Profeta

domingo, 25 de outubro de 2009

A POBREZA NO BRASIL E NO MUNDO

EXCLUSÂO SOCIAL


Planeta Voluntários apoía a Campanha 2010, Tome uma Atitude!



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Nesse sentido, considera-se aqui a exclusão social, essencialmente como


Uma situação de falta de acesso às oportunidades oferecidas pela sociedade aos seus membros

Desse modo, a exclusão social pode implicar privação, falta de recursos ou, de uma forma mais abrangente, ausência de cidadania, se, por esta, se entender a participação plena na sociedade, aos diferentes níveis em que esta se organiza e se exprime: ambiental, cultural, económico, político e social.

Daí que a exlusão social seja necessariamente multidimensional e se exprima naqueles diferentes níveis (ambiental, cultural, económico, político e social), não raramente sendo cumulativa, ou seja, compreendendo vários deles ou mesmo todos.

De outra forma, pode-se dizer que a exclusão social se exprime em 6 dimensões principais do quotidiano real dos indivíduos, ao nível (2):


do SER, ou seja da personalidade, da dignidade e da auto-estima e do auto-reconhecimento individual;

do ESTAR, ou seja das redes de pertença social, desde a família, às redes de vizinhança, aos grupos de convívio e de interacção social e à sociedade mais geral;

do FAZER, ou seja das tarefas realizadas e socialmente reconhecidas, quer sob a forma de emprego remunerado (uma vez que a forma dominante de reconhecimento social assenta na possibilidade de se auferir um rendimento traduzível em poder de compra e em estatuto de consumidor), quer sob a forma de trabalho voluntário não remunerado;

do CRIAR, ou seja da capacidade de empreender, de assumir iniciativas, de definir e concretizar projectos, de inventar e criar acções, quaisquer que elas sejam;

do SABER, ou seja do acesso à informação (escolar ou não; formal ou informal), necessária à tomada fundamentada de decisões, e da capacidade crítica face à sociedade e ao ambiente envolvente;

do TER, ou seja do rendimento, do poder de compra, do acesso a níveis de consumo médios da sociedade, da capacidade aquisitiva (incluindo a capacidade de estabelecer prioridades de aquisição e consumo).
A exclusão social é, portanto, segundo esta leitura, uma situação de não realização de algumas ou de todas estas dimensões.

É o “não ser”, o “não estar”, o “não fazer”, o “não criar”, o “não saber” e/ou o “não ter”.

Esta formulação permite ainda estabelecer a relação entre a exclusão social, entendida desta forma abrangente, e a pobreza, que é basicamente a privação de recursos (exprimindo-se nomeadamente ao nível da exclusão social do fazer, do criar, do saber e/ou do ter), ou seja uma das dimensões daquela.






O que é a fome ?
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A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas.
A fome no mundo
Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
1 bilhão de analfabetos;
1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares;
1,5 bilhão de pessoas sem água potável;
1 bilhão de pessoas passando fome;
150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo);
12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida;
No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.
Causas da Fome
Causas naturais:
Clima;
Seca;
Inundações;
Terremotos;
As pragas de insetos e as enfermidades das plantas.
Causas humanas:
Instabilidade política;
Ineficácia e má administração dos recursos naturais;
A guerra;
Os conflitos civis;
O difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-terras ou pela população em geral;
As invasões;
Deficiente planificação agrícola;
A injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos;
O contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido;
A destruição deliberada das colheitas;
A influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações de Terceiro Mundo;
A utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas relações entre os países;
A relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevada do seu nível alimentar;
A relação entre cultura e alimentação.
Causas da fome crônica e desnutrição

Pobreza:

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Distribuição ineficiente dos alimentos;
Reforma agrária precária;
Crescimento desproporcional da população em relação à capacidade de sustentação.
Fome infantil
Cerca de 5 a 20 milhões de pessoas falecem por ano por causa da fome e muitas delas são crianças.

Conseqüências da fome:

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As conseqüências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, aumentam nas populações afetadas e faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade de combater as infecções.

Classe dominante

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Alterar essa situação significa alterar a vida da sociedade, o que pode não ser desejável, pois iria contrariar os interesses e os privilégios em que se assentam os grupos dominantes. É mais cômodo e mais seguro responsabilizar o crescimento populacional, a preguiça do pobre ou ainda as adversidades do meio natural como causas da miséria e da fome no Terceiro Mundo.

O Brasil e a fome

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O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.
A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, na periferia das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras. O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha, inclusive as crianças, freqüentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para repor as energias gastas. Nesse círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistência.


POBREZA

A POBREZA NO BRASIL E NO MUNDO
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No Brasil, o crescimento econômico que estamos vivendo não está necessariamente ligado à melhoria da qualidade de vida da população, pois grande parte dela ainda não tem acesso às condições mínimas de saúde, educação e serviços básicos.
Em outras palavras, o país enriqueceu, mas não conseguiu transferir esta riqueza em maior expectativa de vida e alfabetização para toda população. Ao menos na mesma velocidade.
Este problema é, em parte, conseqüência da grande concentração de renda que existe no país. O Brasil continua sendo um dos países onde é maior a concentração de renda. Enquanto os 20% mais pobres ficam apenas com 2,5% da renda, os 20% mais ricos ficam com mais de 60% da renda. É verdade, no entanto, que nos últimos 25 anos a situação vem apresentando melhora, mas ainda está precisando atenção do governo para resolver estes problemas.
A concentração de renda é uma tendência muito antiga, se se levarem em conta estatísticas, dos séculos passados, naturalmente menos completas e refinadas. Em 1870, por exemplo, os 20% mais ricos tinham renda apenas 7 vezes maior do que a dos mais pobres.
Os desníveis sociais não vem aumentando apenas entre países, mas também dentro dos países. Mesmo nações ricas, como as da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne as 29 nações supostamente mais industrializadas) registraram grandes aumentos na desigualdade depois dos anos 80 – especialmente a Suécia, o Reino Unido e os Estados Unidos.
A globalização tem um enorme potencial para reduzir a diferença de renda. Temos mais riqueza, tecnologia e mais compromissos em relação à comunidade mundial do que antes. Mercados mundiais, tecnologia mundial, idéias mundiais e solidariedade mundial podem enriquecer a vida das pessoas por toda parte, aumentando muito suas escolhas.
Mas ainda está longe de se atingir estas metas, pois apenas 40 países mantem crescimento médio de renda per capita de mais de 3% ao ano, ao passo que quase 100 países têm renda mais baixa que há um década e países da África, Europa do Leste e países desmembrado da extinta União Soviética têm renda per capita decrescentes.
Por isto, organismos internacionais com a ONU, por exemplo, pedem a ampliação do papel dessas organizações, pois Estados nacionais têm crescente dificuldades em implantar políticas que respondam a desafios que superam suas fronteiras.


CURRUPÇÂO:
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O Brasil é o 59º país colocado no ranking de corrupção, com uma classificação de 3,9 pontos, segundo o relatório anual da entidade Transparência Internacional sobre corrupção entre nações. O levantamento foi e baseado na percepção de empresários, universitários e analistas. No relatório, a nota 10 corresponde ao menor grau de corrupção.
Fórum: discuta a corrupção no Brasil
Entre os sul-americanos, o Chile é o mais bem colocado, aparecendo em 20º lugar com 7,4 pontos. A nação com menor porcentagem de corrupção é a Finlândia, com 9,7 pontos. Haiti e Bangladesh são os últimos colocados:145º, com 1,5 ponto.

