Profeta

domingo, 17 de outubro de 2010

O corpo humano não necessita de açúcar branco.

Por: Dr.Marcio Bontempo

Até cerca de 300 anos atrás a humanidade não usava
aditivos
doces na sua dieta ordinária. Os povos antigos, civilizações passadas, brilhantes
exércitos não conheciam o famoso aditivo doce.
O mel era usado eventualmente, mais como remédio.
Este processo histórico prova que o açúcar branco
é desnecessário como alimento.
Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar
começou a ser produzido e consumido de forma cada
vez mais intensa.
Com a sofisticação da técnica, purificou-se mais
ainda o açúcar de cana retirando-se dele apenas a
sacarose branca.
Hoje somos uma civilização, consumidora de
milhares de toneladas diárias de açúcar.
O açúcar branco é o resultado de um processamento
químico que retira da garapa a sacarose branca e
adiciona produtos químicos - desconhecidos em sua
maioria -, sendo que aditivos como clarificantes,
antiumectantes, precipitadores e conservantes
pertencem a grupos químicos sintéticos muitas
vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde.
Devemos considerá-lo como um produto quimicamente
ativo, pois, sendo o resultado de uma síntese química
e um produto concentrado.
Quando são retiradas da garapa e do mascavo suas
fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas etc.,
resta apenas o carboidrato, pobre, isolado, razão
pela qual devemos considerar o açúcar como um
produto químico e não um alimento.


O corpo humano não necessita de açúcar branco.

O que é realmente necessário é a
glicose, ou seja,

a menor partícula glicídica dos carboidratos.
A glicose, por sua vez, é importante para o metabolismo,
pois produz energia ao ser ?queimada?.
Embora se diga que ?açúcar é energia?, sabemos
bem que a citação é apenas modesta, pois, na verdade,
deveríamos dizer que "açúcar é superabundância de
energia química concentrada" e eis aí o problema:
açúcar é sempre excesso de energia, além das
necessidades reais, e este excesso tende a depositar-se,
a exigir trabalho orgânico extra, a diminuir o tempo de vida,
pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a
"estorvo" metabólico.

Outro fato importante é que, ao consumir um produto

extremamente concentrado, isolado, exigiremos do
organismo uma complementação química.
Por exemplo, vai exigir muito cálcio e magnésio do
metabolismo e das reservas; ele ?rouba? os nossos
depósitos de um modo diretamente proporcional a
quantidade ingerida.
Podemos dizer então que o açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante e empobrecedor
metabólico.
Açúcar não é ?alimento?, mas um poderoso
"antinutriente", um grande ladrão.

Razão pela qual Willian Dufty, em seu mais que

consagrado livro sobre o açúcar, o "Sugar Blues",
considera-o como uma ?droga doce e viciante que
dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização?.
Seus efeitos nunca são imediatos, mas lentos,
acumulativos, insidiosos, drenando a saúde
aos poucos.

O consumo da droga doce vem aumentando nos

últimos anos.
Se levarmos em conta que não necessitamos de açúcar,
tudo o que se consome é excessivo, supérfluo, além do
que o corpo precisa.
Lembramos que 100 por cento dos carboidratos (farinhas,
cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se em glicose,
60 por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15
por cento das gorduras e óleos também se convertem
em glicose; é assim que normalmente mantemos as
necessidades bioquímicas do corpo.
Isso explica por que povos antigos não necessitavam
de açúcar extra.
Se julgarmos que açúcar é essencial, então devemos
ter como certo que cada viking, mongol, huno, árabe,
grego ou romano deveria consumir cerca de 300gr por
dia de um açúcar que naquelas épocas absolutamente
não existia.

Os conhecimentos e conceitos científicos, principalmente

em nutrição, têm sido manipulados, truncados e
adulterados.
Devemos entender que a alimentação comum, sem
aditivos doces, contém quantidades suficientes de
glicose que são armazenadas no fígado sob a forma
de glicogênio; em situações de necessidade essas
reservas de energia são mobilizadas e entram na
circulação sanguínea.

Hoje, ingerimos mais "energia" do que precisamos.
Paradoxalmente, quem come muito açúcar fica dependente organicamente do mesmo e tende a ter menos força.
Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, *astênicos(*Caracterizado por constituição esbelta e
desenvolvimento muscular fraco; ectomórfico.),
que não podem fazer quase nada sem usar um
pouco de doce.

