VENEZUELA - Cháves quer instalar 70 "bases de paz" na América Latina.
A próxima "Base de Paz" deverá ser instalada no Panamá. Na segunda-feira (12), acadêmicos, estudantes e profissionais se reuniram na Embaixada venezuelana no Panamá para discutir sobre a instalação da primeira "Base de paz" no país. A informação é da Rádio Venezuela.
Na ocasião, os participantes também debateram sobre os efeitos que terão os povos da região com a instalação das sete bases militares estadunidenses na Colômbia. As discussões seguiram até terça-feira (13), quando movimentos e organizações populares do Panamá realizaram, na Universidade do Panamá, o Fórum "Contra as bases militares e pela paz".
As "Bases de paz" são uma resposta do mandatário venezuelano, Hugo Chávez, ao acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia, firmado em 14 de setembro. Tal acordo permite a instalação de sete bases militares estadunidenses nas áreas colombianas, como em: Cartagena e Larandia (Caquetá), Tolemaida (Cundinarca), Málaga (Pacífico), Apiay (Meta), Palanquero (Cundinamarca), e Malambo (Atlântico).
A ideia do mandatário venezuelano é instalar, até março de 2010, 70 bases de paz na América Latina. Estas terão o objetivo de compensar a violência que gerarão as bases militares estadunidenses. Assim, as bases são um espaço "para falar, discutir sobre a paz", como mesmo definiu Chávez em 7 de agosto passado, em reunião com representantes de "Colombianas e colombianos pela paz", na Venezuela.
No entanto, as instalações das Bases de Paz também são alvos de críticas. O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, afirmou, hoje, que desconhece o propósito das bases. "Esse é um capo em que Venezuela não nos tem que ensinar absolutamente nada. Eu realmente não entendo. Um pode aprender da Venezuela como jogar melhor beisebol, mas sobre a paz não nos pode ensinar nada", considerou o mandatário da Costa Rica.
A instalação da primeira Base de Paz ocorreu em 17 de agosto, em Táchira, Venezuela. Além deste país, México, Cuba e Nicarágua também já possuem as bases consideradas como pontos de encontro para fóruns e debates sobre a realidade social e política da Colômbia. Ademais, são espaços para discutir sobre a ameaça à soberania da região, representada pela presença dos Estados Unidos na América Latina.
Com informações de EFE e Telesul
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