Veja a lista abaixo:

1. Finlândia (9,7)
2. Nova Zelândia (9,6)
3. Dinamarca, Islândia (9,5)
5. Cingapura (9,3)
6. Suécia (9,2)
7. Suíça (9,1)
8. Noruega (8,9)
9. Austrália (8,8)
10. Holanda (8,7)
11. Reino Unido (8,6)
12. Canadá (8,5)
13. Áustria, Luxemburgo (8,4)
15. Alemanha (8,2)
16. Hong Kong (8,2)
17. Bélgica, Irlanda, Estados Unidos (7,5)
20. Chile (7,4)
(...)
22. França, Espanha (7,1)
28. Uruguai (6,2)
41. Costa Rica (4,9)
51. El Salvador, República Tcheca, Trinidad e Tobago (4,2)
59. Brasil (3,9)
60. Belize, Colômbia (3,8)
62. Cuba, Panamá (3,7)
67. Peru, Croácia, Polônia, Sri Lanka (3,5)
87. República Dominicana, Irã, Romênia (2,9)
97. Argélia, Líbano, Macedônia, Nicarágua, Sérvia e Montenegro (2,7)
108. Argentina, Líbia e Autoridade Palestina (2,5)
112. Equador (2,4)
114. Honduras, Venezuela (2,3)
122. Bolívia, Guatemala, Sudão (2,2)
129. Iraque, Camarões, Quênia, Paquistão (2,1)
140. Paraguai, Azerbaijão (1,9)
144. Nigéria (1,6)
145. Haiti, Bangladesh (1,5)

A corrupção é definida como abuso da máquina pública para fins privados. Neste ano, o Haiti foi considerado o país mais corrupto . No outro extremo do ranking, estão a Islândia, a Finlândia e a Nova Zelândia empatados no primeiro lugar.
Para países como a Itália, 45ª posição, a lista mostra que a corrupção pode ocorrer sem o álibi da pobreza. Para os EUA, o ranking foi um motivo de constrangimento: o país foi considerado mais corrupto que o Chile.

O Brasil caiu para a 59ªposição no ranking dos países com maior índice de corrupção do mundo. O Haiti foi o pior colocado da lista, abaixo de Iraque, Mianmar e Guiné, refletindo o que a Transparência afirma ser uma alta correlação entre violência, pobreza e corrupção.


DESIGUALDADE:
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Desigualdade é a marca do Brasil e do mundo

O Brasil é o oitavo país mais desigual do planeta. Nenhuma nação apresenta uma
diferença de renda tão intensa. Além disso, a principal marca da humanidade é a
diferença entre uma minoria rica e a maioria pobre e miserável. É o que indica
o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2005, da Organização das Nações Unidas.
Os números são assustadores: da população brasileira, os 10% mais ricos se
apropriam de 46,9% da riqueza nacional. 90% dos brasileiros possuem pouco mais
da metade da renda. Pior: nos últimos anos, o quadro de extrema desigualdade
não sofreu mudanças significativas.
Se o quadro brasileiro é trágico, a população mundial se encontra em uma
posição mais grave ainda. O índice de desigualdade do mundo é comparável ao da
Namíbia, a nação mais desigual. Em média, um bilionário concentra uma renda
correspondente à distribuída entre 820 mil miseráveis.
Um país tem pobreza quando existe escassez de recursos ou quando, apesar de haver um volume aceitável de riquezas, elas estão mal distribuídas. O Brasil não é um país pobre, e sim um país desigual.
A pobreza existe quando um segmento da população é incapaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna.
Estes recursos são água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania.
Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa o 9º lugar em renda per capita. Mas cai para o 25º lugar quando se fala em proporção de pobres.
Isso coloca o Brasil entre os países de alta renda e alta pobreza. Ao mesmo tempo em que está entre os 10% mais ricos, integra a metade mais pobre dos países em desenvolvimento.
Nosso país é um dos primeiros do mundo em desigualdade social. Aqui, 1% dos mais ricos se apropria do mesmo valor que os 50% mais pobres. A renda de uma pessoa rica é 25 a 30 vezes maior que a de uma pessoa pobre.
Na Suécia, a diferença de renda entre ricos e pobres é de no máximo seis vezes. Nos Estados Unidos e no Uruguai, de dez vezes.
Acabar com a pobreza em país rico com grande proporção de pobres requer recursos financeiros irrisórios. Há no País 56,9 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e 24,7 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza.
Para se erradicar a extrema pobreza brasileira seria necessário não mais que 1% da renda do País.
Para se erradicar a pobreza seriam precisos 5%.
A renda média brasileira é seis vezes maior que o valor definido como linha de indigência. Ou seja, se a renda brasileira fosse igualmente distribuída, estaria garantido a cada pessoa seis vezes aquilo de que necessita para se alimentar.
Além da distribuição da renda, outro fator de desigualdade é a educação. Uma pessoa com mais anos de estudo ganha cerca de 15 vezes o que ganha uma pessoa sem nenhuma educação.
As crianças vêm de famílias em que os pais apresentam enorme diferença educacional, e esta diferença é transmitida desde o berço.
Parte-se de uma acentuada desigualdade, reproduzida pelo sistema educacional e ampliada por um mercado de trabalho altamente tecnológico.
Por ser tão escassa, a educação é super valorizada no mercado de trabalho. Pequenas diferenças educacionais são transformadas em enormes diferenças de renda.

MARGINALIDADE:

Algumas considerações sobre globalização...