Aqui, num dos maiores produtores de açúcar do
mundo, (Brasil) consomem-se cerca de 200 g por
dia - por pessoa, o que é pouco comparado aos EUA:
400 g em média, por dia.
É claro que somos obrigados a falar em termos de
média de consumo, pois existem aqueles que não
usam nada, até grandes viciados que usam perto de
1000 g diárias e até mais.
Mas um povo como o nosso, usando 200 g diárias
per capita consome cerca de seis quilos por mês,
o que admite 72 quilos por ano, e tudo isso além
das necessidades metabólicas, geralmente ingeridos
por puro "prazer", ou seja: docinhos, chocolates,
sorvetes, tortas, pudins, sucos ultra-açúcarados etc.

Isso nos leva a consumir quase uma tonelada do pó
branco em cada dez anos de vida.
Então um homem de 35 anos geralmente fez passar
pelo seu sangue, até hoje, cerca de três toneladas
de açúcar.
Perguntamos se, sinceramente, as autoridades e
os profissionais ligados à saúde acham que tal abuso
não causa dano algum.

Açúcar Branco Como Causa de Câncer e Doenças

Modernas
Sabemos bem que o açúcar é o principal representante

da alimentação industrializada moderna.
Temos consciência de que 85 por cento das doenças
modernas são provocadas pela poluição alimentar
e por uma nutrição desequilibrada.
Por ser considerado então como um produto antibiológico,
ou antivida -, ele está diretamente ligado à causa ou à
colaboração para o surgimento de várias doenças, como a arteriosclerose, o câncer, a leucemias, o diabetes,
as varizes, as enxaquecas, as distonias neuro-vegetativas,
insônia, asma, bronquite, distúrbios menstruais, infecções,
pressão alta, prisão de ventre, diarréias crônicas,
perturbações e doenças visuais, problemas de pele,
distúrbios glandulares, anomalias digestivas variadas,
cáries dentárias, problemas de crescimento, osteoporose,
ossos fracos, doenças do colágeno, doenças de auto-agressão
etc.

Podemos considerar também o açúcar como
cancerizante,
pois é imunodepressor, quer dizer, faz diminuir a capacidade
do organismo quanto às suas defesas e principalmente
por eliminar o importante íon magnésio, devido à forma
excessiva como é consumido hoje.

A incidência do câncer de mama pode variar

consideravelmente de um país para outro.
Muito rara no Japão, por exemplo, a doença torna-se
comum entre as japonesas que imigram para os
Estados Unidos.
Depois de estudar diversos fatores que explicassem
o fenômeno, os cientistas Stephen Seely, da
Universidade de Manchester, na Inglaterra,
e D. F. Horrobin, do Instituto e Pesquisa Efamol,
de Kentville, no Canadá, concentram suas
atenções num deles, a alimentação - e, em artigo
publicado na última edição da revista inglesa
New Scientist, levantaram a hipótese de que
uma das causas do câncer de mama possa ser o açúcar.

Seely e Horrobin compararam os índices de

consumo per capita de açúcar e as taxas de
mortalidade por câncer de mama em vinte dos
países mais ricos do mundo.
Revelou-se que as nações que mais comem
açúcar são exatamente as que apresentam
mais óbitos - por ordem decrescente, a Grã-Bretanha,
a Holanda, a Irlanda, a Dinamarca e o Canadá.

Os cientistas avançam uma explicação para as

propriedades cancerígenas das sobremesas.
Uma parte da glicose contida no açúcar - cerca de
30 por cento - vai direto para a corrente sanguínea.

Para fazer face e esse súbito aumento da taxa de

glicose no sangue, o pâncreas produz mais insulina,
o hormônio encarregado de queimar açúcar.
O tecido mamário depende desse hormônio para crescer.
O mesmo acontece com as células do câncer de mama.
Seely e Horrobin supõem que a inundação do seio
pela insulina, em seguida à ingestão de açúcar,
criaria assim as condições ideais para o surgimento
do tumor.

Açúcar Como Fator Principal da Hipoglicemia

e Diabetes

Um dos efeitos mais diretos dos excessos de

consumo do açúcar é ahipoglicemia, ou seja,
falta de açúcar no sangue.
Hipoglicemia é um distúrbio que se manifesta
sob variadas formas, determinando mais comumente
langor, fraqueza, sensação de desmaio iminente,
vertigens, tonturas, prostração, angústia, depressão,
palpitação cardíaca, sudorese, sensação de irrealidade etc.
A depressão provocada é variável, dependendo
do indivíduo, podendo ser ausente ou fraca ou
até mesmo extremamente forte, incapacitante.

