Profeta

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Coisas inúteis – Cracolândia

Cracolândia (por derivação de crack) é uma denominação popular para uma região no centro da cidade de São Paulo, nas imediações avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Cásper Líbero e a rua Mauá, onde se historicamente se desenvolveu intenso tráfico de drogas e meretrício. [1]
Recentemente, a Prefeitura de São Paulo lançou um programa denominado Nova Luz para promover a reconfiguração e requalificação da área. Entre as medidas propostas, destaca-se a renúncia fiscal referente ao IPTU, visando estimular a reformas de fachadas dos imóveis de valor venal inferior a R$ 300 mil. [2]

Conjunto de edifícios na região de Santa Ifigênia.
Desde 2005, a prefeitura fechou bares e hotéis ligados ao tráfico de drogas e à prostituição, retirou moradores de rua e aumentou o policiamento para inibir o consumo de drogas no local. Centenas de imóveis foram declarados de utilidade pública, em uma área de 105 mil metros quadrados, e devem ser desapropriados. O objetivo do programa é tornar a área atrativa a investimentos privados, abrindo espaços para empresas do setor imobiliário.
Críticos do programa, no entanto, assinalam o seu caráter higienista, destacando que a recuperação de edifícios, praças, parques e avenidas não é acompanhada de ações voltadas aos grupos mais vulneráveis que vivem ou trabalham na área - que estão sendo sumariamente expulsos. Os sem-teto são retirados, o trabalho dos catadores de material reciclável é dificultado e os usuários e dependentes de crack (muitos dos quais crianças e adolescentes), impedidos de se reunir no local, são obrigados a perambular pelos bairros vizinhos, em bandos, sem rumo. [3].
Apesar da idealização criada Prefeitura e pelo Governo do Estado, a região continua sendo cenário de homicídios,de tráfico de drogas à luz do dia, bem como de abuso de menores.


Cracolândia é onde se encontra o maior volume de sujeira



Quem passa todas as manhãs pela Rua dos Gusmões, Triunfo, Andradas e adjacências do bairro da Luz observa o lixo espalhado pela região. Conseqüência da grande quantidade de usuário de drogas que fazem do centro velho da Capital um lugar sem lei, moradores, comerciantes e trabalhadores reclamam da situação na qual são obrigados a conviver diariamente com o medo e com a sujeira.


No bairro, importantes espaços culturais como a sala São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa e a Rua Santa Ifigenia, referência nacional em produtos eletro-eletrônicos atraem milhares de pessoas durante o dia e nas atividades culturais noturnas. Porém, na madrugada o consumo, o comércio de crack e a bagunça passam a fazer parte do cenário cotidiano da região.



Pela manhã, todo tipo de resíduos pode ser encontrado. Materiais domésticos, alimentos, seringas, cachimbos, garrafas. Fezes e urina ficam nas ruas, portas das lojas e nas calçadas. Trabalhadora da região, a vendedora Andréia Profílio acredita que os viciados trazem a sujeira de outros lugares e afirma que os horários de coleta seletiva e varrição contribuem pra que isso permaneça, “a hora que o lixeiro e o pessoal responsável por varrer passam possibilita que os “nóias” mexam nos sacos de lixo e fique essa imundice”, comenta.


Segunda a empresa Loga, responsável pela coleta dos sacos de lixos, a realização desse trabalho é feita todos os dias após às 21 horas devido ao grande fluxo de automóveis. “Fazemos esse trabalho diariamente na região e recolhemos os volumes ensacados produzidos por moradores e comerciantes de até 200 Lt/dia, agora recolher o que fica pelo chão não é nossa tarefa”, afirma o presidente da empresa Luiz Gonzaga.


A Construfert Ambiental é responsável pela coleta da varrição no bairro. Por meio de sua assessoria de imprensa – a empresa confirma a realização desse serviço cinco vezes ao dia . Mas, em alguns dias com tanta sujeira é preciso que o efetivo de dois garis por rua aumente. A Prefeitura de São Paulo não com freqüência manda um “caminhão pipa” com cloro para desinfetar e tirar “grosso” das ruas da região conta o porteiro João Ribeiro.


Ribeiro conta que a situação de sujeira é constante e explica em quais os dias a quantidade de lixo é maior. “De sexta até o domingo é quando se faz mais sujeira e segunda-feira se vê o resultado. Se eu não varro, eu lavo. Todos os dias”, diz.


Atividades integradas como a Ação Centro Legal, parceira entre órgãos municipais e estaduais, policiamento ostensivo e o projeto Nova Luz não conseguirem acabar com a cracolândia e o lixo espalhado na região é apenas mais um dos problemas recorrentes do enorme número de viciados em crack do centro de São Paulo.

"Deitados nas ruas com a cabeça na pedra[...]"
Imagens da Cracolândia SP

Isso aqui oô é um pouquinho de Brasil...
Imagem feita na Crackolândia SP

Coisas inúteis – Cracolândia

Na tarde de (25/02), mais uma vez a Polícia Civil realizou mais uma daquelas inúteis operações de combate ao tráfico de drogas na infame região da Cracolândia, no centro de São Paulo. Que coisa inútil!,Isso mesmo. Coisa inútil!,Por volta das 16h foram efetuadas 33 prisões. Além dos suspeitos de chefia do tráfico, foram encontrados muitos usuários mulheres, crianças e jovens adolescentes.
Uma prisão aqui, outra acolá, dias de investigações e filmagens dos suspeitos em ação do repasse e uso dos narcóticos
e muito mais.Enfim, tudo que poderia impressionar a mente dos cidadãos de bem na tentativa de dizer:
“Olhem, povo brasileiro, a polícia está trabalhando, o governo está fazendo a parte dele para acabar com o tráfico de drogas… Só mais um pouco, só mais algumas operações, só mais algumas prisões de suspeitos, e nós finalmente colocaremos atrás das grades os verdadeiros culpados: os chefes do tráfico…”
Será? Será que essas operações são a melhor saída para acabar com o tráfico de drogas no Brasil?
Procurar e/ou encontrar um traficante no meio de tantos usuários de drogas me parece uma missão tão interessante e eficiente, quanto procurar uma agulha no meio de um palheiro no escuro.É preciso entender que nesse ‘joguinho de xadrez’ inescrupuloso, a bandidagem é quem dita as regras. Dificilmente a polícia dará um ‘xeque-mate’ no problema das drogas com plena convicção de missão cumprida.
Afinal, nesse joguinho um ‘rei’ pode ser apenas de ‘peão’ disfarçado de ‘rei’ – e vice-versa! …




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