Globalização é o conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial que vem acontecendo nas últimas décadas. O ponto central da mudança é a integração dos mercados numa verdadeira “aldeia-global”, explorada pelas grandes corporações internacionais. Os Estados abandonam gradativamente as barreiras tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional. Esse processo tem sido acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de informação - telefones, computadores, televisão, a nanotecnologia etc.
As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance mundial e à crescente popularização dos canais de televisão por assinatura e da Internet. Isso faz com que os desdobramentos da globalização ultrapassem os limites da economia e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural entre os países.
A globalização é marcada pela expansão mundial das grandes corporações internacionais. A cadeia de fast food McDonald’s, por exemplo. Essas corporações exercem um papel decisivo na economia mundial.
A globalização significa sermos mais eficientes, administrarmos melhor; significa uma realidade, mas, traz para um país emergente como o Brasil, um dos problemas mais sérios que é o desemprego, que estamos vendo aumentar dia-a-dia. É evidente que nenhum de nós se atreveria a dizer que é contra nos modernizarmos, sermos mais eficientes, termos uma organização mais séria, mais acesso à informação. Infelizmente, com a globalização, criam-se também as grandes fusões. Atualmente, o que vemos são essas fusões gigantescas (Unilever etc).
A globalização é mais evidente sob o aspecto econômico (e partindo-se do mundo do trabalho). Começa com as exigências de um trabalhador multifuncional, polivalente. Seu espaço no interior da empresa muda constantemente por isso deve estar preparado para exercer várias funções. Já a redução do emprego regular, faz este trabalhador passar por várias outras empresas/serviços/cargos, pela terceirização do trabalho; e, o desemprego o leva para outras cidades, estados, países (norte –nordeste para o sudeste / Brasil para os EUA e a Europa). Um movimento constante. O "telecommuter" (trabalhador que não comparece à sede da empresa), trabalha em casa, em escritórios satélites ou em centros de trabalho, apenas acessando ao "servidor"da empresa podemos observar os bons resultados da globalização e da difusão das tecnologias em parte com o recente caos aéreo que forçou muitos empresários e outros profissionais a optarem por videoconferências ao invés de aventurar-se em aeroportos.
Os produtos. Muitas vezes não sabemos onde começa ou termina a fabricação de um produto. Se com um trabalho dignamente remunerado, ou escravo ou até mesmo infantil como nos casos da Nike dentre outras empresas que se instalam em países pobres buscando o menor gasto possível com mão de obra, utilizando a mão de obra infantil mal remunerada, e extensas jornadas de trabalho muitas vezes retornando ao período do inicio da revolução industrial, mais de 10 horas e até mesmo chegando à 16hs de trabalho por dia.
E em pleno século XXI tivemos a tristeza de conferir a utilização de trabalho escravo em fazendas produtoras de carne bovina, açúcar e álcool, como a fazenda Gameleira em matéria publicada na revista época, sem contar com um outro efeito da globalização que a utilização de trabalho semi-escravo de imigrantes coreanos e provenientes de outros países da América latina em confecções em cidades brasileiras que vem para o Brasil buscando melhores condições de vida e ao chegarem aqui se deparam com outra realidade, sendo mantidos em cárcere até quitarem suas dívidas com o suposto agenciador e vivendo em condições insalubres, fazendo suas refeições no mesmo local onde trabalham.além é claro da recente constatação de angolanos que vem para o Brasil praticarem crimes de estelionato e tráfico, franceses etc (efeitos da globalização, da chamada pobreza estrutural, que é global). Matéria-prima, produção, distribuição em mãos diferentes. Do vestuário ao automóvel, um lugar corresponde a um pedaço produzido de um determinado produto. O mundo globalizado é o reino das Corporações Transnacionais. O monopólio supera os limites geográficos e está disperso em "n" locais; elas produzem de tudo. Preocupação: gerar necessidades de consumo, alcançar o máximo lucro e ter o menor gasto na produção.
O problema se resume naqueles outros países em que não houve o Estado Social ou welfare state, como no Brasil, onde, se existiu, foi para as elites e às camadas médio superior da sociedade, as quais se apropriaram/aproveitaram do Estado, privatizando-o.
A doutrina econômica dominante que afligi o mundo globalizado é aquela que prevê um Estado interferindo minimamente na economia. Para ela, a interferência do Estado na economia é ruim. Portanto, a economia deve ser desregulamentada em vez de ser controlada por ele. As empresas públicas e estatais devem ser privatizadas em benefício da economia de mercado. Todos devem entrar na luta pela liberdade do capital, não importando qual a atividade ou o setor, se na atividade bancária, industrial, telecomunicações ou seguros.
Na luta em busca dos lucros, os próprios investidores do mercado dão preferência às economias mais fortes, em detrimento das mais fracas. Países de economias frágeis, como o Brasil, por exemplo, pagam juros imensamente mais altos aos investidores de capitais, nesse cálculo, está incluído o risco. Isso também ocorre com os países pequenos, porque quanto menor for o mercado, maior será o risco. Assim, os países de economias robustas têm preferência sobre os demais, independentemente de sua conjuntura interna. Esse é um dos fatores que provocam conflitos entre as nações e que fogem a possibilidade administrativa de seus governantes, pois sempre se deve ter em vista que os aplicadores de capitais não estão interessados em justiça, em leis, nem tampouco preocupados com o caos econômico.
Por isso, os países de economias fortes não precisam ter medo do julgamento do mercado econômico, uma vez que estão numa situação privilegiada. As riquezas, dessa forma, passam para as mãos de poucos, enquanto a grande maioria acaba sendo sacrificada, criando-se uma espécie de “apartheid social”, marginalizando parte da sociedade e criando uma divisão entre os mais abastados e aqueles que nada possuem. Esses, por nada possuírem, acabam, muitas vezes, por se voltar contra a outra parte da sociedade, porque possuem um mínimo indispensável para a sobrevivência, gerando os conflitos sociais, a marginalidade, o tráfico de drogas e outras espécies de delitos.
A pobreza estrutural está presente em todo o mundo e por isso é globalizada, ainda que mais presente nos países de menor desenvolvimento. Esse tipo de pobreza é "generalizada, permanente, global". Seria resultante da convergência de diversas causas que se dão em vários níveis, como algo racional, como resultado necessário de todo o processo e até considerada um fato natural.
Chega-se assim a uma naturalização da pobreza produzida politicamente pelos agentes globais com a participação dos governos nacionais. É a própria exclusão dos pobres de todo o sistema. Ela é generalizada e até administrada. Diferentemente de antes, se o pobre deixasse uma região, muitas vezes encontrava trabalho em outra, como é o caso de muitos retirantes da seca do nordeste que conseguiram se estabelecer em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje a pobreza está globalizada, sem remédio, sem controle, gerada pela expansão do desemprego, pela redução do valor do trabalho, produzida politicamente pelas empresas e instituições globais.
Os pobres e miseráveis brasileiros, os que não possuem casa, comida, escola, saúde, ou seja, aqueles que não têm os mínimos recursos para uma sobrevivência digna, compõem uma população equivalente à de países como a França, ou ao dobro da população da Argentina. Deste modo, os países em desenvolvimento estão cada vez mais se distanciando dos desenvolvidos, em razão do agravamento das diferenças decorrentes do mercado, dos ativos produtivos e da educação, dificultando a diminuição da pobreza.
A globalização está acentuando outros tipos de privações, especialmente para a mulher, o aumento de receita vem unido a graves formas de exploração, como a perda de direitos trabalhistas e uma maior vulnerabilidade frente aos mercados mundiais. A flexibilidade dos mercados tem provocado a violação clara dos direitos fundamentais, ha bem pouco tempo atrás tentaram aprovar a tão temida pelo trabalhador “emenda 3” que se aprovada teria extinguido praticamente todos os direitos conquistados pelo trabalhador durante todos estes anos de luta; essas questões relacionadas com a dignidade, a segurança e a saúde dos indivíduos têm sido omitidas nos atuais debates sobre a globalização no Brasil só se enxerga aquilo que não incomoda e que nos agradável, como o benefícios da tecnologia difundida mundialmente por via da globalização, mesmo que aqui chegue tardiamente, como é o caso da nanotecnologia e da TV digital que só será estabelecida por aqui talvez no final do ano.
A desigualdade social, de outro lado, ao invés de diminuir, aumenta cada vez mais. Isso ocorre em conseqüência de que o desemprego, a queda de renda, atingem, em primeiro lugar, as camadas mais baixas da população. Outro aspecto que tem de ser entendido como forte causador de desigualdade salarial é a falta de acesso do trabalhador à educação. Países como o Brasil têm se preocupado com investimentos em capital físico e tecnológico nessa área, relegando para um nível secundário o investimento em material humano. Aprovação automática, escolas em péssimas condições, má remuneração de professores, má formação dos mesmos, que muitas vezes estão completamente despreparados para exercer sua função etc são alguns dos motivos da precariedade do sistema educacional brasileiro em meio à globalização.
Verifica-se que a falta do trabalho segrega o ser humano, deixando sem condições de acesso à escolaridade ao próprio trabalhador e aos seus filhos, produzindo-se um círculo vicioso de perpetuação da pobreza, sem trabalho digno não há condições dignas de sobrevivência, nem de educação. Sem educação não se pode disputar um mercado de trabalho limitado restrito e distintivo, pois o pobre jamais consegue deixar esse círculo, a menos que, de alguma forma, haja a intervenção de terceiros.
É necessária uma melhor distribuição de renda e de riqueza, uma vez que da riqueza extrai-se renda e com a renda as pessoas podem ter acesso às condições dignas de sobrevivência. Dentre essas riquezas que deverão ser distribuídas está a educação, mas, nessa altura, apenas o investimento nos jovens daria um resultado satisfatório, em razão do tempo necessário a essa preparação, que não é de curto prazo.
O processo seguinte à pobreza é a miséria e, desta, a marginalização daquela parte da população que não possui as condições sociais aceitáveis. As pessoas oprimidas pela pobreza acabam por se distribuir na periferia das grandes cidades, nas favelas, em morros, em locais públicos e, mais recentemente, já passaram a morar ao relento ou embaixo de viadutos, caracterizando-se como miseráveis.Essas condições indignas de sobrevivência contribuem para o aumento da criminalidade. Empreende-se uma luta entre os que nada têm contra aqueles que, na maioria das vezes, pouco têm. Os crimes contra o patrimônio são os que mais ocorrem nas cidades de médio para grande porte.
O aumento da violência urbana e rural demonstra o despreparo do Estado no seu combate. Não necessariamente ao combate direto do crime, com o aumento dos efetivos policiais, disponibilidade de tecnologia e preparo técnico de agentes, remuneração mais digna, mas também ao combate à violência desde o seu nascimento, com políticas de diminuição das desigualdades sociais, através da criação de empregos, da educação gratuita de qualidade, da saúde, etc. A falta dessas condições é que origina a criminalidade, fazendo surgir, dentro do próprio Estado, um tipo de gueto independente, com leis próprias e até mesmo com o emprego da pena de morte. Tudo isso decorrente, da impunidade daqueles que praticam crimes em Estados periféricos, como é o exemplo do Brasil.
As características da globalização do final do século XX e início do século XXI são bastante conhecidas, bem como seus efeitos colaterais, como é o caso da insegurança, geralmente associada à pobreza, gerada pela falta de oportunidades e de condições de sobrevivência do indivíduo. Com isso, as classes sociais mais abastadas acabam por se isolar, construindo verdadeiras fortificações ou cidades independentes com Leis próprias e sistemas de segurança que substituem o Estado no seu dever de prestá-la como recentemente ocorre no bairro dos Jardins na cidade de São Paulo.
Condomínios, como o caso do Alfavile, no Rio de Janeiro, já começam a se proliferar, abrigando, geralmente uma classe média alta, com regulamentos rígidos, muitas vezes contrários a normas jurídicas do Estado de direito, com sistema de segurança próprio e controle efetivo de seus moradores, tecnologias geralmente importadas dos países mais desenvolvidos. São comunidades de classe média que têm medo de criminosos e marginais e desejam viver como famílias tradicionais de países de primeiro mundo, renegando a realidade social de seu próprio país. Escondem-se, para não enxergar essa situação que acaba por separar os pobres dos não pobres. Não vendo possibilidade da diminuição da pobreza e da marginalidade, essas pessoas, geralmente de classe média, acabam construindo um mundo à parte. Entretanto, parece que não pararam para pensar que essa situação, não pode acabar bem.
Como a pobreza e a marginalidade aumentam, vai chegar a hora em que os muros, as cercas eletrônicas, os guardas não conseguirão suportar a fome e a miséria, criando uma guerra entre os cidadãos de um mesmo país.
Esse tipo de discriminação, criada por forte efeito da globalização, provoca a atividade marginal e enfraquece o poder do Estado que passa a não mais comandar os destinos de seus cidadãos, os quais, para não sofrerem mais violência, acabam aceitando a proteção de um poder paralelo alimentado pelo crime, pelo tráfico de drogas e pela lavagem do dinheiro ilícito, surgem as milícias em bairros periféricos, que possuem suas próprias leis.
A globalização, principalmente no sentido econômico, não se daria de forma tão rápida, envolvente e dominante, se não fosse a existência do campo fértil, para ela, do sistema capitalista de governo. Com ele revoluciona-se a forma de vida e de trabalho. O homem adere ao sistema, individualiza-se cada vez mais e é impelido ao consumo desregrado; enquanto possui a mercadoria de troca que é o dinheiro, aderindo às campanhas da grande mídia que impulsiona o consumismo através de seus poderosos veículos. O comércio se expande na busca de matérias–primas, de outras fontes de lucro, ao mesmo tempo em que institui colonialismos, imperialismos, sistemas econômicos, normalmente centralizados em capitais de nações dominantes.
O que está ocorrendo atualmente, é o confronto de forças entre o Estado e o mercado, que não é de hoje. A briga entre o Estado e o Mercado, política e economia é contínua e histórica, apresentando-se como uma onda, onde ora aparece o primeiro, ora o segundo em vantagem. A cada vez que o mercado se torna mais devorador, feroz, selvagem, o Estado deve intervir para domesticá-lo ou evitar seus efeitos devastadores, e isso é possível, principalmente, se a comunidade pública internacional, especialmente, daqueles países mais atingidos pelos aspectos negativos da globalização, como o Brasil, se unir para a tomada de algumas providências de forma coletiva. No entanto as ações tomadas por nosso governo para remediar os efeitos do capital especulativo, do mercado voraz, na população desfavorecida é a realização de ações do tipo “placebo” (pró - jovem, bolsa família etc) com o objetivo de mascarar a realidade, disseminando a idéia de que a partir do estabelecimento desses “programas” a fome vem diminuindo em nosso país.
Os malefícios da globalização em determinados aspectos, gerando a desilusão dos processos não resolvidos, acaba criando grupos antiglobalização, muitas vezes de aspectos racistas, violentos, revolucionários, que nada trarão de proveito à humanidade.Como alternativa, restam, apenas, os governos, esses sim, pessoais, conhecidos como entidades públicas. Só eles poderão conduzir os destinos no mundo de forma coesa e multilateral, usando, no entanto, todo o processo de globalização, com seus sistemas de auxílio à comunidade mundial, pode-se haver globalização sem imperialismo, tecnologia mais acessível a todos, principalmente à educação. Devemos não fechar nossos olhos e nos acomodar a esse sistema excludente, globalizante e altamente imperialista, devemos agir, exigir nossos direitos como cidadãos, educação, saúde, segurança e não permitir a exploração pelas elites do capital dominante, não aceitar as desigualdades tão facilmente e principalmente nos valorizar como seres pensantes, agentes e conscientes de nossa realidade.