Sabemos que muitas pessoas são tratadas pela

psiquiatria e até internadas por depressão, cuja
única origem é hipoglicemia, ou falta de açúcar
em demasia, e se pesquisarmos, grande parte
desses pacientes usa muito açúcar.
O mecanismo é muito simples: ao consumirmos
açúcar em demasia, o organismo, através das
células beta das ilhotas de Langherhans do
pâncreas, produz muita insulina, que é o
hormônio responsável pela "queima" da glicose
do sangue.
Ora, quanto mais açúcar é consumido, mais
insulina é produzida.

Com o tempo, e com o consumo continuado,
o
pâncreas produz mais insulina do que o
necessário, pois a sua liberação depende
da avaliação da intensidade de estímulos
gástricos e da dosagem de glicose proveniente
do sistema porta e hepático.
Um pouco mais de insulina determina queima
a mais de glicose, gerando falta.

O nosso organismo dispõe de um sistema de

regulagem que mantém entre 70 e 110 mg de
glicose em cada 100 ml de sangue.
Mais insulina do que o normal vai produzir uma
queda destes níveis, determinando hipoglicemia.
O cérebro é o órgão mais diretamente afetado
com isso, daí os mais freqüentes sintomas de
depressão, tremores, agitação.
O tratamento em caso de hipoglicemia é o primeiro
uma boa avaliação e depois diminuição lenta do
consumo de açúcar, paralelo a uma dieta bem apropriada.
Quase é necessário acompanhamento médico abalizado.

A evolução natural da hipoglicemia, embora muito

variável, é o diabetes.
Dependendo de uma série de fatores o pâncreas
pode entrar em "cansaço" após anos de produção
excessiva de insulina; ele começa a produzir
menos do que o necessário e como resultado
começam a aumentar no sangue os níveis de
açúcar, determinando uma hiperglicemia.
Nesta situação os sintomas já são completamente
diferentes da hipoglicemia.
Aqui o paciente não sente nada, a não ser muita sede,
muita vontade de urinar e talvez muita fome.
O açúcar circulante começa a ser depositado e os
problemas do diabetes vão surgindo.

Parece-nos importante que antes de pesquisar um

vírus como causa do diabetes, que se compreenda
a importância do excesso de consumo de açúcar
como gênese mais direta da doença, talvez devido ao enfraquecimento biológico-imunológico que permita a
penetração de um vírus.
A verdade é que as estatísticas e os estudos de médicos
integralistas apontam que diabéticos comuns consumiram
muito doce e que diabéticos insulino-dependentes tiveram
parentes que o faziam ou eram já diabéticos.
Dados oficiais já apontam hoje que perto de 30 por
cento da população do 1° mundo é pré-diabética e
hoje cresce o número de diabéticos no mundo.

O Açúcar Branco é Apontado Como Principal Causa

da Diminuição da Resistência às Infecções, Subnutrição
e Morte no Terceiro Mundo.

Existe muita preocupação na diminuição da mortalidade

infantil no Terceiro Mundo, onde impera a desnutrição, a
diarréia, e as doenças carenciais.
Porém não se tem prestado atenção à presença do
açúcar como fatordesmineralizante e desvitaminizante,
usado em abundância na dieta das crianças nos países subdesenvolvidos.
Vários estudos têm mostrado que a quantidade de
proteínas na dieta desses povos é freqüentemente
próxima daquela apontada pela FAQ como básica para o desenvolvimento e crescimento (0,635 g por quilo de peso
por dia além dos dois anos de idade).
Então acredita-se que a causa dos problemas
relacionados com essas crianças seria devido à má
higiene, a agentes vetoriais de doenças, verminose,
falta de saneamento básico, leite materno fraco etc.

Estes são estudos mais modernos, pois até agora

coloca-se que a falta de proteínas na alimentação é causa determinante.

Na Califórnia, cientistas da Escola de Odontologia da

Universidade de Loma Linda provaram que o
poder bactericida dos leucócitos (capacidade das
células de defesa destruírem bactérias) diminui
muito quanto mais alta a taxa de açúcar no organismo.

A célula de defesa de uma pessoa que não usa
açúcar é capaz de destruir cerca de 14 bactérias
invasoras, ao passo que se essa mesma pessoa
ingerir 24 colherinhas rasas de açúcar branco o
seu leucócito é capaz de destruir apenas uma bactéria.

