguns anos atrás. Essa é a região na qual o planeta não está tão próximo da estrela, a ponto de ser muito quente e impedir a exitência dos elementos essenciais a vida com a conhecemos, e nem tão distante, a ponto de apresentar temperaturas muito baixas. Mas, ainda estamos muito distantes para detectar qualquer forma de vida, seja ela primitiva ou inteligente.

Olhando aqui da Terra, a estrela Gliese 581 é apenas uma pequena anã vermelha, que talvez tenha na sua volta algo que nos mostre que não estamos sozinhos nesse universo. Somente o tempo dirá.

Imagem de Gliese 581 - Fonte ESO


Nunca estivemos tão perto de pôr um fim na nossa solidão cósmica. Pesquisas recentes mostram que boa parte dos planetas de fora do sistema solar? é a cara da Terra. E agora astrônomos contam com um arsenal de novas tecnologias para buscar vida em clones do nosso planeta.

Você mora na periferia de uma cidade do interior. Em termos cósmicos, pelo menos. Sua casa é uma rocha cheia d’água que gira num cantinho da galáxia, bem longe do movimentado centro. O Sol, esse reator nuclear com diâmetro de 1,4 milhão de quilômetros, é só uma entre os 300 bilhões de estrelas da Via Láctea. Uma galáxia bem pacata, por sinal. A verdadeira megalópole deste pedaço do Universo é Andrômeda, nossa galáxia vizinha, com 1 trilhão de sóis.

Não, não estamos nada sozinhos no Cosmos. Além de Andrômeda, há pelo menos outros 125 bilhões de galáxias no Universo visível. E, se respeitarmos a lógica, o que não falta em cada uma delas são planetas, muitos planetas. Como disse o astrônomo Carl Sagan sobre a vida lá fora: “Deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então por que só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?”

A descoberta de que estamos no meio de um Universo tão vasto e rico é relativamente recente: começou na 2a metade do século 20. E as provas de que, sim, existem mesmo planetas em outras estrelas se trata de algo mais novo ainda. Isso tudo deu uma guinada na ciência, a ponto de a exobiologia, que estuda a possibilidade de vida fora da Terra, ter subido de status. “Quando cunharam o termo exobiologia, [nos anos 60] ele foi ridicularizado como uma ‘ciência sem objeto de estudo’.? Mas a maré científica mudou e hoje há um entusiasmo crescente em tentar achar vida em outros lugares do Universo”, diz a astrônoma Jill Tarter, da Universidade da Califórnia, no livro The Search for Life in the Universe, (“A Busca da Vida no Universo”), inédito em português.

Outros vão mais longe e apostam que não só a vida é inevitável lá fora mas civilizações tão ou mais avançadas que a nossa também. Como já disse o físico de Harvard Paul Horowitz: “Vida inteligente no Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável”.

De onde vem tanta empolgação?

Condições para a vida

As apostas de que, sim, há muita vida lá fora começam com duas novas certezas. Primeiro, a de que não faltam planetas fora do sistema solar.

Até anteontem não havia prova de que outras estrelas, fora o Sol, tivessem mesmo planetas. A astronomia dizia que sim: estudos sobre a formação de estrelas mostram que elas costumam nascer carregando um séquito de pequenos astros. Mas o ponto final na questão só veio em 1995, quando astrônomos da Universidade de Genebra detectaram um planeta gigante feito de gás, como Júpiter, em volta de uma estrela parecida com o Sol, a 51 Pegasi.

De lá para cá a década de 1990 teve uma média de 3,4 planetas extra-solares descobertos por ano. E agora, com instrumentos mais precisos, o ritmo explodiu. No ano passado, foram mais 61. Em 2008, só até julho, outros 36. Total: 307. E a conta não pára de crescer.

A segunda certeza é ainda mais determinante: a de que dois ingredientes fundamentais para a vida, água e moléculas orgânicas, são comuns no Universo. Essas moléculas são fáceis de achar no espaço sideral – elas ajudam a formar as nuvens de gás e poeira que dão à luz qualquer estrela (e conseqüentemente qualquer planeta) no Universo. Quanto ao H20, ele também é arroz-de- festa no Cosmos: a própria água que enche os oceanos da Terra chegou aqui na forma de bolas de gelo que caíram do céu (os cometas) durante a formação do sistema solar. E isso pode ter acontecido em qualquer outro ponto do Universo.

Para completar, em 2007 o telescópio Hubble detectou pela primeira vez a existência de água num planeta extra-solar, ainda que em forma de vapor. E neste ano encontrou água e moléculas orgânicas em mais outro. Isso não indica que algum desses dois tenha vida. Ambos são gigantes feitos de gás, como Júpiter – um tipo de planeta pouco amigável a seres vivos. Mas, se houver um planeta parecido com a Terra na região, aquilo que aconteceu aqui pode ter acontecido lá.

“Estamos tão, tão perto de encontrar vida em outros planetas que é só uma questão de continuar procurando. Parece que é só uma questão de tempo”, diz o astrônomo Marc Kuchner, do Laboratório de Exoplanetas da Nasa. Mas como Kuchner e seus colegas estão procurando?