FOME MATA?
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A cada segundo uma pessoa morre de fome no MUNDO. Acredite.
Estima-se que a população mundial passará da marca dos 8 bilhões em 2025 -- o que significa um crescimento de 2,5 bilhões em relação ao nível atual. Boa parte do crescimento, embora não todo, ocorrerá nos países em desenvolvimento, e haverá um número muito maior de bocas para alimentar em circunstâncias complexas
1. Cerca de 24.000 pessoas morrem diariamente devido à fome, ou a causas relacionadas com a fome. Três quartos das mortes dão-se em crianças com menos de cinco anos.
2. Atualmente, 10% das crianças dos países em desenvolvimento morrem antes dos cinco anos. Há cinqüenta anos, esta percentagem era de 28%.
3. A escassez de alimentos e as guerras são responsáveis por apenas 10% das mortes devido à fome embora sejam estas, normalmente, as causas apontadas mais freqüentemente. A maior parte das mortes por fome são provocadas pela desnutrição crónica. As famílias simplesmente não conseguem obter comida suficiente. Por sua vez, isto é uma conseqüência da extrema pobreza.
4. Além da morte, a desnutrição crónica também provoca a diminuição da visão, a apatia, a atrofia do crescimento e aumenta consideravelmente a susceptibilidade às doenças. As pessoas que sofrem de desnutrição grave ficam incapacitadas de funções até mesmo a um nível mais básico.
5. Segundo as estimativas, cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de fome e subnutrição, cerca de 100 vezes mais do que as que morrem anualmente em consequência.
6. Muitas vezes, são necessários apenas alguns recursos simples para que os povos empobrecidos tenham capacidade de produzir alimentos bastantes para se tornarem auto-suficientes. Estes recursos incluem sementes de boa qualidade, ferramentas adequadas e o acesso a água. Pequenas melhorias nas técnicas de cultivo e nos métodos de armazenamento de alimentos também são úteis.
7. Muitos peritos nas questões da fome acreditam que, fundamentalmente, a melhor maneira de reduzir a fome é através da educação. As pessoas instruídas têm uma maior capacidade para sair deste ciclo de pobreza que provoca a fome.
Fontes (por parágrafo):
1) O Projecto da Fome, Nações Unidas;
2) CARE;
3) Instituto para a Política da Fome e do Desenvolvimento;
4) Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM);
5) Organização Alimentar e Agrícola das Nações Unidas (FAO);
6) Oxfam;
7) Fundo Internacional de Auxílio à Criança das Nações Unidas (UNICEF)