Existem muitos livros hoje publicados que apontam

a ação negativa do açúcar.
Num interessante trabalho dos Drs. Wilder e Kay,
denominado "Handbook of Nutrition" encontramos a
seguinte citação: "O açúcar não supre coisa alguma
à nutrição, apenas calorias. As vitaminas oriundas
de outros alimentos são erosadas pelo açúcar para
poder liberar calorias".

Apesar das inúmeras provas contra o açúcar como

as apresentadas aqui, verificamos a continuidade
de uma intensa propagandaaconselhando seu uso e,
o que é pior, médicos mal-informadospermitindo e
incentivando o consumo do mesmo.
Temos o exemplo do Dr. L. Rosenvold que, na pág.
22 do seu livro "Nutrition for life", afirma o seguinte:
O açúcar branco é um alimento quase ideal, barato,
limpo, branco, portátil, imperecível, inadulterável,
livre de germes, altamente nutritivo, completamente
solúvel, totalmente digerível, não requer cozimento
e não deixa resíduos. Seu único defeito é a sua perfeição.
É tão puro que o homem não pode viver dele.

Hoje existem toneladas de livros escritos sobre nutrição;
qualquer um julga-se capaz de publicar algo no gênero.

O Dr. Rosenvold apontou
apenas duas verdades na
frase acima, que o açúcar é branco e portátil...
O maior absurdo da sua citação é que o açúcar
é altamente nutritivo...
Curioso é que o açúcar só tem glicose, sendo
pobre em tudo o mais...

O Que Usar? Não Precisamos de Açúcar?

É necessário reaprender a sentir o sabor natural

dos alimentos, sem acrescentar nada.
Eventualmente poderemos usar mel ou açúcar
natural de cana, o mascavo, em pequenas quantidades.

Percebemos que assim
teremos até mais energia
do que o normal,apenas por ter evitado desgastes
excessivos com ingestão de superabundância de
energia química.
Apenas os cereais integrais, as frutas, o
legumes etc. têm a capacidade de fornecer
aquilo de que necessitamos.
No caso de desportistas e pessoas que produzem
desgaste físico, uma certa quantidade de mel
pode ser usada sem problemas.

No caso de diabéticos e hipoglicêmicos, aconselhamos o acompanhamento médico para evitar problemas mais sérios,evitando inclusive orientadores naturistas e
macrobióticos que não tenham conhecimentos e
experiência em termos de bioquímica e fisiologia,
fisiopatologia e clínica médica.

Para pessoas que não têm grandes problemas mas

querem parar de consumir açúcar, sugerimos uma
eliminação lenta, gradativa, porém consciente,
de doces, refrigerantes, sorvetes etc., até adotar
uma dieta mais natural e equilibrada.
Aproveitamos para alertar que muitos alimentos
industrializados e manipulados possuem açúcar,
muitos dos quais nem imaginaríamos, como:
pão branco comum, pão integral de supermercados,
macarrão em pacotes, enlatados, carnes condicionadas,
biscoito e bolachas salgadas etc.

Para aqueles que usam adoçantes artificiais,
sacarina e ciclamatos, aconselhamos abolir o
hábito imediatamente, pois representam
produtos muito perigosos.
Apesar da comprovação de que são substâncias
cancerígenas, verbas astronômicas são gastas
por laboratórios interessados em pesquisa do tipo:
"Ainda não conseguimos provar que adoçantes
sintéticos não produzem câncer".

Em termos de história, relativamente recente, o

homem aprendeu a obter açúcar bruto (mascavo e amarelo),
e somente nas últimas décadas os países desenvolvidos
começaram a produzir enormes quantidades (dez mil toneladas)
de açúcar branco refinado, contendo 99,75 por cento de sacarose, tornando-o um reagente químico.
Lado a lado com esta depuração houve um aumento
no consumo de açúcar branco atingindo, nos países altamente desenvolvidos, 100/140 g diárias por pessoa.

Tornou-se tão letal, que o nutricionista britânico Dr. A.

Yudtkrin batizou seu livro sobre o problema de açúcar
"Puro, Branco e Mortal"enquanto o Dr. Hall,
cientista canadense, intitulou seu capítulo sobre açúcar,
"O Vilão - Açúcar Refinado?.

Texto: Dr. Marcio Bontempo
rmbontempo@uol.com.br

http://www.drmarciobontempo.com.br/

Nota:
O Dr Márcio Bontempo é um dos congressistas com presença confirmada no Iº Congresso Brasileiro de Evolução Espiritual - Nova Petrópolis/RS em outubro desse ano - 2009

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