Guia do caçador de planetas

Buscar um astro em volta de uma estrela é como tentar achar um pernilongo ao lado de um prédio em chamas. A olho nu. Simplesmente não dá para ver. O que os astrônomos fazem, então, é detectá-los de formas indiretas. Por exemplo: se o brilho de uma estrela diminui um pouco num ponto da superfície dela, em intervalos regulares, significa que tem um planeta girando ali. Outro jeito de procurar é observar o “balanço” de uma estrela. A gravidade de um planeta é forte o bastante para chacoalhá-la um pouco. Se os observadores apontarem seus equipamentos por muito tempo para ela dá para analisar essas balançadas e deduzir que há um planeta passando por ali. Mais: pelo movimento, dá para calcular a massa do planeta e sua órbita.

Muito bom, mas tem um problema: desse jeito os mundos mais fáceis de detectar acabam sendo os muito grandes e próximos das estrelas. Só que planetas grandes são sempre bolas de gás como Júpiter, um monstro de hidrogênio com massa igual à de 317 Terras. E isso é um tanto frustrante na busca pelo que interessa, que é a vida fora da Terra: a atmosfera desses gigantes gasosos é tão maciça que a pressão lá dentro fica insuportável – seres complexos simplesmente estourariam em ambientes assim. E pior ainda se o planeta recém-descoberto estiver perto de sua estrela. Assim as temperaturas lá dentro ultrapassam 100 ºC, e a água só tem como existir na forma de vapor. Aí não adianta.

Procurar por planetas com vida significa buscar por um que tenha água líquida. Isso não é egocentrismo de cientista terráqueo, achando que a vida em outros planetas tem que ser igual à daqui. É respeito pelas leis da química, que valem para o Universo inteiro. Funciona assim: para ter algo que dê para chamar de vivo, precisamos de moléculas que se juntem para formar coisas complexas. As que melhor fazem isso são as moléculas orgânicas, estruturas que têm átomos de carbono como pilares e que, por sinal, formam o seu corpo. Só que moléculas não andam. Elas precisam de um solvente, de um meio fluido para se locomover e encontrar umas às outras. E a água líquida é a melhor coisa que tem para isso no Universo – não é à toa que a vida por aqui começou nos oceanos.

Isso não quer dizer que ausência de água seja evidência de planeta morto. “A vida como conhecemos é feita de carbono. Mas eu facilmente acreditaria que um ser fosse formado por outro elemento básico, como silício, ou que tivesse amônia como solvente em vez de água. Tenho certeza de que a vida no Universo é bastante diversificada”, diz a astrobióloga mexicana Graciela Matrajt, da Universidade de Washington.

Mesmo assim, os cientistas preferem o certo ao duvidoso, e vão atrás de planetas parecidos com o nosso – relativamente pequenos e com uma temperatura amena, que deixe a água correr.

Só que achar planetas assim por aí é difícil, justamente por causa do tamanho. A própria Terra, em pessoa, seria invisível para os instrumentos que os astrônomos usam hoje. Mas existe um alento: as “super-Terras”, mundos com a cara deste aqui, só que grandes o suficiente para entrar na mira dos equipamentos mais modernos.

A precisão desses instrumentos deu um salto nos últimos anos. A “sintonia fina” na hora de detectar as balançadas nas estrelas, por exemplo, melhorou. Já dá para perceber oscilações mais sutis, causadas por planetas menores. E isso abriu as portas para encontrarmos mundos com massa 10 vezes menor que a de Júpiter – planetas Terra muito, muito grandes. Mas ainda assim amigáveis para a vida.

Já encontraram 11 desses, de 2006 para cá. E a grande notícia ,dois gêmeos da Terra com possibilidades reais de terem água líquida. São os planetas Gliese 581 c e Gliese 581 d (não, os nomes não são nada poéticos: sempre colocam a denominação da estrela que eles orbitam – no caso, a Gliese 581 – seguida de uma letra). O que esses dois têm de mais especial em relação aos outros 9 planetas terrestres é a localização. Gliese 581 (apelidado pelos astrônomos de "Super Terra") é um planeta extrassolar que orbita a estrela anã vermelha Gliese 581 da constelação de Libra, localizado a 20,5 anos-luz da Terra, aproximadamente 180 trilhões de Quilômetros. A estrela em que gira ao redor possui 1/3 da massa do Sol e emite 50 vezes menos energia. Este planeta aparenta orbitar na zona habitável, tal como a Terra no sistema solar, o que significa que poderá conter água no estado líquido. É o primeiro planeta extrassolar possivelmente habitável encontrado na história.

Gliese 581 d ou Gl 581 d é um planeta extra-solar que orbita a estrela anã vermelha Gliese 581 da constelação de Libra, localizado a 20,5anos-luz da Terra. Foi descoberto no observatório de La Silla, no Chile, a 24 de abril de 2007.

O planeta, que órbita a estrela anã vermelha Gliese 581 da constelação de Libra, localizado a 20,5 anos-luz da Terra, equivalendo a 113 mil biliões de milhas. A estrela na qual que orbita possui 1/3 da massa do Sol e emite 50 vezes menos energia. É o 4.º planeta a contar da estrela à qual orbita, completando o seu período orbital em 66,80 dias. E pensa-se que se possuir GEE (Gases de Efeito de Estufa) poderá ser propício à existência de vida, e que no caso se haver a existência de GEE, é mais provável que exista vida do que no seu planeta vizinhoGliese 581 c.

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