No mundo:

Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
1 bilhão de analfabetos;
1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares;
1,5 bilhão de pessoas sem água potável;
1 bilhão de pessoas passando fome;
150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo);
12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida;
No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.

Causas naturais

Clima;
Seca;
Inundações;
Terremotos;
As pragas de insetos e as enfermidades das plantas.

Causas humanas
Instabilidade política;
Ineficácia e má administração dos recursos naturais;
A guerra;
Os conflitos civis;
O difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-terras ou pela população em geral;
As invasões;
Deficiente planificação agrícola;
A injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos;
O contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido;
A destruição deliberada das colheitas;
A influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações de Terceiro Mundo;
A utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas relações entre os países;
A relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevada do seu nível alimentar;
A relação entre cultura e alimentação.
Causas da fome crônica e desnutrição
Pobreza;
Distribuição ineficiente dos alimentos;
Reforma agrária precária;
Crescimento desproporcional da população em relação à capacidade de sustentação.

Fome infantil

Cerca de 5 a 20 milhões de pessoas falecem por ano por causa da fome e muitas delas são crianças.

Conseqüências da fome

As conseqüências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, aumentam nas populações afetadas e faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade de combater as infecções.

Classe dominante

Alterar essa situação significa alterar a vida da sociedade, o que pode não ser desejável, pois iria contrariar os interesses e os privilégios em que se assentam os grupos dominantes. É mais cômodo e mais seguro responsabilizar o crescimento populacional, a preguiça do pobre ou ainda as adversidades do meio natural como causas da miséria e da fome no Terceiro Mundo.

O Brasil e a fome

O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.
A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, na periferia das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras.
O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha, inclusive as crianças, freqüentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para repor as energias gastas. Nesse círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistência.
Mais de um bilhão de pessoas passam fome no mundo, diz ONU
Mais de um bilhão de pessoas, cerca de um sexto da população mundial, sofre com a subnutrição de acordo com o relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito de segurança alimentar, divulgado nesta quarta-feira.
O relatório elaborado pela FAO, a agência da ONU para alimentação e agricultura, afirma que o número de pessoas que sofre com a fome estava crescendo antes mesmo da crise econômica mundial, mas depois a situação piorou ainda mais.
"A FAO estima que 1,02 bilhão de pessoas estão subnutridas no mundo todo em 2009", diz o documento, divulgado na sede da organização, em Roma. "Isto representa mais pessoas com fome do que em qualquer outra época desde 1970 e uma piora das tendências que já estavam presentes antes mesmo da crise econômica."
"A meta da Cúpula Mundial sobre Alimentos (de 1996), de reduzir o número de pessoas subnutridas pela metade, para não mais do que 420 milhões até 2015, não será alcançada se as tendências que prevaleceram antes da crise continuarem", acrescentou o relatorio.

FRASES SOBRE FOME:


"A fome e o amor são os dois eixos do mundo. A humanidade gira toda sobre o amor e a fome." (Anatole France)
"O melhor tempero da comida é a fome." (Cícero)
"Um homem com fome não é um homem livre." (Robert-Louis Stevenson)
"Quem tem fome não tem escolha. O seu espírito não vem de onde ele gostaria, mas da fome." (Max Frisch)
"Apenas com a fome, mas sem nenhum ideal, o que há são motins, e não revoluções." (Jacinto Benavente)
"Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram." (Nelson Mandela)
"No mundo governa um czar impiedoso: fome é o seu nome." (N. A. Nekrasov)
"A fome não é exigente: basta contentá-la; como, não importa." (Sêneca)
"Se há no mundo um ocioso, deve haver também alguém prestes a morrer de fome." (Leon Tolstoi)
"E pensar que foi necessário criar uma nova ciência para verificar que a fome de uns não é compensada pela indigestão de outros!" (Pierre Veron)
"É preciso haver fome de pobre para se gozar bem da riqueza." (Antoine Rivarol)
"Não é a fome, mas, pelo contrário, a abundância, o excesso de energias, que provocam a guerra." (José Ortega y Gasset)
"A fome, que tanto marca a alma como o rosto." (André Chénier)
"Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta." (Luciano De Crescenzo)
"Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade." (Madre Teresa de Calcutá)
"A fome é a companheira do homem ocioso." (Hesíodo)
"A gula começa quando deixamos de ter fome." (Alphonse Daudet)
"Deus é quem nutre todos os homens, e o Estado é quem os reduz à fome." (Walter Benjamim)
"Quem ganhar dinheiro com rapidez, se com rapidez não o guardar, com rapidez passará fome." (Plauto)
"É o comer que faz a fome." (Eça de Queiroz)
"À boa fome, não há mau pão." (Provérbio)
"Metade da humanidade passa fome e metade faz regime. Resumindo, a humanidade inteira passa fome." (Paulo M. Cerqueira)
"Precisamos vencer a fome, a miséria e a exclusão social. Nossa guerra não é para matar ninguém - é para salvar vidas." (Luis Inácio Lula da Silva)
"Fome e guerra não obedecem a qualquer lei natural - são criações humanas." (Josué de Castro)
"A fome dos outros condena a civilização dos que não têm fome."
(Dom Hélder Câmara)
"Carne é Crime e Fome é foda."
(autor desconhecido)

ASSISTA O VIDEO:



VEJA TANBÈM:



A Pobreza no Mundo!

Mais de mil milhões de pessoas vivem ( será melhor dizer, sobrevivem) com um rendimento inferior a 1 dólar (= 76 cêntimos) por dia.
Outros 2.700 milhões de pessoas no mundo vivem com menos de 2 dólares por dia.
Mais de 1000 milh~es de pessoas que não dispõem de água potável.
Mais de 840 milhões de pessoas são vítimas de fome crónica
Estima-se em 11 milhões o número de crianças que morrem anualmente com a idade inferior a 5 anos
São 6 milhões de crianças que morrem anualmente por motivo de doenças evitáveis, como o paludismo e a pneumonia.
Calcula-se que,no mundo inteiro, 114 milhões de crianças não frequentam o ensino básico.
Estes são alguns dados que foram tornados públicos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas por ocasião da apresentação do Relatório do Projecto do Milénio da ONU.
Segundo o mesmo Relatório mais de mil milhões de pessoas vivem em condições de extrema pobreza, podendo esta definir-se como «pobreza que mata», uma vez que priva as pessoas dos recursos essenciais para enfrentarem a fome, a doença e os riscos ambientais.
A Cimeira do Milénio das Nações Unidas realizou-se em Setembro de 2000 e reuniu 189 dirigentes mundiais que aprovaram, por unanimidade, a Declaração do Milénio que formulava 8 objectivos concretos a serem atingidos entre os anos de 1999 e 2015: reduzir para metade a pobreza extrema e a fome; alcançar o ensino primário universal; promover a igualdade entre homens e mulheres; reduzir em dois terços a mortalidade infantil; reduzir em três quartos a mortalidade materna; controlar e começar a reduzir a propagação da sida/VIH, a malária e outras doenças graves; garantir a sustentabilidade do meio ambiente; criar uma parceria mundial para o desenvolvimento.



CURRUPÇÂO


A corrupção tem sido um dos fatores que inibem a ajuda voluntária e a eficiência do combate à miséria. Não obstante, filósofos utilitaristas de ato – chamados assim porque defendem as ações em função das conseqüências positivas na produção de mais prazer para a humanidade – consideram que é igualmente ruim nada dar às instituições de amparo ou deixar que alguém seja prejudicado pela simples omissão. Mesmo governos corruptos mereceriam uma assistência especial, pois, caso contrário, nenhuma ajuda chegaria aos mais necessitados.
Comparável por exemplo, ao período em que já existia no mundo uma
opinião generalizada sobre o GRAVE ERRO cometido com nossos irmãos
negros e mesmo assim naqueles dias ainda existiam pessoas que conviviam com a escravidão enquanto apenas alguns poucos, mas grandiosos,
lutavam, morriam pela igualdade.
Hoje vemo-nos novamente com uma opinião generalizada sobre o
GRAVE ERRO cometido com nossos irmãos de todas as cores, raças,
ideologias, religiões e mesmo assim nestes dias ainda convivemos com a
pobreza, enquanto, apenas alguns poucos, mas grandiosos, lutam, morrem
pela igualdade.
Temos que nos INDIGUINAR, já nos foi dito por um dos gigantes da defesa
dos fracos, o que estamos a esperar. No passado os mártires que deram o
primeiro passo para a liberdade de ir e vir de muitos venceram mesmo
contra a vontade de:
* Poderosos que lucravam
* Outros que estavam irritados por existirem pessoas que pensavam sobre a
igualdade de direitos
* Outros que achavam correto a escravatura, mas que não se irritavam com
os opositores
* Outros que não queriam correr riscos, se meter em confusão
* Outros que não davam a mínima atenção para o fato
* Outros que já estavam tão acostumados, que achavam normal a escravidão
* Outros que eram simpatizantes da Idéia sobre a Liberdade, mas não faziam
nada.
* Outros...

E para o problema da pobreza eles irão vencer, nisto, estou certo em DEUS,
porém, nós, os que se enquadram nos 8 tópicos citados acima é que vamos
definir quanto tempo levará até que este outro:

* GRAVE ERRO
* ATESTADO DE INSANIDADE INTELECTUAL
* FALTA DE SENSO HUMANO
* FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO E POR CONSEQUINTE FALTA DE AMOR A DEUS
E A TUDO O QUE EXISTE
* APEGO SOMENTE AO PRÓPRIO NARIZ,BARRIGA E BOLSO.

"Quem tem fome tem pressa." Herbert de Souza

O que somos finalmente? O primeiro ser na escala evolutiva, somente porque
foram humanos que a escreveram, pois se ela tivesse sido escrita por
formigas, provavelmente estaríamos entre os últimos. A humanidade vai testar
se é a única inteligente no século XXI. Vejamos algumas considerações
importantes:

* Pobreza no mundo foi um dos temas da Rio+10, Conferência da ONU sobre
desenvolvimento sustentável;
* Existem mais de seis bilhões de pessoas no mundo;
* Existirão dois bilhões e meio de pessoas a mais em 2050
* A população continuará crescendo até se estabilizar na segunda metade
deste século.
* 50% sobrevive com menos de 2 dólares por dia;
* Um bilhão e seiscentos milhões sobrevive com menos de 1 dólar por dia;
* Estar abaixo da linha da pobreza é oficialmente ter 1 dólar por dia;
* No Brasil quase um terço da população está abaixo da linha da pobreza;

* Mais de onze mil espécies estão ameaçadas de extinção;
* Mais de oitocentos já se extinguiram;
* Na última década foram devastados cerca de cento e cinqüenta mil
quilômetros quadrados de florestas por ano;
* Os números mostram que a destruição ambiental não reduziu a pobreza;

* Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres;
* A renda está se concentrando cada vez mais em um número menor de
pessoas;
* As três pessoas mais ricas do planeta detêm juntas o equivalente à
produção anual dos quarenta e oito países mais pobres, com população
de aproximadamente seiscentos milhões de pessoas.
* Os países industrializados respondem por dezenove por cento da população
do planeta e por cinqüenta por cento do consumo;

* Segundo dados do IPEIA em 1993 eram 32 milhões passando fome no Brasil
em 2001 este número quase dobrou;
* Já foi declarado por instituições ligadas aos movimentos sustentáveis que
quem causa degradação ambiental não é a pobreza e sim a riqueza;
* Segundo relatório do WWF já estamos a mais de vinte por cento além da
capacidade de suporte e reposição do planeta.

* Usamos em média 2,3 hectares de recursos naturais por pessoa no mundo
para atender às necessidades de alimentação, energia, etc.
* Um americano precisa de mais de 9 hectares;
* Um europeu precisa de mais de 5 hectares;
* Um africano em média abaixo de 1,3 hectares;
* No Brasil o consumo é de 2,3 hectares;
* E o suportável seria de 1,9 hectares;

* O Brasil é um país de renda médiahttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKo4_tAT6hpgF3T-r6l-qNCmmCkbbctE7TqhH3QTEp5MFPTDFhTFNN-MFR7jy550MgTYZ6EKuHPs4JyrXI0EcxFE7-SbbuonJAKwMgPBiyVw5QPIkd0xXyjnvid3GUlBrqNHo2iADpS7A/s400/dem_1lugar.JPG
* Se tivéssemos uma pobreza equivalente a de países com a mesma
renda per capita que o Brasil tem, ela deveria estar em torno de oito
por cento da população, porém segundo cálculos do IPEIA, temos
abaixo da linha da pobreza mais de trinta por cento da população
* A distribuição de renda é o problema

* Se imaginarmos um crescimento modesto de três por cento ao ano e
projetarmos sobre os níveis de hoje, o produto mundial bruto, que é
hoje de vinte e poucos bilhões, chegaria ao ano de 2050 a cento e
cinqüenta e oito trilhões de dólares, o que é impossível, pois não há
recursos naturais suficientes. O crescimento econômico, sozinho,
não é o caminho.
(O Futuro da Vida, Edward Wilson, Papa da Biodiversidade)

* O capital não pode ser deixado sozinho, só quem tem poder são os capitais
e os mercados. O capital aloca eficientemente recursos, faz as sociedades
se organizarem mais produtivamente e de forma mais eficiente, mas ele é
cego e surdo a quaisquer outros valores que não sejam o de acumular valor,
ele só faz isso.

* Há a necessidade de formar uma opinião mundial
* Falta informação
* Os jovens devem participar de tudo
* Nos anos setenta era: pensar global, agir local
* No século XXI será: pensar global, agir local
pensar local, agir global
* Democracia - pensada no âmbito do planeta, questões que são globais exigem democracia Global

CURRUPÇÂO NO BRASIL

Você tem boa memória?

Especialistas, intelectuais, políticos, artistas e outros bedelheiros, via de regra, soltam
pérolas que às vezes me assustam, por exemplo, de que o Brasileiro tem memória curta.
Até ver essa matéria na Wikipédia, A enciclopédia livre, fiquei assustado por dois motivos;
primeiro por ter que concordar com essas múmias paralíticas, e em segundo lugar por
descobrir em mim um desmemoriado.
O tópico Lista de escândalos de corrupção no Brasil nos traz uma gama de eventos de
corrupção desde 1974 até os dias do Lula-lá.
Para relembrar clique aqui no título Lista de escândalos de corrupção no Brasil .
Em mim funcionou como um tapa na cara

POBREZA NOBRASILhttp://www.ipea.gov.br/desafios/edicoes/30/imagens/sociedade38_1.jpg
A questão da pobreza, em qualquer nação, aparece em diversos ângulos e todas opções não têm dado uma resposta condizente às causas da origem de tal fato; todo o processo de sua formação e como tentar, pelo menos minorar este estado de coisas que deprime e degrada um país que está enquadrado no rol dos países em desenvolvimento e candidato a ser uma das maiores potências econômicas do mundo capitalista. Pelos dados estatísticos observa-se, na realidade, um assustador crescimento, em determinada fase da trajetória temporal compreendida entre 1950 a 1980; contudo, isto não tem acompanhado efetivamente uma diminuição do nível de pobreza que maltrata o país, desde os seus primórdios, quer dizer, o período do descobrimento, da monarquia e das repúblicas à nova república, das mil esperanças dos favelados, dos desempregados, dos aposentados, dos marginais, das prostitutas e dos menores abandonados nos labirintos da vida.
A pobreza é o maior mal (problema) que envolve um país e isto é decorrência direta da situação econômica vigente, ou acumulada ao longo da história de estagnação, de desemprego, de falta de investimentos na economia e, sobretudo, de descontrole das autoridades em fazer um país crescer de maneira harmoniosa e equilibrada. A angústia da pobreza aparece nos momentos de mendicância; com a formação incessante de favelas, onde diuturnamente se vê filhos chorando por comida e não existe nada para comer. Irmãos querendo trabalhar e não há emprego e nem tão pouco, onde se ocupar, para conseguir sanar a sua fome de curto prazo. É essa penúria e muito mais, que circundam a vida de quem não tem trabalho, nem criatividade para poder procurar um meio para conseguir alimentos e um pouquinho de recursos, para sanar sua fome e alguns financiamentos para tentar outras coisas que, os seus braços não conseguem produzir.
São todos esses problemas que circundam os países pobres, ou, como se diz cientificamente, os países periféricos ou terceiro mundistas, tais como a Bolívia, o Uruguai, o Paraguai, o México, o Brasil e muitos outros que convivem com a pobreza extrema, isto para o caso da América Latina; mas, considerando-se também que muitos países europeus também passam por este estado de coisas calamitosas. É insuportável a situação em que vivem os assalariados no Brasil, pois um grande percentual, sobrevive bem abaixo do mínimo delimitado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e isto não diz respeito ao setor industrial privado, única e exclusivamente; mas, os próprios governos estaduais remuneram seu pessoal, numa quantia que varia entre um quanto a meio salário mínimo legal. Como se pode viver com esta dotação orçamentária, se o mínimo estipulado pelo DIEESE é de três vezes o mínimo oficial e não há perspectivas para uma melhora, devido ao estado da economia?
Uma resposta a essa pergunta é difícil de se tem um resultado, ao considerar que viver com um quarto de salário mínimo seria impossível, se no Brasil não houvesse aquele jeitinho de saída das coisas difíceis que se passa no dia-a-dia. Realmente é um milagre que somente no país do carnaval, dos forrós, do futebol e de grandes festividades, é que se conseguem soluções para os inusitados; tipos de vida com salário variando entre um quarto a meio salário mínimo, e com uma família composta por seis a oito dependentes. O mais preocupante nesta história toda, é que, além das aberrações de não se ter condições de sobreviver por ganhar miseravelmente pouco, o processo inflacionário torna a coisa bem pior, onde o pobre assalariado é conduzido ao desespero da instabilidade econômica, é claro que não se sabe cientificamente como isto acontece; mas, sente-se que as coisas vão cada vez mais piorar, por ver que os preços sobem indiscriminadamente.
Em síntese, dizem que o Brasil é um país rico, com muito ouro, diamante e recursos minerais e vegetais que em outras nações não existem. Mas, como se pode ser uma nação rica, com seus filhos paupérrimos? Pois, estes representam a maioria da população deste País. A renda nacional, que por ventura tenha crescido, serviu unicamente para incrementar as contas bancárias de banqueiros domésticos e externos e implementar as atividades de multinacionais que só fazem explorar os consumidores do país, como porta-vozes do capital monopolista internacional e os nativos povos trabalhadores, mão-de-obra desqualificada, só com um assalariamento, cada vez mais aviltante. O Brasil é um país pobre, não vale apenas querer aparecer no cenário internacional como uma potência mundial, se a economia interna não caminha bem, nem tão pouco há perspectiva de um desenvolvimento que leve a nação a ter, um bem-estar condigno com o esforço de seus filhos que tanto lutam para crescerem bem.


A POBREZA NO BRASIL

http://galizacig.org/imxact/2004/07/meninos_rua_brasil.jpg
Brasil é o Quarto País Mais Desigual no Raking Mundial
http://www.giannecarvalho.com/fotos/30_205_G_eviaduto1tr.jpgA desigualdade na distribuição de renda no Brasil o deixou na quarta posição entre os países mais desiguais do mundo, atrás apenas de Namíbia, Lesoto e Serra Leoa, todos na África Subsaariana, continente com os piores indicadores sociais do mundo.
O ranking faz parte do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004, que analisa as condições de bem-estar social em 177 países.
O Brasil se iguala aos países africanos na fatia que os 10% mais pobres têm na renda nacional: apenas 0,5%, com diferenças apenas na segunda casa decimal. O que evita que o Brasil seja o primeiro em desigualdade é a renda dos mais abastados.
Enquanto os 10% mais ricos ficam com 46,7% da riqueza brasileira, na Namíbia, por exemplo, eles têm 64,5%.
— Todos os indicadores de desigualdade no Brasil são muito ruins, sempre. Quando se olha a fatia do 1% mais rico contra a mesma parcela dos mais pobres, a situação piora — disse Maurício Blanco, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets).
Mas ele acredita que, como o relatório tomou por base dados de 1998, o Brasil pode mostrar algum avanço no futuro:
— Em 99 e 2000 houve ligeiros avanços por políticas compensatórias, como bolsa-escola.
Em outra medida de desigualdade, o Índice de Gini, o Brasil ficou entre os sete piores de 177 países. O índice é de 59,7 (quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição de renda), na frente da Colômbia. Na outra ponta está a Hungria, com 24,4, 60% menor que o Brasil.
Essa concentração de renda se reflete na pobreza. O Brasil está na 18 posição no Índice de Pobreza Humana na lista de 95 países em desenvolvimento, atrás de Paraguai, Colômbia, Chile, Venezuela e Uruguai, com 11,8% das pessoas vivendo na pobreza.
Esse indicador leva em conta as chances de se viver até os 40 anos, a taxa de pessoas sem acesso à água tratada e a parcela de crianças menores de 5 anos abaixo do peso.O país do futuro: relatório chama a atenção para os avanços de estados do Nordeste, como Bahia e Ceará
De 1991 a 2000, indigência caiu de 20% para 16%, ritmo considerado insuficiente pelo estudo do Pnud
O primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio corre o risco de não ser cumprido pelo Brasil, se o país não acelerar o ritmo de redução da pobreza e da fome em seu território nos próximos dez anos.
No pacto firmado com a ONU, os países-membros se comprometeram a diminuir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia e o percentual de habitantes que passam fome.
No "Estudo temático sobre pobreza e fome" - elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pedido do Pnud - os pesquisadores afirmam que "a velocidade de redução de pobreza é atualmente insuficiente para o país alcançar a meta 1".
De 1991 a 2000, a proporção de pobres (pessoas que vivem com menos de meio salário-mínimo por mês) caiu de 40,08% para 32,75%. Já a extrema pobreza (renda mensal inferior a um quarto do salário-mínimo) caiu de 20,24% para 16,31% da população. Segundo o estudo, mantido mesmo ritmo de redução, o nível de pobreza cairia 37,6% - e não os 50% da meta - até 2015, enquanto os de indigência recuariam 34,8%.
Rio, Minas, Espírito Santo e Sul apresentaram avanços
O documento, contudo, ressalta que estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso e Goiás, além de toda a Região Sul, conseguiriam reduzir a pobreza à metade até 2015.
O provável não cumprimento do primeiro objetivo do milênio está relacionado ao mau desempenho de estados como São Paulo (o maior e com a maior quantidade de pobres em números absolutos), Amazonas, Amapá e Distrito Federal.
"Se desconsiderar São Paulo, a queda da pobreza no país poderia chegar a 43%, e a redução da indigência passaria de 34,8% para 45,1%, bem próxima à meta de redução de 50%", ressalta o estudo.
Em São Paulo, afirma o relatório, a pobreza aumentou nos anos 90, principalmente em razão dos indicadores da capital e da Região Metropolitana.
No que diz respeito à pobreza extrema, o relatório chama a atenção para os avanços em estados do Nordeste, como Paraíba, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.
Todos eles conseguirão cumprir a meta de redução de indigência se repetirem nos próximos anos os níveis dos anos 90.
O economista André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), diz que a diferença de desempenho entre São Paulo e o resto do país está relacionado ao modelo de desenvolvimento que ergueu o maior estado do país, mas entrou em decadência na década passada, com as reformas estruturais da economia.
Prova disso, é que o próprio interior paulista, para onde migrou boa parte dos negócios, apresenta mais vigor do que a capital e seu entorno.
- O Brasil tem transitado entre um modelo de desenvolvimento velho e um novo, ainda em gestação. As dores são mais agudas onde o modelo antigo era mais marcante e São Paulo é o melhor exemplo.
Não é à toa que há maior avanço em estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará, áreas onde o desenvolvimento tem se baseado em redes de micro e pequenas empresas e políticas públicas descentralizadas - afirma Urani.
Mortalidade infantil caiu, mas há riscos para a meta
Sonia Rocha, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista nos tema pobreza e indigência, acredita que São Paulo tem mais dificuldades de melhorar seus indicadores porque, mesmo com um desempenho econômico menos vigoroso, continua atraindo migrantes, especialmente do Nordeste.
Essas pessoas, que talvez nem fossem consideradas pobres em seus estados de origem, passam dificuldades financeiras quando chegam a São Paulo, onde o custo de vida é mais alto:
- A ascensão social de pobre para não-pobre ocorre em quatro ou cinco anos. Não é tão rápida quanto no passado, mas ainda ocorre. E como a oferta de serviços públicos e as oportunidades de trabalho são maiores, as pessoas insistem em viver lá.
Já o Rio não tem esse fenômeno da migração. Por isso, não melhora muito, mas também não piora.
Para ela, reduções expressivas da pobreza e da miséria no Brasil só vão ocorrer com a redistribuição significativa de riqueza. Os programas de transferência de renda estão aumentando, mas ainda são muito marginais, diz:
- Para dar um novo salto, precisaríamos de mecanismos mais robustos. Mas não sabemos transferir renda, e os programas existentes são de difícil controle e necessitam de uma sintonia fina entre os governos federal e locais, que não têm tradição de bons serviços.
A coleção de estudos também dedica um volume à redução da mortalidade infantil. A meta é diminuir em dois terços a morte de crianças com menos de cinco anos até 2015.
O relatório, a cargo da Universidade Federal do Pará, afirma que a maioria dos estados reduziu significativamente a taxa de mortalidade infantil. De 1990 a 2000, a redução média no país foi de 41,94%, com o Nordeste caindo 42,13%.
"Apesar desse avanço, não se pode afirmar que o país conseguirá atingir a meta 4. Seja porque não existem dados suficientes ou ainda porque o país precisaria reduzí-la para 16,5 por mil nascidos vivos até 2015, o que não é compatível com a tendência de queda verificada de 1990 a 2000", diz o texto.
Em 2000, a taxa de mortalidade infantil estava em 28,7 por mil.
O relatório reconhece, no entanto, os avanços. Especialmente no Nordeste, onde as políticas públicas de combate à desnutrição e à mortalidade infantil começam a se espalhar.
Em Tejuçuoca, sertão do Ceará, a prefeitura criou um centro de recuperação que reduziu a desnutrição de crianças de até 1 ano de 10% para 2,16% de 1998 a 2004. No ano passado, seis crianças morreram. Em 2005, não foi registrada nenhuma morte.
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Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-Fipe, realizada em Out/2003, em São Paulo havia 10.500 pessoas morando nas ruas durante a noite. A área central da cidade concentra o maior número de pessoas nessas condições. Ainda segundo a mesma pesquisa, predominavam pessoas do sexo masculino (83,60%), em idade ativa (18 a 55 anos, 70,06%) e residindo na rua há até um ano. Esses dados haviam aumentado em torno de 30% desde a última pesquisa feita em 2001 pelo mesmo instituto.
A FOME NO MUNDO

Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”.

E isso quer dizer:

acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;
sempre: e não só em certos momentos;
por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos;
alimento para uma vida sadia e ativa: é importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.
Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.

Quais são as causas?

A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:

A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.

A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!
No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!

As verdadeiras causas:

As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:
As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.
Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.
Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.
Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta...



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